segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Pêtre dirige o Concerto de Ano Novo, em Viena

Balanço'07 - IV

Alguns leitores indignados chamaram-me a atenção para outros lamentáveis desaparecimentos, além do de Pavarotti. Têm toda a razão! Outros houve, por mim assinalados, neste mesmo espaço!

Assim, em jeito de reparação, aqui vai uma justa homenagem a grandes figuras da música, que entregaram a alma ao Criador, neste ano de 2007:


(Mstislav Rostropovitch, 1927-2007)


(Beverly Sills, 1929 - 2007)


(Régine Crespin, 1927 - 2007)


(Jerry Hadley, 1952-2007)


(Teresa Stich-Randall, 1927-2007)


(Rose Bampton, 1907-2007)

Balanços'07 - III

Para terminar, aqui fica o mais triste evento da lírica...


...a morte de Luciano Pavarotti (o link remete para o meu best of Pavarotti!).


Mas, como sou um optimista, por natureza, não podia encerrar este fugaz capítulo consagrado ao balanço musical-lírico do ano que ora finda, sem destacar um dos mais felizes eventos...

...nem mais, nem menos que esta colecção, que o DN foi enriquecendo, a conta-gotas!

Balanços'07 - II

Desta feita, deixo-vos com as minhas escolhas discográficas do ano, apenas e só no que diz respeito à lírica!


ÓPERA



(Don Giovanni – Jacobs)


(La Sonnambula - Pidò)


(Le Nozze di Figaro – Harnoncourt - DVD)


(Tosca – Chailly - DVD)


(Salome – Böhm - DVD)


RECITAL


(Keenlyside – Tales of Opera)


(Rysanek – Wiener Staats Oper Live Recordings)


(Bartoli - Maria)

domingo, 30 de dezembro de 2007

Balanços'07 - I

Fim-de-ano rima, inevitavelmente, com balanços e escolhas!

Aqui vão, pois, as minhas escolhas relativas a 2007:


ESPECTÁCULOS INTERNACIONAIS


Tristan und isolde, Teatro alla Scala, 7 de Dezembro (aqui, aqui e aqui).



Lucia di Lammermoor, Metropolitan Opera House, 24 de Setembro (aqui e aqui).



I Puritani, Metropolitan Opera House, 5 de Fevereiro (aqui).



Jenufa, Metropolitan Opera House, 6 de Fevereiro (aqui).



Eugene Onegin, Metroplolitan Opera House, 9 de Fevereiro (aqui).



ESPECTÁCULOS NACIONAIS



L'Italiana in Argeli, Lisboa, Teatro Nacional de São Carlos, 10 de Maio (aqui).



Orquestra Gulbenkian, Lawrence Foster (maestro), Soile Isokoski (soprano) - Richard Strauss, Fundação Calouste Gulbenkian, 18 de Outubro de 2007 (aqui).



Academia Bizantina, Ottavio Dantone (direcção), Andreas Scholl (contratenor) - G. F. Händel, Fundação Calouste Gulbenkian, 8 de Dezembro de 2007 (aqui).



Dmitri Hvorostovsky (Barítono), Ivari Ilja (Piano) - Tchaikovsky, Mussorgsky, Glinka, Dargomizhsky, Borodin, Rimsky-Korsakov, Medtner, Rachmaninov, Vlasov, Sviridov,
Fundação Calouste Gulbenkian, 13 de Março (aqui).

sábado, 29 de dezembro de 2007

Do Tamanho...

Este interessante artigo versa sobre uma ideia feita, que muita tinta tem feito correr, particularmente na comunidade melómana: compositores desaparecidos prematuramente – Schubert, Mozart, etc. -, tendo contudo legado para a posteridade uma obra vasta, em qualidade e quantidade, tornariam a dita obra ainda mais extensa, se a morte os não tivesse surpreendido tão prematuramente.

«Life, long or short, looks to be simple addition. Factor in the matter of velocity, however, and we have a law of motion that might make Isaac Newton smile. Life spans measured in years don’t take into account how fast we live them. Composing at the speed of life (forgive me), Schubert at 31 was like any normal musical genius at 65.»

À semelhança do que o jornalista escreve, também eu creio que, mais importante do que a longevidade, é a produtividade. A indexação de uma à outra, como bem sabemos, não passa de uma abstracção académica!

De facto, há muito que a questão do tamanho obceca as mentes...

As ideias feitas são isso mesmo: uma tontice.

Bach, J. S.

Na quadra natalícia, pour une fois, abandonámos a dissolução, em favor da espiritualidade.

Na música, a carne rima com Verdi; já o espírito, esse, obviamente rima com Bach, J.S.

Por ora, carne... nem vê-la!

O espírito nutre-se e eleva-se ao sabor destas duas pérolas...




Advertência 1 – Não ouse o incauto leitor tomar-me por (mais) um urbano-recentemente-domado-pela-moda-vegetariana! Va de retro, Satã!
Não só odeio modas-frescas – vegetarianismo, macrobiótica e demais expressões de uma certa urbanidade saloia -, como muito prezo a carninha e sua degustação!
Pois, pois! Nem só de espírito vive o homem...

Advertência 2 – Findas as Festas, tornaremos à carne e seus sucedâneos suculentos, ossia, a Dissolução levará a melhor (Mestre Verdi e congéneres reocuparão o destaque que há muito conquistaram nesta humilde criatura).

Advertência 3 – Alguém que muito prezo, algures na cidade Luz, abriu-me a alma a Bach, J.S.; em contrapartida, julgo tê-lo convertido (no mais nobre dos sentidos, entenda-se!) ao fascínio da lírica mundana!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Kozená vs Bartoli

E se duvidas houvesse...
vs

Um leitor anónimo, gentilmente, enviou-nos um link de um colega da blogosfera (Parsifal).

Este colega propõe um desafio aos leitores: eleger A Angelina da actualidade, com base em dois excertos do Rondo Finale de La Cenerentola.

Kozená interpretou o papel titular da ópera no Covent Garden, a 20 de Dezembro; Bartoli fê-lo, no dia seguinte, no Barbican.

A questão é, tão somente, escolher entre as duas, a partir da audição dos excertos (tarefa nem sempre fácil, sobretudo para quem – como eu – tem um MAC)

Para mim, a escolha está feita, não levantando a mais pequena dúvida!

Compare-se a cor, a flexibilidade da ornamentação, a graciosidade da Bartoli com o lirismo monolítico da Kozená.

O problema é apenas um, como disse: um erro de casting!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Controvérsias...

Evidentemente, saúda-se a diferença de opiniões neste espaço. Eu próprio a estimo e prezo, dado que a mesma permite o debate e discussão. Discursos unanimistas são coisa de ditadores de meia-tigela, bafientos e decadentes!

Pois bem, esta notícia - que versa sobre a prestação de La Bartoli, em Londres - investe, justamente na diferença! Senão, vejamos:

«(…)
In Angelina's "Rondo" finale from Rossini's La Cenerentola, the contrast with Magdalena Kozena at the Royal Opera only a few days ago was immense. Bartoli doesn't have Kozena's voice or technical "correctness" in the pyrotechnics»

What??? Are you nuts???

É verdade que não assisti à performance de Kozená… Mas de uma coisa estou certo e seguro: Kozená não é uma cantora de repertório coloratura!!! Agilidade não é o seu forrte! Terá outros méritos – uma limpidez invejável, a par de um timbre puro e cristalino.

A menos que a bela Magdalena tenha alargado os seus méritos…

E a notícia prossegue:

«Of course, we cannot really know how Malibran sounded – whether she had as small a voice as Bartoli, whether she was prone to the same bad vocal habits, whether she swallowed the sound and aspirated the coloratura (singing or gargling?) as Bartoli is wont to do. In the end, it hardly matters. The point about Bartoli is not the voice but the artistry, and it is possible to get past the strange, at times even grotesque, vocal tics, and share in the sheer relish she has for the repertoire she chooses to sing

Neste capítulo, embora em divergência com o crítico, concedo: Cecilia Bartoli é prolixa em maneirismo. Quanto às demais críticas, com franqueza, o tom recorda-me o de uma certa imprensa dos idos anos 1950, que procurava distinguir-se da que idealizava a Callas, menosprezando-a.

Tão tonto é o que idealiza, como o que destrói: o primeiro, saloio, revela deslumbramento e ausência de espírito crítico; o segundo, o mor das vezes, por via da destruição, apenas exibe a sua imensa inveja.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Old vs Young Singers

«OPERA lovers, myself included, are fond of wringing their hands about the failings of the present generation of singers compared with the great voices of the past. But in 2007, even as we furrow our brows about opera’s increased focus on the visual at the expense of the vocal, a number of artists offered evidence that the pendulum may be swinging back far enough that more singers understand the part about artistry, and are developing it.»

Faço minhas as palavras deste senhor!
Dado que sou, por natureza, um optimista, raramente me fixo em tiradas como a (mais decadente e déjà vue) "já não há vozes como outrora".

A idealização de que são alvo os intérpretes líricos do passado apenas dá conta da mais pura depressividade que governa alguns de nós!

A Angelina de Didonato

«"El de Cenicienta es un cuento universal presente en la historia de la humanidad desde tiempo inmemorial y cuyo último ejemplo ha sido la boda de Letizia Ortiz con el príncipe Felipe. Todos soñamos con cambiar la realidad en la que vivimos, pero muy pocas veces sucede", reconoce Joan Font, quien con la ayuda de dibujante, escenógrafo y figurinista Joan Guillén ha pintado la ópera de chillones colores de cuento con una estética que busca la caricatura. »

Pessoalmente, mais do que a tese de o sonho feito realidade – o da afirmação da supremacia do prazer sobre o real -, La Cenerentola versa sobre o mais profundo masoquismo, que se pretende virtuoso: uma variante do dar a outra face, qual Jesus Cristo.



Depois de uma Angelina miscasted em Londres, interpretada por Kozená, é agora a vez de Didonato (coadjuvada por Floréz) mostrar o que vale, no Liceo.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Grande Teatro Nacional de Pequim...

...ossia, prosaicamente, a Ópera de Pequim.



A inauguração tem hoje lugar, dia 22 de Dezembro de 2007.



O projecto, a cargo do arquitecto francês Paul Andreu, prevê três salas distintas: a primeira, com 2400 lugares, destinada a récitas de ópera; a segunda, com 2000 lugares, acolherá música sinfónica, enquanto a terceira das salas, com apenas 100 lugares, será ocupada por ópera chinesa.



Em matéria de decoração... a coisa não tem sido pacífica:

«Pas l'ombre d'une élégance dans ces salles à l'acoustique en revanche performante et qui offrent, consolation non négligeable, un bon rapport entre la scène et la salle. La décoration de l'ensemble, contre laquelle s'est battu Andreu, est la plupart du temps lourde, prétentieuse, surchargée de marbres, et pour autant inconfortable, car le mobilier manque - hors les fauteuils des salles, qui rappellent terriblement des sièges d'avion dépourvus de ceinture.»

Complementos Narcísicos...

...ossia, desejos natalícios!



É excêntrico e, em certo sentido, dissonante... mas o coup-de-foudre foi esta tarde: amor à primeira vista.

Just a small detail: €500.

Dinheiro não é problema! Nunca foi!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Kupfer & Barenboim...

...estão para Der Ring, nos anos 1980, como Chéreau & Boulez estavam, nos idos anos 1970: sem rivais.

Depois de editado em cd, este ciclo vê agora a luz do dia em formato dvd.



«Unlike Chéreau's rigorous translation of the tetralogy into a parable of 19th-century industrialisation, Kupfer's approach was more eclectic. It's a postmodern mixing of stylistic references that retains the helmets, swords and spears of traditional Wagner mythologising, yet juxtaposes them with symbols of a modern technological society. Lasers strafing the stage represent the Rhine during the prelude to Das Rheingold, there's a neon-lit Valhalla, and industrial debris littering the set for both Siegfried and Götterdämmerung suggests perhaps that Kupfer's vision is that of a world remaking itself after a nuclear holocaust.

Through the four operas, Kupfer is at pains to vary the dramatic tone, playing Rheingold as a satire on power and responsibility, Die Walküre as a grander, more detached drama, and Siegfried and Götterdämmerung as allegorical. What gives his production real power, though, is the subtle psychological delineation of characters and relationships, creating a complex network of emotions to bind everything together. Some of the directorial additions also make telling dramatic points; having the Wanderer reappear during Siegfried's funeral march to join Brünnhilde in bidding farewell to his last best hope for a future is powerfully poignant.

To Wagnerites in this country, this Ring has extra appeal because British singers figure prominently in the cast. Anne Evans, at the height of her powers, is Brünnhilde - radiant and lyrical, profoundly touching and vulnerable; John Tomlinson is a suaver, less ruggedly dominant Wotan here than in his London Ring cycles, but still totally compelling; while Graham Clark's Mime and Linda Finnie's Fricka respond wonderfully to the fine detail of Kupfer's direction. Siegfried Jerusalem was arguably the finest Siegfried of the last 30 years and is in wonderful voice throughout, and Günter von Kannen's Alberich is a near-definitive performance, too. It was in this cycle that Daniel Barenboim established himself as one of the great Wagner conductors of our age; his performances, expressively pliable and intensely theatrical, remain as good as anything he has done on disc. Those who have already heard this cycle in CD form will be well aware of the musical strengths of the performance, but seeing what was happening on stage as well only enhances the experience.»

Dado que não conheço a interpretação, sublinho as minhas reservas...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A Mulher sem Sombra, em Chicago

Nos dias que correm, montar uma produção de A Mulher sem Sombra, de Richard Strauss, além de ousado, é raro

À excepção do Met, a ópera de Chicago é das poucas a enfrentar o desafio.

Há poucos anos, a Bastilha estreou uma nova produção desta mesma ópera, maioritariamente traída pela fragilidades vocais. Tal não parece ter sido o caso da produção de Chicago!



«Every new production of Strauss’s “Frau Ohne Schatten” is a newsworthy event. Of all the Strauss operas, this fantastical, strange and humane fairy tale, first presented in Vienna in 1919, is the longest, the most musically elaborate, the most philosophically resonant and the most daunting to stage.»

Para os desafortunados – como eu! -, que adoram a ópera e não puderam estar presentes em Chicago, por motivos de agenda (está bem de ver!), aqui fica a minha A Mulher sem Sombra, evidentemente por duas razões de peso: Studer e Solti.


Erros de casting, sim senhor!

Falando como (pretenso) agente de espectáculos, se a minha opinião tivesse sido solicitada, evidentemente não recomendaria à talentosíssima Magdalena Kozená a interpretação do papel titular de La Cenerentola!!! Não, não e não, três vezes!



Há uns anos, no Met, a não menos talentosa Von Otter caiu na mesma esparrela e... deu-se mal, por razões similares às de Kozená!

A mezzo checa é uma cantora eminentemente de registo lírico, faltando-lhe agilidade e carácter buffo para incarnar a masoquista Angelina, da citada ópera de Rossini.

«Neither Kožená's voice nor, on this evidence, her personality are suited to the optimistic spunkiness of Cenerentola.»

«Not so Magdalena Kozena, making her much-anticipated debut as Angelina. Technically, she was flawless, and she rightly brought down the house with the dizzying pyrotechnics of her final aria. But while her wide eyes and gangly gait conveyed a certain vulnerability, she lacked personality. The voice is beautiful, but somewhat anonymous, and I missed the warmth that her joyous final number should convey. Not even her fairy godfather, Alidoro (the excellent Lorenzo Regazzo), could change that.»

E mais não digo (salvo em troca de cobres ;-) )!!!

O Tannhäuser de Paris - II

Pois é, pois é! Não costumo enaltecer artistas líricos – nem outros! – "por dá cá aquela palha!"


(Stephen Gould como Tannhäuser, da ópera homónima)

Aqui há uns anos, nos primórdios deste blog, recomendei vivamente um registo do grande – agora muito grande – Stephen Gould.

Progressivamente, o senhor tem vindo a triunfar... Escrevam o que digo: dentro de alguns anos, depois da retirada de Heppner – esse, enormíssimo! -, o papel titular de Tristão não terá rival (além de Torsten Kerl)! Já para não mencionar o tremendo Siegfried, seja o da ópera homónima, seja o d’O Crepúsculo dos Deuses.

A verdade verdadeira é que o Tannhäuser que Gould interpretou em Paris, na Bastilha – à semelhança do que por aqui se referiu – triunfou! Tivesse eu uns cobres a mais e, em lugar de comprar uma assinatura no Teatro Colon, rumaria à minha segunda casa, Paris!

«On est heureux d'être revenu, car le chanteur Stephen Gould, si raide et si peu musicien à la première, le 6 décembre, donnée en version semi-représentée, s'est métamorphosé (Le Monde du 8 décembre). Après deux actes où le rôle exige un tonus vocal exceptionnel, il est parvenu à chanter sa rédemption finale avec fraîcheur et finesse.»

Posto isto, pergunto-me por que razão não me dediquei eu a outro labor, que não o de perscrutar (e transformar) mentes sofridas???

Fora eu um agente e estaria rico da Silva!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Últimas Aquisições

Mário Crespo...



...ossia, o Regresso dos Heróis !

O grande senhor da informação voltou ao trabalho, depois de complicações de saúde, felizmente ultrapassadas! Estou muito, muito feliz pelo regresso de Mário Crespo!

O Tannhäuser parisiense

A mise-en-scène de Robert Carsen pôde, enfim, ver a luz do dia, depois de récitas e mais récitas condicionadas pela greve!

Que o elenco era superlativo, já todos sabíamos. Da encenação, ficámos agora a saber mais!

«Allégorie du compositeur tiraillé entre dionysiaque et apollinien, chair et sublimation, et du coup victime de l’incompréhension d’une société hypocrite, Tannhäuser parle de l’artiste en général. Carsen en fait donc un peintre, au risque de se faire huer au moment des saluts, ce qui ne manquera pas d’arriver. Ce déplacement n’en est pas moins fécond.

Axiome. Dans l’ouverture, Vénus pose nue pour Tannhäuser et Carsen fait de la bacchanale prévue par Wagner un rituel narcissique et masturbatoire : les danseurs masculins, doubles dénudés du peintre, copulent convulsivement avec leur toile pour finir maculés de rouge sang. L’intelligence de l’axiome de départ se confirme ensuite lorsqu’Elisabeth, symbolisant le monde moral des hommes, et Vénus, celui amoral des dieux et des artistes, posent imbriquées ensemble pour le peintre. Et enfin, au terme du troisième acte, lorsque le tableau du héros rejoint sur un mur géant des dizaines d’autres ayant fait scandale, de l’Origine du monde de Courbet aux Demoiselles d’Avignon de Picasso. Sauf que celui de Tannhäuser est accroché à l’envers, exhibant la croix du châssis barbouillée de sang : la réconciliation a eu lieu mais le message est loin d’être sulpicien.»

5 filmes...

O Heitor, do desNorte, simpaticamente, incluiu-me na corrente dos 5 filmes...

Ainda que considere efémera a citada lista - alguns dos filmes que aí coloco foram visionados muito recentemente... -, aqui vão os do meus top 5:


(Ordet)


(Persona)


(Bellissima)


(Ludwig)


(Ladri di biciclette)

Entretanto, não sei se é suposto dar continuidade à corrente...