A omnipotência constitui uma das mais esplendorosas defesas narcísicas.
Face à angústia de perda, no sentido mais lato, defensivamente, o sujeito ergue uma carapaça pincelada de um poder pretensamente absoluto.
Eis Jessie Norman, diva incontestada de outrora, negando as evidências: o declínio vocal, sobretudo.
Qual toute-puissante, a intérprete persiste em apresentar-se como nos tempos áureos: cabeça de cartaz, forever...
Norman, assim, nega a finitude, o ciclo de vida, a decadência...
Se quisermos, esta defesa - que atesta da falta de limites, e mais não digo... - constitui uma forma de luta tenaz contra a depressão...
L. Rysanek (ou A.Silja...), por exemplo, soube assumir a decadência: passou a mezzo, encarnando figuras aquem das prime-donne. Porém, o frágil narcisismo de Norman - cego e muito, muito frágil - nega o que para todos nós é evidente.
Face à angústia de perda, no sentido mais lato, defensivamente, o sujeito ergue uma carapaça pincelada de um poder pretensamente absoluto.
Eis Jessie Norman, diva incontestada de outrora, negando as evidências: o declínio vocal, sobretudo.
Qual toute-puissante, a intérprete persiste em apresentar-se como nos tempos áureos: cabeça de cartaz, forever...
Norman, assim, nega a finitude, o ciclo de vida, a decadência...
Se quisermos, esta defesa - que atesta da falta de limites, e mais não digo... - constitui uma forma de luta tenaz contra a depressão...
L. Rysanek (ou A.Silja...), por exemplo, soube assumir a decadência: passou a mezzo, encarnando figuras aquem das prime-donne. Porém, o frágil narcisismo de Norman - cego e muito, muito frágil - nega o que para todos nós é evidente.