segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Con che soavità!!!


(DG 477 8764)

Kozená aborda o barroco italiano profano, neste magnífico registo.

A voz combina uma graciosidade e lirismo absolutamente singulares. As leituras mesclam uma veia lírica diáfana, um recato encantador e um contenção púdica.

O teatro lírico de Kozená é superlativo, sem arrebatamentos, nem excesso algum. Há um toque pueril e inocente, impossível de resistir...

O agrupamento Private Musicke, sob a direcção de Pierre Pitzl, proporciona um acompanhamento à altura do génio da grande mezzo: abraçam a folia, exaltam o amor inocente, apoiam a dilaceração, invariavelmente num clima avesso a dramatizações e rico em refinamentos.

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(5/5)

9 comentários:

J. Ildefonso. disse...

Não conheço o cd mas é o tipo de reportório onde acho que a Kozena é imbativel.

Anónimo disse...

Este blogue está afundando-se.

Il Dissoluto Punito disse...

Anónimo,

Que ideia tão despropositada!

Gus On Earth disse...

Das cantoras da actualidade, a Kozena é, sem dúvida, uma das minhas favoritas. E o repertório assenta-lhe bem. Estive a namorar o cd numa Amazon perto de mim e vai adquirido, claro, mas hoje as minhas atenções estão viradas para o Fidelio que mais logo vou ver com a Companhia de Ópera de Gales. Nenhum dos cantores é assim de primeiríssima água, mas os que eles trazem não são de todos maus. A ouvir e ver vamos!

J. Ildefonso. disse...

Há um cd da Kozena com Mozart, Gluck e Mylesevek, grande surpresa deste compositor muito apreciado pela corte portuguesa, que recomendo vivamente.

J. Ildefonso.

J. ildefonso. disse...

O nome é Josef Myslivecek. Só o conhecia das referências que Mozart lhe faz na sua correspondência. Respeitava-o muito e visitou-o no Hospital quando estava moribundo. Sei também que foi protegido pela nossa corte que lhe atribui um rendimento regular mesmo que recebeu até o fim da sua vida.

Raul disse...

Para introduzir algo diferente neste blogue acabo de ler na Gramophone num artigo de, claro está, um especialista da literatura pianística que o Concerto de Piano no.2 de Brahms é melhor de todos quanto existem. Pensei e, embora ponha nos píncaros os nos. 3 e 4 de Beethoven, tenho de concluir que o dito crítico tem razão. Há "máximas" vindas de quem sabe muito que me fazem pensar muito, como o Dietrich Fischer-Diskau dizer que os Mestres Cantores são a melhor ópera de Wagner.

Il Dissoluto Punito disse...

Raul,

Por mim, acho que a melhor ópera wagneriana é - de longe - Tristan, logo seguida de Parsifal.

Raul disse...

Eu também partilho parcialmente essa opinião, pois para mim as duas melhores são o Tristão e Isolda e a Valquíria.