(Renée Fleming)
Fleming e Bartoli são duas das mais extraordinárias cantoras líricas da actualidade.
Salvo erro, actuaram juntas em As Bodas de Fígaro, no Met, em finais dos anos 1990. Terfel foi o Fígaro dessa produção. Segundo rezam as crónicas, o trio proporcionou um espectáculo mítico. Consta que o teatro ia indo a baixo, depois de Bartoli interpretar Deh vieni non tardar...
Fleming deve ser a melhor Condessa desde Te Kanawa e Terfel o Fígaro absoluto...
A notícia que abaixo cito destaca os últimos registos discográficos das duas divas.
«(...) Long evident in their discographies, these attributes shine again in their latest recordings, both for Decca. Ms. Fleming’s “Verismo” and Ms. Bartoli’s “Sacrificium” are like graduate seminars dressed up as recitals.
Ms. Fleming, 50, recalls the advice given her by Herbert Breslin, who masterminded Luciano Pavarotti’s career. “ ‘You won’t make it if you don’t sing bread-and-butter Italian opera,’ he told me,” Ms. Fleming said in a recent telephone interview. “I was constantly being pushed toward a European ideal of what it means to be a classical or opera singer, let’s say in the Renata Tebaldi mode. I reject that. I’m American. I’m eclectic. I’m going to follow my musical passions. And if people don’t like it, and it hurts my legacy, I’m not going to worry about that.”
The late 19th century and the first quarter of the 20th have proved particularly congenial to Ms. Fleming’s gifts. In 2006 she surveyed that period on “Homage: The Age of the Diva,” recorded in St. Petersburg, Russia, with Valery Gergiev leading the Orchestra of the Maryinsky Theater. Inspired by historic recordings of stars like Mary Garden, Maria Jeritza, Rosa Ponselle, Emmy Destinn and Lotte Lehmann, the program included a sprinkling of favorites among a spate of rediscoveries.
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In “Verismo,” featuring the Orchestra Sinfonica di Milano Giuseppe Verdi conducted by Marco Armiliato, she concentrates on the “young school” of Italians who followed in the wake of Verdi. Balancing 7 tracks by the grand master Puccini (including a few obvious choices) are 10 thoroughly unfamiliar selections from composers remembered as one-trick ponies. Pietro Mascagni is represented not by “Cavalleria Rusticana” but by “Iris” and “Lodeletta”; Alfredo Catalani, by an aria from “La Wally” but not the familiar one. A risqué showstopper from Riccardo Zandonai’s “Conchita” wins out over his swooning “Francesca da Rimini.” Ruggero Leoncavallo, of “Pagliacci” fame, is heard from in excerpts from his “La Bohème” and from “Zazà.”
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Like much else in Ms. Fleming’s program, this is classic four-hankie material. Fallen women loom large in verismo, and in the minds of many opera fans their music cries out for sobbing, heart-on-sleeve emotionalism. Instead Ms. Fleming ennobles it with her cool classicism, following models both starry and unsung: among them, Gloria Davy, Claudia Muzio, Renata Scotto and Lynne Strow Piccolo.
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Ms. Bartoli conducts her research with a little team of scholars. For “Sacrificium” libraries were combed from Naples to Stockholm, Oxford to Berlin.
“I made my name singing Rossini,” Ms. Bartoli, 43, said recently from Vienna, “and I still sing Rossini. He was a great composer, and his music is great for maintaining the flexibility of the voice. But Rossini came from somewhere. Going backward from Rossini I discovered Mozart and Haydn. From Mozart and Haydn, I came to Gluck and Vivaldi and Salieri. One thing leads to another.”
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5 comentários:
Um pouco como resposta à sugestão do J. Ildefonso, a propósito do Cavaleiro da Rosa, acabo de adquirir o recentíssimo dvd da dita obra com a Fleming, a Damrau e o Kaufmann, com a Filarmónica de Munique dirigida pelo Thielemann.
Quanto à Cecilia, seria um pouco exagerado da minha parte entrar para o clube da fãs (oficial) dela, mas sou um fã "de facto", incondicional. Contudo, acho que nunca o serei "de jure".
Caro Gus,
Por favor não cite no elenco o tenor do Cavaleiro da Rosa, quando só refere três artistas. A personagem é um cantor italiano que tem pouco mais de cinco minutos de música em três horas. Refira-o depois de citar, nesta ordem, por exemplo, soprano, mezzo, soprano, baixo, barítono, tenor.
Eu fui passar a passagem do milénio a Nova Iorque e talvez a 30 de Dezembro estava na televisão um directo do Met com as Bodas com a Fleming e a Bartoli. Eu ouvi a segunda parte e a seguir à segunda ária da Condessa os aplausos foram imensos, mas pouco depois, veio a ária da Susana e a interpretaçáo da Bartoli excedeu tudo o que se possa imaginar e o teatro ia abaixo. Nunca me esqueci disso.
Caro Raul,
Dou-lhe razão, se bem que, por mínimo que seja o papel do tenor, foge-me o pé para um tenor que sou e, assim, citei-o sem citar outros nomes. Uma falta de rigor.
Aqui pode se ouvir e ver a recita
http://www.youtube.com/playlist?list=PL77365906E3F01F10&feature=plcp
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