Em sentido psicanalítico, manifestamente (ossia, conscientemente), Giorgio Germont pede a Violetta que abandone o filho, Alfredo, para que a reputação de que a família goza não seja maculada. Já no plano latente (ossia, inconscientemente), o que o pai pretende é, apenas, neutralizar o adversário.
A relação que une Alfredo, Giorgio e Violetta é, em sentido literal e figurado, triangular, sendo que a rivalidade pai-filho - movida pelo desejo comum pela mesma mulher - surge camuflada.
Parece-me óbvio que Violetta suscita desejo em Giorgio que, a pretexto do seu bom nome e das convenções, implora que a cortesã rompa o vínculo que mantinha com o filho. Doravante, creio haver um lado do pai que regozija com o espectro – imaginário e hipotético, claro está – de uma união com a desejável Violetta...
(Violetta Netrebko e Giorgio Hvorostovsky)
Verá o leitor que, previsivelmente, não me fiquei por considerações psicanalíticas sobre Tosca. Outras – muitas, muitas – haverá mais, além da presente!
A relação que une Alfredo, Giorgio e Violetta é, em sentido literal e figurado, triangular, sendo que a rivalidade pai-filho - movida pelo desejo comum pela mesma mulher - surge camuflada.
Parece-me óbvio que Violetta suscita desejo em Giorgio que, a pretexto do seu bom nome e das convenções, implora que a cortesã rompa o vínculo que mantinha com o filho. Doravante, creio haver um lado do pai que regozija com o espectro – imaginário e hipotético, claro está – de uma união com a desejável Violetta...
(Violetta Netrebko e Giorgio Hvorostovsky)
Verá o leitor que, previsivelmente, não me fiquei por considerações psicanalíticas sobre Tosca. Outras – muitas, muitas – haverá mais, além da presente!
1 comentário:
Caro Dissoluto,
tenho gravação da récita da qual utilizou a imagem (Covent Garden, Janeiro 2008). Foi obtida a partir duma transmissão digital da rádio BBC, portanto a qualidade áudio é muitíssimo boa.
Se estiver interessado, diga qualquer coisa!
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