sábado, 30 de agosto de 2008

De La Traviata pós-Callas – II – Advertência

Antes de o fiel e paciente leitor se insurgir contra a minha (polémica) equiparação Violetta-Callas / Violetta-Netrebko, impõe-se o visionamento desta La Traviata.


(DG 00440 073 4189)

A minha tese tem por base o citado registo (e não outro – cd áudio, trechos da ópera em questão gravados un peu par tout, au hasard).

Posto isto, evidentemente, não alimentarei discussões preconceituosas, que não tomem por base o visionamento efectivo e integral de La Traviata de Salzburgo, captada em 2005.

6 comentários:

Anónimo disse...

A Traviata, como alguns saberão, segundo Toscanini, precisa de um soprano ligeiro para o Primeiro Acto, um soprano lírico para o Segundo e um soprano lírico-dramático para o Terceiro. Daí que ás vezes é difícil eleger a Violeta ideal. A Callas, dada a sua fenomenal voz, quer nos registos quer nas cores, atravessava a ópera numa coerência absoluta. Seria a Violeta ideal ? Pelo menos era a que se aproximava mais. A Traviata, tal como a Carmen, são difíceis de idealizar.
Não conheço a versão Netrebko/Villazon, que talvez seria interessante comparar com a da Fleming/Villazon.
Raul

Ricardo disse...

Eu sou suspeito para falar da Fleming porque não a suporto. Como tal, não tenho nada de bom (pelo contrário) a dizer da sua Traviata.

Afectada, mal cantada, final ridículo (é a primeira Violetta que vejo morrer em posição de Tango).

Anónimo disse...

Eu conheço a versão Fleming/Villazon e, não sendo a tal Violeta ideal, acho a sua interpretação bastante aceitável. Embora não seja uma condição sine qua non para uma opinião minha, a crítica inglesa da Gramophone elogia a intrepretação da Fleming.
Também não acho nada relevante a forma como cai para daí ajuizar sobre a cantora.
Eu nunca tive nenhum conflito com um cantor, pois que aqueles que chegam ao patamar de serem considerados entre os melhores cantores do mundo, alguma coisa terão de bom, pois o público não é tonto e o caminho do cantor é árduo e sempre selectivo.
Claro que há cantores célebres ou muito conhecidos(ex. Janet Baker, Ildebrando de Arcangelo) que eu não aprecio, mas estou sempre à procura de melhorar a minha opinião. Talvez isto tenha a ver com a serenidade dos anos. Talvez.

Il Dissoluto Punito disse...

Raul,

Sábias palavras! A idade ensina-nos muito ;-)

Ricardo disse...

Caro Dissoluto, será que podia indicar-me qual o seu endereço de e-mail. Consegui colocar as mãos em algo que tenho a certeza que lhe vai interessar ;)

Anónimo disse...

Acabei de ver fragmentos desta Traviata e a interpretação da Netrebko é excepcional, superando todas as suas contemporâneas.