terça-feira, 8 de março de 2011

O Aleph: a obra-prima e a prima-do-mestre-de-obras




Em 1949, Jorge Luis Borges publica O Aleph, peça de inequívoco valor literário, doravante presente em qualquer biblioteca digna desse nome.

Com estupefacção, via Actual (Expresso, 5/3/11), verifico que Paulo Coelho, escritor charlatão, místico desprezível (ainda mais indecoroso do que Maga Maya, a da Porcalhota), tem uma obra homónima, que – surpresa das surpresas... – ocupa o lugar cimeiro nas listas de compras lusas...

E depois há quem se indigne com a poesia dos Homens da Luta?!

ALGO VAI MAL, NO REINO DE PORTUGAL...

4 comentários:

Hugo Santos disse...

Caro João,

a apropriação do título da obra de Borges não me parece nada prudente, muito menos abonatória para Paulo Coelho.

Raul disse...

Curioso. Numa curta ida a Lisboa de uma semana -- nem disse nada, pois tinha o tempo todo contado -- fui à Fnac e reparei neste título que igualmente achei de grande atrevimento.

portasabertascadeirasaosoco disse...

E esse Paulo Coelho não pode ser levado a tribunal ? Então agora eu resolvo escrever umas tretas e arranjar alguem que as publique e resolvo dar-lhe o título de " os lusíadas ".Isto é normal ?

AnaV disse...

Fiquei pasma quando vi o livro no escaparate de uma livraria... Como é que o Paulo Coelho se atreve a tal coisa? Creio que ele deve considerar-se um escritor de topo, de tal forma que pode colocar-se ao nível do Borges. É o que dá vender muitos livros, confunde-se isso com verdadeiro talento literário.

Embora não ache que quem venda muitos livros seja necessariamente um escritor de segunda - há grandes escritores que felizmente vendem muitos livros -, o contrário também não é verdade... quem vende muitos livros não é necessariamente um grande escritor.