*Dança para mim, Mlada Khudoley...
(vá, depois explico...)Ópera, ópera, ópera, ópera, cinema, música, delírios psicanalíticos, crítica, literatura, revistas de imprensa, Paris, New-York, Florença, sapatos, GIORGIO ARMANI, possidonices...
sexta-feira, 28 de abril de 2006
quarta-feira, 26 de abril de 2006
Estrelas Metropolitanas: Voigt & Pape, Cara-e-Coroa
Depois de uma muito publicitada cura de emagrecimento - via banda-gástrica -, Deborah Voigt, qual Diva, lançou-se na aventura da interpretação de Tosca, uma das mais célebres heroínas Puccinianas.
Um soprano lírico (lírico-dramático, com esforço), interpretar um papel composto para soprano dramático?
O The New York Times dá conta do acontecimento.
(Deborah Voigt, antes da banda-gástrica)
***
Noutro quadrante, o citado jornal divulga uma longa entrevista com um dos mais extraordinários baixos da actualidade: René Pape.
Para mais detalhes sobre Il Divo, clicar aqui.
Nota corrosiva: são cara e coroa, brilham no mesmo teatro lírico do mundo - porventura, o melhor: Met - e cultivam o kitsch... Adoram o glamour e adereços pires...
São extraordinários! Quanto a isso, nada há a dizer em contrário!
(René Pape, um poseur!)
Um soprano lírico (lírico-dramático, com esforço), interpretar um papel composto para soprano dramático?
O The New York Times dá conta do acontecimento.
(Deborah Voigt, antes da banda-gástrica)
***
Noutro quadrante, o citado jornal divulga uma longa entrevista com um dos mais extraordinários baixos da actualidade: René Pape.
Para mais detalhes sobre Il Divo, clicar aqui.
Nota corrosiva: são cara e coroa, brilham no mesmo teatro lírico do mundo - porventura, o melhor: Met - e cultivam o kitsch... Adoram o glamour e adereços pires...
São extraordinários! Quanto a isso, nada há a dizer em contrário!
(René Pape, um poseur!)
quinta-feira, 20 de abril de 2006
Adriana Mater: manifesto vs latente (considerações psicanalíticas)
A minha triplice condição de homem, pai e psi levou-me a uma leitura diferente do libreto de Adriana Mater, última ópera de Kaija Saariaho.
Eis, em síntese, o essencial da trama, nas palavras do The New York Times (conforme se pode ler, aqui):
« Adriana Mater is raped by a soldier from her own community. Ignoring the advice of her sister, Refka, Adriana refuses an abortion and rears a son, Yonas, to believe that his father died a war hero. At 17, he learns the truth. When the man, Tsargo, returns to the village, Yonas decides to kill him.
(?)
Divided into seven tableaus, the opera opens with Adriana (the Irish mezzo-soprano Patricia Bardon) rebuffing the advances of a drunken villager, Tsargo (the Danish bass Stephen Milling).
In the second tableau, Tsargo returns as a soldier and, when Adriana again rejects him, he bursts into her home and rapes her. In the third scene, with Adriana now pregnant, Refka (the Norwegian soprano Solveig Kringelborn) chastises her for bearing the son of a monster. But Adriana responds: "It is not his child, Rekfa, it is mine."
The remaining four tableaus take place 17 years later, when Yonas (the Canadian tenor Gordon Gietz) sets out to kill his father. "If he must kill him, he will kill him," Adriana responds with resignation.
But this is where the opera turns from despair to hope.
Yonas cannot bring himself to kill Tsargo, now old and blind. Feeling he has betrayed his mother, he begs her forgiveness. But now, at last, Adriana is sure that her blood flows through Yonas's veins. "This man deserved to die, my son, but you did not deserve to kill," she says. And taking her son in her arms, she concludes: "We are not avenged, Yonas, but we are saved? »
***
Ensinou-nos mestre Freud a ver para lá do evidente... O mesmo é dizer que, alem do conteúdo manifesto - de um sonho, de uma criação literária... e de um libreto, por que não?! - há um conteúdo latente, sendo este o revelador da expressão e dinâmica inconscientes.
Caso o leitor adopte este modelo de análise, verá que nem sempre o que parece, é!
A meu ver, tal é o caso de Adriana Mater !
Em superfície - ao nível manifesto, para retomar a terminologia freudiana -, a ópera versa sobre a supremacia de valores como a abnegação, a devoção e o espírito de sacrifício sobre a brutalidade e o primitivismo.
(Tsargo e Adriana: negro vs branco, tributários de uma clivagem entre obscuro e virtuoso)
Tretas e mais tretas!
Detenhamo-nos, agora, numa interpretação mais profunda da trama, depurada de leituras romanceadas, bem ao jeito do socialmente correcto.
Subjacente aos acontecimentos descritos, em tom literário, é óbvio o confronto entre poderes: Adriana-fémea-mãe, estóica, por via do sacrifício(?!) e do amor maternal(?!), mulher determinada, ainda que dorida (opta por dar vida (?!) a um filho, gerado na sequência de uma violação), contrasta com a destituição de simbólica fálica de Tsargo-homem-pai (alcoólico, velho e cego, ainda que militar, outrora), figura por demais frágil.
Desde logo, Yonas surge como um projecto narcísico, fruto de um desejo exclusivo de Adriana que, sozinha, faz uma escolha: ter um filho dela, só.
A forclusão do paterno é por demais evidente!
Mas a coisa não fica por aqui...
No futuro, prosseguindo a lógica narcísica da «heroína», Yonas será investido como um prolongamento de si mesma; materialização omnipresente do ódio, o jovem tem um mandato inexorável: o parricídio.
O desejo da morte de Tsargo condensa, em simultâneo, a aspiração omnipotente de Adriana, que assim triunfa heroicamente sobre o masculino - paterno e se vinga, por interposta pessoa... sem sujar as mãos!
Adriana fêmea - mãe (re)triunfa sobre o masculino - pai / filho!
Caro leitor, lamento a brutalidade das minhas considerações...
A verdade, verdadeira - na minha óptica, claro está! - é que esta criação lírica assenta num libreto que desvirtua o masculino / paterno - identificado com a brutalidade e a guerra -, enaltecendo o virtuosismo de uma maternidade omnipotente e gloriosa, que se oculta sob o manto diáfano dos bons valores.
Adriana Mater é, para mim, a versão das «produções independentes» (leia-se, filhos-sem-pai), que as novelas brasileiras dos idos anos 1980 propagandearam, despudoradamente, diante de um público escandalosamente acrítico.
Eis, em síntese, o essencial da trama, nas palavras do The New York Times (conforme se pode ler, aqui):
« Adriana Mater is raped by a soldier from her own community. Ignoring the advice of her sister, Refka, Adriana refuses an abortion and rears a son, Yonas, to believe that his father died a war hero. At 17, he learns the truth. When the man, Tsargo, returns to the village, Yonas decides to kill him.
(?)
Divided into seven tableaus, the opera opens with Adriana (the Irish mezzo-soprano Patricia Bardon) rebuffing the advances of a drunken villager, Tsargo (the Danish bass Stephen Milling).
In the second tableau, Tsargo returns as a soldier and, when Adriana again rejects him, he bursts into her home and rapes her. In the third scene, with Adriana now pregnant, Refka (the Norwegian soprano Solveig Kringelborn) chastises her for bearing the son of a monster. But Adriana responds: "It is not his child, Rekfa, it is mine."
The remaining four tableaus take place 17 years later, when Yonas (the Canadian tenor Gordon Gietz) sets out to kill his father. "If he must kill him, he will kill him," Adriana responds with resignation.
But this is where the opera turns from despair to hope.
Yonas cannot bring himself to kill Tsargo, now old and blind. Feeling he has betrayed his mother, he begs her forgiveness. But now, at last, Adriana is sure that her blood flows through Yonas's veins. "This man deserved to die, my son, but you did not deserve to kill," she says. And taking her son in her arms, she concludes: "We are not avenged, Yonas, but we are saved? »
***
Ensinou-nos mestre Freud a ver para lá do evidente... O mesmo é dizer que, alem do conteúdo manifesto - de um sonho, de uma criação literária... e de um libreto, por que não?! - há um conteúdo latente, sendo este o revelador da expressão e dinâmica inconscientes.
Caso o leitor adopte este modelo de análise, verá que nem sempre o que parece, é!
A meu ver, tal é o caso de Adriana Mater !
Em superfície - ao nível manifesto, para retomar a terminologia freudiana -, a ópera versa sobre a supremacia de valores como a abnegação, a devoção e o espírito de sacrifício sobre a brutalidade e o primitivismo.
(Tsargo e Adriana: negro vs branco, tributários de uma clivagem entre obscuro e virtuoso)
Tretas e mais tretas!
Detenhamo-nos, agora, numa interpretação mais profunda da trama, depurada de leituras romanceadas, bem ao jeito do socialmente correcto.
Subjacente aos acontecimentos descritos, em tom literário, é óbvio o confronto entre poderes: Adriana-fémea-mãe, estóica, por via do sacrifício(?!) e do amor maternal(?!), mulher determinada, ainda que dorida (opta por dar vida (?!) a um filho, gerado na sequência de uma violação), contrasta com a destituição de simbólica fálica de Tsargo-homem-pai (alcoólico, velho e cego, ainda que militar, outrora), figura por demais frágil.
Desde logo, Yonas surge como um projecto narcísico, fruto de um desejo exclusivo de Adriana que, sozinha, faz uma escolha: ter um filho dela, só.
A forclusão do paterno é por demais evidente!
Mas a coisa não fica por aqui...
No futuro, prosseguindo a lógica narcísica da «heroína», Yonas será investido como um prolongamento de si mesma; materialização omnipresente do ódio, o jovem tem um mandato inexorável: o parricídio.
O desejo da morte de Tsargo condensa, em simultâneo, a aspiração omnipotente de Adriana, que assim triunfa heroicamente sobre o masculino - paterno e se vinga, por interposta pessoa... sem sujar as mãos!
Adriana fêmea - mãe (re)triunfa sobre o masculino - pai / filho!
Caro leitor, lamento a brutalidade das minhas considerações...
A verdade, verdadeira - na minha óptica, claro está! - é que esta criação lírica assenta num libreto que desvirtua o masculino / paterno - identificado com a brutalidade e a guerra -, enaltecendo o virtuosismo de uma maternidade omnipotente e gloriosa, que se oculta sob o manto diáfano dos bons valores.
Adriana Mater é, para mim, a versão das «produções independentes» (leia-se, filhos-sem-pai), que as novelas brasileiras dos idos anos 1980 propagandearam, despudoradamente, diante de um público escandalosamente acrítico.
Back to Salieri...
Retomemos o tema deste post, consagrado a La Grotta di Trofonio, de Salieri.
Em ambiente de comemorações mozartianas, Christophe Rousset presta uma justa homenagem a Salieri - compositor maior, maldito pela ignorância - por via da interpretação da ópera La Grotta di Trofonio.
Esta leitura constitui, a meu ver, uma superior forma de reparação - no sentido psicanalítico do termo -, dado que enaltece a qualidade da composição de Salieri, servindo-a com elevação e aprumo, ao mesmo tempo que desconstrói inverdades históricas.
Estreada em ambiente clássico - finais do século XVIII, em 1785, para ser mais exacto -, esta composição lírica afirma-se como paradigma do equilíbrio e harmonia estética e musical.
Plenamente buffa, a ópera constitui uma parábola sobre a (in)constância humana, colocando a tónica no debate entre pensamento e emoção.
As personagens da trama, delineadas com graça e ironia, representam com inegável rigor dois tipos de carácter: o obsessivo (Ofelia e Artemidoro) e o hipomaníaco (Dori e Plistene).
A distribuição conta com figuras pouco conhecidas do firmamento lírico mais mediático.
Globalmente, o nível vocal é elevado e homogéneo, destacando-se o baixo buffo (coisa rara, nos dias que correm...) Carlo Lepore, na pele de Trofonio, pela ironia e graça transmitidas.
Em ambiente de comemorações mozartianas, Christophe Rousset presta uma justa homenagem a Salieri - compositor maior, maldito pela ignorância - por via da interpretação da ópera La Grotta di Trofonio.
Esta leitura constitui, a meu ver, uma superior forma de reparação - no sentido psicanalítico do termo -, dado que enaltece a qualidade da composição de Salieri, servindo-a com elevação e aprumo, ao mesmo tempo que desconstrói inverdades históricas.
Estreada em ambiente clássico - finais do século XVIII, em 1785, para ser mais exacto -, esta composição lírica afirma-se como paradigma do equilíbrio e harmonia estética e musical.
Plenamente buffa, a ópera constitui uma parábola sobre a (in)constância humana, colocando a tónica no debate entre pensamento e emoção.
As personagens da trama, delineadas com graça e ironia, representam com inegável rigor dois tipos de carácter: o obsessivo (Ofelia e Artemidoro) e o hipomaníaco (Dori e Plistene).
A distribuição conta com figuras pouco conhecidas do firmamento lírico mais mediático.
Globalmente, o nível vocal é elevado e homogéneo, destacando-se o baixo buffo (coisa rara, nos dias que correm...) Carlo Lepore, na pele de Trofonio, pela ironia e graça transmitidas.
quarta-feira, 19 de abril de 2006
Wagner sublime, como nos bons velhos tempos...
Junte-se HEPPNER, MATTILA e BOB WILSON: um milagre repete-se!
No MET, em reprise, eis um Lohengrin de sonho, cantado pelos maiores intérpretes wagnerianos do momento, sob a orientação de um magnífico encenador, embora repetitivo (não será esta a essência do minimalismo?)...
O nascimento do meu filho Tiago trocou-nos as voltas. pois era suposto termos assistido a uma destas récitas.
A Paternidade vale mais do que mil óperas, eis a verdade nua e crua!
terça-feira, 18 de abril de 2006
Ópera contemporânea ?
Longe da veia iconoclasta - que nos idos anos 1970 vaticinou o fim da ópera -, a criação lírica não cessa, como provam estas (interessantes) 5 questões.
The Magic Flute (?!)
Depois da pessoalíssima versão, em sueco, de Mestre Bergman, Branagh oferece uma (seguramente...) idiomática leitura d´A Flauta Mágica, de Mozart, em inglês.
Annus Mozartianus oblige.
Annus Mozartianus oblige.
segunda-feira, 17 de abril de 2006
Justiça!
(La Grotta do Trofonio, de Salieri: Rousset dirige Les Talents Lyriques)
Em linguagem psicanalítica, Justiça escreve-se com R, de REPARAÇÃO...
Em linguagem psicanalítica, Justiça escreve-se com R, de REPARAÇÃO...
quarta-feira, 12 de abril de 2006
(férias)
Desgastado pela paternidade e demais afazeres profissionais, Dissoluto Punito retira-se, por alguns dias, para recuperar forças :-)
domingo, 9 de abril de 2006
ISOKOSKI: the other finland...
Nos antípodas da histriónica Mattila, as palavras da compatriota Isokoski sublinham a sua imensa discrição, adornada por um estilo soft & light...
Soprano lírico, por excelência - não conheço outra igual, na actualidade, além da Fleming -, Soile Isokoski confessa a sua desmesurada admiração pela Divina Grega Maria...
Soprano lírico, por excelência - não conheço outra igual, na actualidade, além da Fleming -, Soile Isokoski confessa a sua desmesurada admiração pela Divina Grega Maria...
quinta-feira, 6 de abril de 2006
Furacões Ocidentais
Para que não me tomem por faccioso, aqui vão algumas reedições (DECCA) de grandes, grandes artistas líricos dos anos 1950 (Siepi), 1960 (Scotto), 1970 (Burrows e Freni) e de-sempre (Dieskau).
É aproveitar, tanto mais que se trata de um conjunto de artigos mid-price!!
É aproveitar, tanto mais que se trata de um conjunto de artigos mid-price!!
(Aqui há mais detalhes: clicar em SERIES e, depois, em CLASSIC RECITALS)
Furacões Russos
Nos anos 1970, a Rússia orgulhosa e poderosa surpreendeu o Ocidente com três vozes estrondosas: Atlantov, Nesterenko e Obraztsova.
Com raríssimas excepções - particularmente no caso da mezzo -, as empresas discográficas, dominadas pelos tentáculos da guerra fria, não lhes concederam espaço algum.
Curiosamente, anos antes, a célebre Lady Vishnevskaya teve outra sorte, tendo perpetuado o seu talento chez EMI e DG! Ser-se exilado político tinha as suas vantagens...
A era pós-Gorby revelou outros talentos, que o Ocidente não só acolheu com agrado e estupefacção, com promoveu e difundiu, nomeadamente por via discográfica.
Honra seja feita à PHILIPS, que perpetuou as extraordinárias vozes de Hvorostovsky e Borodina!
Vem esta prosa a propósito da edição de dois best of destes dois últimos talentosos artistas, que há muito aguardo, privado que me encontro de aceder ao material original, esgotado desde há anos!
Aqui ficam, pois, duas pérolas que adquirirei com grande entusiasmo!
Com raríssimas excepções - particularmente no caso da mezzo -, as empresas discográficas, dominadas pelos tentáculos da guerra fria, não lhes concederam espaço algum.
Curiosamente, anos antes, a célebre Lady Vishnevskaya teve outra sorte, tendo perpetuado o seu talento chez EMI e DG! Ser-se exilado político tinha as suas vantagens...
A era pós-Gorby revelou outros talentos, que o Ocidente não só acolheu com agrado e estupefacção, com promoveu e difundiu, nomeadamente por via discográfica.
Honra seja feita à PHILIPS, que perpetuou as extraordinárias vozes de Hvorostovsky e Borodina!
Vem esta prosa a propósito da edição de dois best of destes dois últimos talentosos artistas, que há muito aguardo, privado que me encontro de aceder ao material original, esgotado desde há anos!
Aqui ficam, pois, duas pérolas que adquirirei com grande entusiasmo!
(Olga BORODINA, A PORTRAIT)
(Dmitry HOVOROSTOVSKY, A PORTRAIT)
terça-feira, 4 de abril de 2006
Still Shinning...
Eis-me de regresso às vinhetas clínicas.
Esta entrevista do maior dos tenores tem a particularidade de ilustrar de forma extraordinária o quadro hipomaníaco: omnipotência, infatigabilidade, optimismo...
No caso de Domingo, (quase) tudo se perdoa, em virtude da sua indiscutível natureza e talento sobre-humanos.
ps visiono um Otello - com Domingo, Fleming e Morris - onde o tenor, plenamente sexagenário, compõe um herói quase inverosímil, dado o investimento dramático e vocal da criatura! Dele falarei mais tarde, noutra ocasião, assim que o meu rebento o permitir :-)
Esta entrevista do maior dos tenores tem a particularidade de ilustrar de forma extraordinária o quadro hipomaníaco: omnipotência, infatigabilidade, optimismo...
No caso de Domingo, (quase) tudo se perdoa, em virtude da sua indiscutível natureza e talento sobre-humanos.
ps visiono um Otello - com Domingo, Fleming e Morris - onde o tenor, plenamente sexagenário, compõe um herói quase inverosímil, dado o investimento dramático e vocal da criatura! Dele falarei mais tarde, noutra ocasião, assim que o meu rebento o permitir :-)
A Star is Born!!!
Sábado passado, Erika Sunnegardh substituiu Karita Mattila, na pele de Leonora (Fidelio, de Beethoven), no Met, dado que a diva finlandesa se encontrava enferma.
A história da lírica está repleta de casos de substituições à la dernière minute, que redundam em verdadeiros volte-face na carreira dos substitutos: Scotto substitui Callas, em 1957, numa récita de La Sonnambula, e Domingo veste a pele de Calaf (Turandot), em 1968, em lugar de um Corelli indisposto.
A história da cantora lírica sueca, que aos 40 anos acedeu aos estrelato, depois de ter trabalhado como empregada de mesa, por muito romanceada que seja, é a prova de que o sonho americano não é uma miragem!
(Erika Sunnegardh)
Também eu acho que a vida pode bem começar aos 40 anos!
Indubitavelmente, a Escandinávia não cessa de produzir estrelas! Depois da morte da Nilsson, eis que o firmamento lírico se regenera!
Para os mais interessados, eis dois depoimentos entusiastas, que vaticinam glória e brilho! (aqui e aqui)
A história da lírica está repleta de casos de substituições à la dernière minute, que redundam em verdadeiros volte-face na carreira dos substitutos: Scotto substitui Callas, em 1957, numa récita de La Sonnambula, e Domingo veste a pele de Calaf (Turandot), em 1968, em lugar de um Corelli indisposto.
A história da cantora lírica sueca, que aos 40 anos acedeu aos estrelato, depois de ter trabalhado como empregada de mesa, por muito romanceada que seja, é a prova de que o sonho americano não é uma miragem!
(Erika Sunnegardh)
Também eu acho que a vida pode bem começar aos 40 anos!
Indubitavelmente, a Escandinávia não cessa de produzir estrelas! Depois da morte da Nilsson, eis que o firmamento lírico se regenera!
Para os mais interessados, eis dois depoimentos entusiastas, que vaticinam glória e brilho! (aqui e aqui)
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