O Princípio do Prazer determina que o tempo de espera - que, em linguagem psicanalítica, se designa por tolerância à frustração - seja nulo...
Saber esperar é uma virtude. A paciência é uma aquisição tardia, na espécie humana. Enquanto educadores, paulatinamente, vamos introduzindo a frustração como aquisição fundamental ao crescimento e maturidade das nossas crianças.
Quem - como eu - lida com as patologias adictivas, sabe que a tolerância à frustração (por regra, diminuta) constitui um dos eixos essenciais que definem a dinâmica toxicodependente.
Pois bem... seja... O que importa, verdadeiramente, é que, por vezes, podemos contornar os penosos tempos de espera e fruir mais cedo de uma obra!
Por artes heterodoxas - if you see what I mean... -, veio parar-me ao Imac este novo registo de Jarrousky.
Por quê esperar, com uma paciência infinita -, se posso escutá-lo JÁ?!
2 comentários:
Não sou especial apreciador do tipo de voz mas comprei o que cd dedicado a Vivaldi que me impressionou positivamente. De seguida comprei o seguinte, dedicado a J. C. Bach porque tinha muita curiosidade pelo compositor dadas as criticas elogiosas que Mozart lhe tece. É muito interessante o registo, especialmente porque podemos ver como é que dois compositores contemporâneos musicaram os mesmos textos, mas a voz do cantor não é tão adequada a um reportório mais tardio e imaginava como é que seriam as árias na voz da Berganza ou, porque não, da Garanca.
O Caldara conheci através dos cd's da Bartoli e gostei muitíssimo por isso não sei se resistirei à tentação.
Já comprei ;) assim como o último do Scholl, dedicado a Purcell!
O do Jaroussky é bom... mas prefiro o Scholl (está cada vez melhor, é como o vinho do Porto, melhora com a idade! :))
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