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sábado, 18 de junho de 2011

Últimas aquisições...

... vindas do céu, duas grandes divas: a disciplinada Sutherland, via recital de début (DECCA), e a fogosa Mattila, rainha em Janácek & all...



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Orgasmo...


Em 2004, entre outras actividades eminentemente clínicas, dedicava-me à tradução. Os pagamentos tardavam, mas nunca falharam. Num belo dia quase primaveril, um dos gordos cheques, enfim, chegou ao seu destino.

Corri para a net, reservando bilhetes para NYC. Na bagagem, três libretos me acompanhavam: Salome, Don Giovanni e Rigoletto.

À minha adorada mulher, apenas lhe disse que havia uma intérprete dotada de algumas qualidades, enfim... Ocultei o fascínio que já nutria pela chama finlandesa.

Na récita da estrondosa Salome, não houve contenção possível e, finda a dita, explodi, diante de uma sala em estado de choque.

Nessa mítica noite, havia câmaras espalhadas pelo Met...

Eis o resultado, que será comercializado, já em Janeiro. Interdito a menores de 18!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

News so, so...




Contrariamente ao entusiasmo de muitos melómanos, não creio que, nem o Boccanegra de Domingo, nem a Floria Tosca de Mattila, constituam interpretações de referência. Contudo, aqui estão os testemunhos das prestações dos dois monstros, cujo visionamento tirará a prova dos 9.

domingo, 7 de março de 2010

See You very sooooooooon, Karita!




À beira de completar 50 primaveras, o maior soprano lírico-dramático das últimas décadas é alvo de (mais) um best of.

Karita Mattila – absolutamente divina – iniciou os seus registos na extinta PHILIPS. Pouco idiomáticos, os ditos registos nunca vingaram. As leituras, embora soberbas vocalmente, enfermavam de um certo anonimato interpretativo.

Com o passar dos anos, Mattila foi enriquecendo as suas notabilíssimas interpretações com uma veia dramática sem rival à altura.

Desde os 40 anos que Karita se encontra numa apoteose longa e lânguida.

Estupidamente, das majors, apenas a Erato revelou interesse por perpetuar as sublimes incarnações da grande cantora. Desde as superlativas As Quatro Últimas Canções (Richard Strauss), dirigidas por Abbado, ao vivo, em Salzburgo, que Mattila se entregou a uma relação de fidelidade quase absoluta com a mencionada etiqueta.

A escassas semanas de reencontrar a Diva, sugiro ao leitor esta colectânea, que acaba de ser comercializada além fronteiras.

sábado, 14 de novembro de 2009

Mattila's Tosca



No Expresso de hoje, 14 de Novembro, Calado - Mor disserta sobre a opening night do Met, de 21 de Setembro, ossia a Tosca de Bondy. Dois meses volvidos sobre o acontecimento, pergunto-me se o dito artigo mantém alguma actualidade e pertinência?!

Adiante! O dito Calado desdenha a mise-en-scène, como era de prever. Estará no seu direito.

Termina o Caladíssimo com uma errónea notícia, que quase desencadeou uma síncope neste escriba: a reprise desta Tosca contará com a aposentada Daniella Dessi no papel titular. Temi o pior, pois há muito que adquiri entradas para Abril que, de acordo com o site do Met, contará com a fabulosa Mattila como Floria Tosca.

Num ápice, fui o dito site... Calado dos Calados está errado! É verdade que Dessi interpretará a heroína de Puccini, mas apenas nas últimas quatro récitas.

My Mattila será a MINHA Tosca ;-)D)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Floria Tosca & Dissoluto



Our long time love affair...

See you soon - once more -, Dear Karita ;-)


nota: a lascívia oculta virtudes maiores. Sei muito bem do que falo!

quarta-feira, 6 de abril de 2005

Mattila, Arabella, Paris e o meu amor por Elas !

Tomado por um súbito surto maníaco - os psis não estão imunes a estas coisas... -, eis que decidi apanhar o avião... para Paris... Mattila oblige !



Depois de uma soberba Lisa (A Dama de Espadas), após uma inolvidável Desdemona (Otello), uma Salomé de antologia e mais uns quantos recitais, a Arabella da fascinante Mattila espera-me... A emoção ia-me dando cabo do coração, quando adquiri o bilhete, via net !

quinta-feira, 10 de março de 2005

Mattila II

Muito em breve, irei retomar alguns marcos da carreira da grande cantora finlandesa. Meanwhyle, aqui ficam algumas fotos...


German Romantic Arias (ERATO 0927-42141-2)



Chrysothemis (Elektra, ROHCG)

sexta-feira, 4 de março de 2005

Forever Finland - Mattila e Isokoski

Algures no mês passado, coloquei um post consagrado à grande interprete finlandesa.

Permita-se-me um parêntesis...
A propósito de estrelas finlandesas, nos últimos anos, tenho acompanhado a carreira notável de uma compatriota de Karita Mattila, de seu nome Soile Isokoski.
Nos dias que correm, a Finlândia, definitivamente, marca presença no domínio da lírica ! Refiro o sénior Salminen - respeitável e destacado baixo -, além dos mencionados sopranos.

Há cerca de quatro anos, no Théâtre des Champs-Élysées - com meia dúzia de espectadores, pasme-se ! -, assisti à mais terna das interpretações dos Vier Letzte lieder, de R. Strauss !
Para felicidade minha, a editora Ondine adicionou ao seu catálogo a interpretação de Isokoski do célebre ciclo de lied do citado compositor - ONDINE ODE 982-2.

O meu encanto por esta interprete data da récita do Don Giovanni que cantou na Bastilha, se não me engano, em 2000.
A D. Elvira da interprete era de uma elegância invulgar... Fechei os olhos... pareceu-me ouvir uma síntese de Della Casa e de Schwarzkopf ! Não tendo um timbre de beleza comparável ao de nenhum das duas, em matéria de composição interpretativa e, sobretudo, de técnica, as semelhanças eram óbvias.

Abbado - que deve nutrir pelas vozes finlandesas grande admiração (vide Vier Letzte Lieder... com Mattila... live... em Salzburgo, Requiem de Mozart, igualmente gravado ao vivo, em Salzburgo... com Mattila, já para não falar na última integral das sinfonias de Beethoven, onde o nome de Karita Mattila também figura) - propôs a Isokoski, justamente, interpretar o papel de D. Elvira, na gravação que dirigiu d´Il Dissoluto Punito, em 1998.

Em minha opinião, a interpretação do maestro milanês do Don Giovanni - DG 457 601-2 -, do ponto de vista vocal e interpretativo, deixa muito a desejar. Contudo, merecem destaque a Elvira de Isokoski, o Leporello do versátil mozartiano Terfel, além do interessante e elegante Don de Keenlyside.

Pelo que consta, a Pamina de Soile Isokoski é notável, primando pela candura e elegância... Não me pronuncio, pois nunca a vi nesse papel !

Recentemente - já que falamos de Mozart -, a Diapason teceu rasgados elogios a uma gravação de Isokoski de arias de ópera e de concerto do mestre de Salzburgo - ONDINE 1043 - 2.
Infelizmente, encontrar este registo, em Portugal, constitui um desafio à persistência...

(cont.)

quarta-feira, 2 de março de 2005

ROHCV Un_ballo_in_maschera


Mattila, Hampson & Alvarez, juntos em Un Ballo in Maschera (ROHCV)

Esta magnífica triade estará em cena no Covent Garden, no próximo mês de Abril, numa nova produção ! A não perder !!!

Se a memória não me falha, trata-se da quarta grande encarnação verdiana de La Mattila: Elisabeth de Valois (da versão francesa do Don Carlo), Desdemona, Maria / Amelia... e Amelia.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

Mattila-Jenufa ROHCG´02 (?)


Mattila-Jenufa
Originally uploaded by ildissolutopunito.

Salome, Met´04


Forever Mattila !

Conheci e comecei a interessar-me por esta interprete através das opiniões de Jorge Calado, no Expresso, já há alguns anos.

A carreira desta cantora está recheada de mestria, inteligência, um invulgar talento interpretativo e muita, muita prudência !

Mattila é, em minha opinião, a lírico spinto - a caminho do dramático - mais talentosa da sua geração.

Espantosamente, Karita Mattila alia aquilo que - de acordo com a categorização dos psis -, em abstracto, é inconciliável: nela coexiste um controlo emocional portentoso e uma infinita capacidade histriónica, atributos que se materializam numa actriz de génio !

Falo de controlo, visto que, como poucos interpretes, estima o seu instrumento vocal, preservando-o. ! Efectivamente, é raro ultrapassar as cinquenta récitas anuais !

A carreira de um cantor lírico atinge o apogeu cerca dos 40, 45 anos, sendo visíveis - salvo excepções - sinais de declínio vocal daí em diante...

A inteligência dos cantores revela-se - entre outras - na forma como preparam a carreira... Rysanek cantou a Chrysothemis - da Elektra, de Strauss - no início da carreira, o papel titular da mesma ópera perto dos 50 anos e, de forma deslumbrante, literalmente, acabou os dias encarnando a terrífica Klytämnestra ! Soube auscultar a voz ! Ouviu-a e passou para o registo mezzo, quando tal se tornou oportuno... O talento cénico encarregou-se do resto ! (as três encarnações da Elektra estão reunidas num cd da ORFEO - C 504 991 B).

Noutro quadrante, Vickers, que, na primeira fase da carreira, cantou o Otello com um virilidade e densidade apenas comparável às interpretações de Vinay, abordou Tristão e Siegmund mais tarde e... terminou, como ninguém, a interpretar Britten ! O Peter Grimes do cantor canadiano é duma riqueza tremenda (Phillips´78)...

Mattila tem, se não me engano, 46 anos, não sendo visíveis quaisquer sinais de fadiga vocal !
Ao que me disse, em breve, tenciona encarnar a mais mítica das figuras femininas que Wagner alguma vez compôs: Isolda...
Convenhamos que ousar interpretar esta figura, perto dos cinquenta anos, é - senão imprudente - de uma ousadia sem limites ! Pelo que consta, foi a sábia Rysanek que lhe vaticinou este destino (Jorge Calado dixit).
Em 2009, se o boato tiver consistência, estarei no ROHCV a assistir à promissora Isolda !

A primeira vez que a vi foi na Bastille, há cerca de 4 anos.
Paris há muito que se havia rendido aos encantos da bela finlandesa... Cantara - pelo que pude ler - uma prodigiosa Elsa (do Lohengrin, de Wagner), numa polémica e ousada produção, que muita tinta fez correr... A insanidade da personagem era exuberante !

Dizia eu que a vi há quatro anos... A ópera não me cativava em particular - A Dama de Espadas. Confesso que fui assistir à récita, apenas e só, pelo nome em cartaz. Se a descreviam de forma tão rendida - e, neste capítulo, os parisienses não se deslumbram por dá cá aquela nota -, havia que arriscar !
Desde a primeira entrada em cena que Karita Mattila me fascinou ! Nunca havia ouvido uma lírico-spinto tão potente !
A voz era, em simultâneo, pura, densa e robusta ! É difícil imaginar-se uma voz assim... Sem esforço algum, a emissão era estonteante ! A crítica francesa - muito em particular a da, justamente, famigerada DIAPASON - aponta-lhe falhas na emissão...
Mas foi no domínio interpretativo que a cantora mais deu cartas, damas, espadas e muito, muito ouro ! O domínio do papel era absoluto ! A Lisa de Mattila - embora amputada e desenquadrada - está presente num magnífico recital, que inaugurou o contrato que a interprete firmou com a editora Erato - 8573 85785 2.

Na mesma temporada, numa versão insólita e inusitada do Otello de Verdi, compôs uma Desdemona portentosa, talvez demasiado robusta, a ponto de - ironicamente - ter asfixiado o peculiar Cura, cuja potência contrasta com a habilidade teatral ! O quarto acto - onde a frágil Desdemona tem o seu momento de glória teatral - foi pungente... A candura interpretativa, a doçura eram únicas, embora, como disse, a potência destoasse um pouco...

Desde então, não mais parei de seguir esta genial figura !

No Met - onde é rainha absoluta, tendo (apenas) como rival a talentosa Fleming -, Mattila, nos anos 90, já foi D.Elvira - papel que marcou o seu début na sala nova-iorquina -, Eva - dos Meistersinger, de Wagner - (papel que gravara, sob a direcção de Solti, em inícios dos anos 90 - DECCA 452 606 2 -, tendo a DG editado, muito recentemente, uma interpretação onde a cantora encarna a mesma personagem, ao lado do prodigioso Ben Heppner), Leonora, do Fidelio (igualmente disponível em dvd, da mesa casa e ladeada pelo citado Heppner).

(continua)