Além das intermináveis lágrimas que o desaparecimento de Pavarotti me fez verter, pouco me resta acrescentar ao extenso rol de homenagens de que o mais popular tenor da segunda metade do século XX tem sido alvo.
De forma singela, ao meu jeito, proponho uma lista dos seus incontornáveis registos operáticos.
Pavarotti foi, indubitavelmente, um homem de ópera. Embora pouco hábil cenicamente, a sua voz profundamente lírica, cheia de cor e rica em matizes, ampla, cristalina e absolutamente solar, plenamente radiosa, tornou-o no mais célebre intérprete lírico do final do século.
Como poucos, na ópera, notabilizou-se em figuras como Edgardo (Lucia di Lammermoor), Mario Cavaradossi (Tosca), Duque (Rigoletto), Calaf (Turandot), Tonio (La Fille du Régiment), Elvino (La Sonnambula), Rodolfo (La Bohème), Fernando (La Favorita) e Nemorino (L’Elisir d’Amore).
Um pouco além dos seus meios artísticos – a não confundir com as imensas potencialidades vocais -, o tenor legou para a posteridade um maravilhoso Otello, um divino Arnoldo (Guglielmo Tell), a par de um brilhante Andrea Chénier e de um elegantíssimo Riccardo (Un Ballo in Maschera).
Pessoalmente, em matéria de tenores líricos, considero a beleza do timbre de Luciano Pavarotti absolutamente singular, inigualável! Talvez Di Stefano se aproximasse, embora lhe faltasse amplitude. Kraus, o rei da classe, poderia ladeá-lo, apesar da insuficiente luminosidade. Bjoerling era brilhante, mas menos pueril.
RIP
De forma singela, ao meu jeito, proponho uma lista dos seus incontornáveis registos operáticos.
Pavarotti foi, indubitavelmente, um homem de ópera. Embora pouco hábil cenicamente, a sua voz profundamente lírica, cheia de cor e rica em matizes, ampla, cristalina e absolutamente solar, plenamente radiosa, tornou-o no mais célebre intérprete lírico do final do século.
Como poucos, na ópera, notabilizou-se em figuras como Edgardo (Lucia di Lammermoor), Mario Cavaradossi (Tosca), Duque (Rigoletto), Calaf (Turandot), Tonio (La Fille du Régiment), Elvino (La Sonnambula), Rodolfo (La Bohème), Fernando (La Favorita) e Nemorino (L’Elisir d’Amore).
Um pouco além dos seus meios artísticos – a não confundir com as imensas potencialidades vocais -, o tenor legou para a posteridade um maravilhoso Otello, um divino Arnoldo (Guglielmo Tell), a par de um brilhante Andrea Chénier e de um elegantíssimo Riccardo (Un Ballo in Maschera).
Pessoalmente, em matéria de tenores líricos, considero a beleza do timbre de Luciano Pavarotti absolutamente singular, inigualável! Talvez Di Stefano se aproximasse, embora lhe faltasse amplitude. Kraus, o rei da classe, poderia ladeá-lo, apesar da insuficiente luminosidade. Bjoerling era brilhante, mas menos pueril.
RIP
4 comentários:
A ópera perdeu um "gigante". Também não consigo encontrar melhor que este tenor, espectacular. Sem dúvida, o meu eleito, desde que me conheço. Vai deixar muitas saudades a sua belíssima voz.
BONITA A LEMBRANÇA AO GRANDE TENOR DO SÉCULO XX... gostei muito desse blog, irei visitá-lo smepre... os textos são ágeis, bem escritos, as imagens ótimas... O meu fala de ópera, mas no RJ do século XIX, em torno de uma cantora lírica italiana -- tema de um livro que estou finalizando... http://teucantoouvir.blogspot.com Abraços Andrea Carvalho, Rio de Janeiro, Brasil
Em termos de beleza tímbrica o Pavarotti era singular. Há, no entanto, o Bergonzi, mas não falemos noutros. Ele era um rei, sem rival.
O melhor exemplo da arte do Pavarotti, se é que se pode falar assim, é, na minha opinião o Rudolfo e o Nemorino.
Raul
Andrea,
Volte sempre!!!
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