quarta-feira, 7 de julho de 2010

Cesare Siepi (1923 - 2010)



Faleceu hoje Cesare Siepi, o maior intérprete de que há memória do papel titular de Don Giovanni. Os méritos deste monstro foram muitos e diversos...

Por ora, a comoção não me deixa ir mais longe...

RIP

24 comentários:

Hugo Santos disse...

Um verdadeiro "annus horribilis" para a Lírica. Afortunadamente, encontro-me bem documentado no que a Siepi concerne. O nobilíssimo timbre do baixo italiano ecoará sempre cá por casa.

Anónimo disse...

Outro "monstro sagrado" que morre. É na verdade um "annus horribilis" para a Lírica Italiana: Simionato, Taddei e Siepi. Ainda o vi no Coliseu em 1976, no Filipe II. Já tinha passado o seu máximo, que foi de ouro, mas a presença em cena era esmagadora. Siepi, como muito bem o João lembra, foi aquele que melhor correspondeu ao mito do Donjuanismo, um dos dois únicos que a Europa criou, pois o resto vem do Mundo Clássico, e que serviu a Ópera com uma das melhores vozes de baixo italiano do século XX. Presentemente não existe nenhum cantor no mundo que se lhe possa equivaler.
O genial cantor está felizmente bem documentado na discografia e no Youtube. Vejam-no já nos sessentas bem adiantados no Dom Basílio.
De Cesare Siepi infelizmente só o possuo nas seguintes gravações: Don Giovanni, La Forza del destino, Don Carlo, Gioconda, La Bohème, L’ Amore dei Tre Re. Também o tenho num dvd em árias e duetos com Mirela Freni.
Raul

José Quintela Soares disse...

O ano tem sido, de facto, para esquecer...
Grande Siepi!
Em cd,tenho as "Bodas", "Bohème","Força do Destino","Gioconda", "Khovanshcina","Lucia", "Rigoletto", "Sonâmbula", e claro o "D.Giovanni".
E em dvd tenho uma gravação de 1954desta ópera, dirigida por Furtwangler.

Siepi é presença assídua por estes lados.

Gus On Earth disse...

Uma ingente perda para a nossa nobre arte lírica.

blogger disse...

Para sempre o irei recordar como o Don Giovanni e como O Mefistofeles de Boito. Lembro-me que a primeira vez que o ouvi foi a cantar a ária "io son lo spirito" e desde então nunca mais o consegui esquecer.

blogger disse...

Raul,

essa ópera L'amore dei tre re é alguma coisa de jeito?

Anónimo disse...

Caro Blogger,
Para falar francamente não estamos perante uma jóia injustamente esquecida. O melhor está na orquestra, principalmente num certo tema. A música tem tudo menos de banal, mas de tão pensada sai pouco génio e pouca inventiva melódica. O elenco é poderoso: Siepi, Moffo, Domingo e o barítono Pablo Elvira. A ópera é pequena para três actos e com poucas personagens.
O caro Blogger que eu já vi que se interessa por óperas "injustamente esquecidas", já ouviu a Medea em Corinto de Meyr, o mestor de Donizetti?
Raul

Anónimo disse...

Continuando para o caro Blogger:
E a ópera Nerone de Boito?
Raul

Anónimo disse...

Abrir neste momento este blogue quase que diríamos que seria dedicado à voz de baixo, face às fotografias de dois dos três maiores baixos (o outro é Boris Cristoff) da segunda metade do século XX, sendo os fotografados baixos verdianos por excelência.
Raul

Anónimo disse...

Caros Senhores,

Fazendo aqui uma manobra de diversão, gostaria de ouvir uma recomendação vossa, quanto a versões vídeo de algumas das obras maiores da lírica, que, neste momento, me interessam particularmente.
Que dizer das leituras disponíveis de Don Carlo, de Verdi? Levine, no Met, com Domingo, Freni, Ghiaurov, Bumbry, etc.? Karajan, em Salzburgo, com Carreras, Furlanetto, Baltsa, Cappuccilli, etc.? Pappano (versão francesa), Paris, com Alagna, Hampson, Mattila, Van Dam, Meier, etc.?

E quanto ao Otello, também de Verdi? Que me dizem das três versões disponíveis com o Domingo? E a versão vídeo (filme) do Vickers e da Freni, com Karajan? E a recente leitura de Muti, em Salzburgo?

E o Simon Boccanegra? Alguma recomendação?

Já quanto a Mozart - e por último - alguma recomendação quanto à Così fan tutte?

Obrigado a todos!

Cumprimentos,
José García Pimentel

P.S. - Em homenagem ao mestre Siepi, ouvirei, hoje mesmo, o seu magistral Don Giovanni, ladeado pela Elvira de Lisa Della Casa, sob a regência de Josef Krips (Filarmónica de Viena)

Anónimo disse...

Caro José Garcia Pimentel,
A minha opinião sobre o Don Carlo depende se tem ou conhece bem a versão italiana, porque só se possui a versão francesa se se conhecer a italiana. As razões, que para mim são óbvias, já aqui as expus. Partindo de que conhece a versão italiana, é obrigatório conhecer a versão francesa, porque o conjunto é excepcional, sendo talvez uma das melhores gravações de ópera em video que existe. Das duas versões italianas que propôs a escolha é difícil. A versão do Met tem um melhor elenco feminino, principalmente a Freni, o Domingo está num mau dia que vai superando, o Ghiaurov é ainda uma grande presença, mas a voz começa a declinar, Quilico muito mau e Furlanetto uma voz inadequada. Quanto a Salzburgo tem o Karajan na versão cortada do primeiro acto, com o melhor Rodrigo que há gravado, as senhoras e o Carreras muito bem, mas os baixos não nos levam às nuvens. Não há nenhuma versão italiana que se possa equiparar ao nivel interpretativo da versão francesa.
Quanto ao Otelo, de momento só lhe digo para não comprar a versão do excepcional Karajan, com os modelos para os papéis, o Vickers e a Freni. As razões têm que ver com um Iago que deixa muito a desejar. e porque se trata de um filme, coisa de que eu não gosto quando se trata de uma ópera, e não de uma versão ao vivo. Das versões Domingo eu optava pela do Covent Garden, onde ele é muito mais novo, embora o Iago seja também fraco e a Kiri te Kenawa já tenha passado o seu prime, mas o Solti é fabuloso.
A Cosi e o Simão ficam para outro dia.
Raul Andrade Pissarra

J. Ildefonso. disse...

Caro José Garcia Pimentel

Relativamente ao D. Carlos segundo as suas possibilidades económicas e oportunidades de oferta do mercado comprava os dois. Met e Paris pelas mesmas razões expressas pelo Raúl. primeiro um e quando tiver vontade ou poder o outro.
O Otello esperava pela gravação do Scalla com o Domingo/Freni/Capucilli que um dia acabará por aparecer à venda..... esperamos. O filme do Karajan não gosto. Olhe! Dou-lhe o meu se quiser!
O Simão da Karita Matilla de Florenca é bastante bom e aconselho até que apareca o do Scalla com o Capucilli/Freni/Carreras/Ghiaurov, se vier a aparecer, e que será preferivel.
Gostei do último Cosi de Glyndbourne. O elenco é meramente honesto mas muito bons actores e com uma encenação bonita de se ver.

Anónimo disse...

Caro Raul,

O Don Carlo de Giulini (editado pela EMI) é soberbo, com Domingo magistral. Daí o meu interesse pelo DVD do Met. Depois Freni, Ghiaurov e Bumbry (três pesos pesados!)...
Quanto à versão de Paris, sempre muito bem referenciada, ponho dúvidas em Alagna (que me parece sempre algo superficial) e na Eboli de Meier.
A leitura de Salzburgo, para além da regência de Karajan, sempre majestosa e poética em Verdi (sendo que o Don Carlo é uma obra que pede exactamente essas características), atrai-me por Carreras, Baltsa e Cappuccilli (um verdiano da melhor qualidade), fundamentalmente.

Otello é, na verdade, uma das minhas obras preferidas. No que ao áudio concerne, temos versões para tudo. Com Domingo, com Vickers (para além da gravação clássica com Serafin, existe uma versão «live», captada em Salzburgo, com este ladeado pela Freni e Glossop, dirigidos por Karajan, que é verdadeiramente sublime, donde o meu interesse pelo vídeo), com Vinay, com Del Monaco...
Ouvi boas referências da despedida de Domingo do papel titular, no Scala, com Frittoli, Nucci e Muti.

Agradeço a sua colaboração.
José G. Pimentel

Anónimo disse...

Caro J. Ildefonso,

Muito me alegraria com a edição em vídeo do Otello do Scala. Se não bastasse o trio, temos ainda a regência de Kleiber!!
Acha mesmo que acabará por aparecer?
O Simon com a Mattila, tive-o há dias nas mãos, em desconto, mas hesitei. O elenco não me pareceu uniforme. É de pegar mesmo? E o do Scala? Aparecerá mesmo?

A Così de que me fala, desconheço. Existe uma gravação vídeo com o Gardiner, que já vi e apreciei, mas sem me encher as medidas. Creio que está para a aparecer melhor do que a célebre leitura de Karl Böhm, imortalizada pela EMI.

Cumprimentos,
José G. Pimentel

J. Ildefonso. disse...

Não me lembrei da Despedida do Domingo no papel de Otello. Já vi e gostei bastante.
O Cosi de que falo é com o Nicolas Rivenq/ Miah Persson/ Luca Pissaroni/ Lehtippu, etc. Todos novos e frescos, bons cantores, nos padrões modernos, e bons actores.

Plácido Zacarias disse...

Justamente no dia do 150º aniversário de Mahler.

RIP, grande artista.

Anónimo disse...

Caro José G. Pimentel,
Eu penso de que apenas pediu opinião sobre dvds e não cds, Não foi?
Sobre o Simão Boccanegra existem pelo menos 3 dvds. Eu tenho dois. Um, o da Matilla e do Carlo Guelfi é equilibrado e o soprano finlandês torna a desinteressante Amelia num papel interessante. O outro é do Met, com uma encenação tradicional que é um regalo à vista, e no conjunto é superior, pois o barítono Vladimir Chernov é de um verdianismo absoluto e no dueto com a Te Kanawa é uma referência. Esta representação também conta com o Domingo no Gabriele Adorno, que valoriza muito o papel com a sua voz espectacular. Os Fiescos, o papel mais interessante depois do Boccanegra, são interpretados correctamente, mas a anos-luz daqueles baixos que aparecem nas duas grandes interpretações em cd, a do Santini com o Gobbi, Los Angeles, Cristoff e Prandelli e a do Abbado com o Cappucilli, Ghiaurov, Freni e Carreras.
Sobre a Cosi fan Tutti recomendo uma que possuo:
Honeck: Martinez, Koch, Degout, Mathey, Donath, Allen (Decca, 2006), que, se não estou em erro, é do Festival de Salzburgo.
Raul Pissarra

blogger disse...

Raul,

relativamente à Medea em corinto, já ouvi algumas partes que se encontram disponiveis no youtube e fiquei interessado nela.
Relativamente ao Nerone, possuo uma gravação que adquiri por meios nao muito nobres e devo-lhe dizer que a partitura é belissima, criando forte impacto logo ao inicio. Arrigo Boito aprendeu muito junto de Verdi e devo dizer que existem ali uns primeiros passos no verismo italiano.

Relativamente ao Don Carlo, subscrevo totalmente o que aqui foi dito relativamente à versão em dvd com Alagna e Mattila. Imprescindivel. E tambem a versão com Karajan e Carreras.
Em Otelos, bem, não sou um grande apaixonado por Vickers, por isso a minha recomendação recairá sobre Domingo. (Já agora, a versão em filme de Zefirelli com Domingo vale alguma coisa? Pareceu-me bastante superior à versão filmada com Vickers e Freni)

De Simões Boccanegra, não posso recomendar nada. Ainda não gosto desta ópera, salvo uma ária ou outra, mas pergunto-se se alguma vez será disponibilizada em dvd uma gravação com a Gheorghiu. Talvez gravada este verão com Domingo em madrid. isso é que era! :)

Daniel

Anónimo disse...

Caro Blogger,
Relativamente ao Nerone, eu possuo já há muitos anos uma gravação húngara muito boa de 1983 da Hungaraton (Queler: J. Nagy, Tokody, Dene, L. Miller, K. Takács). Pessoalmente não vejo o Nerone como uma obra de alvor verista, mas sim com uma escrita muito pessoal, numa linha onde se mistura um certo wagnerianismo muito suavizado pela melodia italiana. Inteiramente de acordo quando o Daniel, belo nome bíblico, fala da influência do último Verdi, mas, acima de tudo, eu vejo em Boito, que era muito exigente consigo próprio e daí a partitura ter sido um "parto difícil", um estilo muito pessoal.
Para terminar , sobre o Otelo,salvo raras excepções nunca recomendo opera em filme.
A Medea em Corinto, uma obra-prima miseravelmente esquecida, está editada pela OPera Rara, ou seja, é cara.
Raul

J. Ildefonso. disse...

Olá.

Também conheço a Medea do Mayer e gosto bastante. É uma ópera muito bela. Grande sucesso em Nápoles cantada pela Colbran.

Anónimo disse...

Caro Raul,

Exactamente. A recomendação incidia apenas sobre dvd's.
Vou seguir os seus conselhos.
E quanto ao Otello, quando já estiver bem abastecido, tratarei de adquirir o vídeo de Karajan. É que falaram-me não só na qualidade da interpretação, como na encenação ser belíssima. Depois verei.

Cumprimentos gratos,
José

Hugo Santos disse...

Caro José Garcia Pimentel,

permita-me algumas achegas, pese embora, tardias.

DON CARLO

Concordo, na generalidade, com tudo quanto foi referido até ao presente momento. No que concerne à versão italiana, a aposta mais segura é Levine/MET 1983 (em cinco actos). Com uma encenação tradicional que nunca se constitui um entrave à acção, documenta alguns dos principais intérpretes das personagens, das últimas décadas, em razoável forma vocal: Placido Domingo, Mirella Freni, Nicolai Ghiaurov e Grace Bumbry. O Rodrigo de Louis Quilico, não obstante o mau momento vocal patenteado, resiste como pode, conseguido debelar, relativamente, a sua condição ao longo da récita. Por seu turno, o Inquisidor de Ferruccio Furlanetto enferma de uma estatura vocal algo insuficiente e uma presença cénica deficitária num papel que deve exalar autoridade e incutir temor. O maestro James Levine exibe-se em bom plano.
Relativamente ao "Don Carlos", a melhor opção permanece Pappano/Paris 1996, pela concepção cénico-dramática da qual emana um conjunto equilibrado de solistas.

SIMON BOCCANEGRA

Apropriando-me das razões invocadas pelo caríssimo Raul, o registo Levine/MET 1995 afigura-se preferencial. Chernov mescla uma sensibilidade tocante com a noção de autoridade e sentido de Estado que a personagem requer. Em plena maturidade, Te Kanawa demonstra as razões que a tornaram um dos sopranos líricos de referência da Lírica, enquanto Domingo alcandora o papel de Gabriele Adorno a um estatuto superior ao que, habitualmente, lhe é concedido. Robert Lloyd, não obstante a comparação desfavorável com Siepi, Christoff, Hines ou Ghiaurov, compõe um Fiesco de uma extrema solidez vocal e manifesto envolvimento dramático.

OTELLO

A minha escolha recairia sobre uma das gravações disponíveis com Domingo. O filme com Vickers reveste-se de uma excessiva artificialidade, enquanto, no registo da Arena de Verona, Vladimir Atlantov não se encontra ao mesmo nível, conquanto conte com colegas de excelência (Cappuccilli e Te Kanawa). Entre Solti/Covent Garden 1992, Levine/MET 1996 e Muti/Scala 2001, elegeria esta última. Apesar de assinalar a despedida de Placido Domingo deste papel em particular, o tenor retém ainda muito do arsenal vocal que lhe permitiu, no decorrer de um quarto de século, afrontar o Mouro de Veneza, encontrando-se ladeado por intérpretes (Nucci, Frittoli) extremamente idiomáticos e em boa forma. A leitura de Riccardo Muti é, igualmente, bastante reveladora e acutilante.

Finalmente, no respeitante a Così fan tutte de Mozart, agrada-me o intimismo proposto por Gardiner numa versão de 1992 que conta com Amanda Roocroft, Rose Mannion, Rodney Gilfry, Rainer Trost, Eirian James e Claudio Nicolai. Uma recomendação adicional seria: Wall, Garanca, Degout, Mathey, Bonney, Raimondi; Daniel Harding (2005).

Hugo Santos disse...

Caro José Garcia Pimentel,

permita-me algumas achegas, pese embora, tardias.

DON CARLO

Concordo, na generalidade, com tudo quanto foi referido até ao presente momento. No que concerne à versão italiana, a aposta mais segura é Levine/MET 1983 (em cinco actos). Com uma encenação tradicional que nunca se constitui um entrave à acção, documenta alguns dos principais intérpretes das personagens, das últimas décadas, em razoável forma vocal: Placido Domingo, Mirella Freni, Nicolai Ghiaurov e Grace Bumbry. O Rodrigo de Louis Quilico, não obstante o mau momento vocal patenteado, resiste como pode, conseguido debelar, relativamente, a sua condição ao longo da récita. Por seu turno, o Inquisidor de Ferruccio Furlanetto enferma de uma estatura vocal algo insuficiente e uma presença cénica deficitária num papel que deve exalar autoridade e incutir temor. O maestro James Levine exibe-se em bom plano.
Relativamente ao "Don Carlos", a melhor opção permanece Pappano/Paris 1996, pela concepção cénico-dramática da qual emana um conjunto equilibrado de solistas.

SIMON BOCCANEGRA

Apropriando-me das razões invocadas pelo caríssimo Raul, o registo Levine/MET 1995 afigura-se preferencial. Chernov mescla uma sensibilidade tocante com a noção de autoridade e sentido de Estado que a personagem requer. Em plena maturidade, Te Kanawa demonstra as razões que a tornaram um dos sopranos líricos de referência da Lírica, enquanto Domingo alcandora o papel de Gabriele Adorno a um estatuto superior ao que, habitualmente, lhe é concedido. Robert Lloyd, não obstante a comparação desfavorável com Siepi, Christoff, Hines ou Ghiaurov, compõe um Fiesco de uma extrema solidez vocal e manifesto envolvimento dramático.

OTELLO

A minha escolha recairia sobre uma das gravações disponíveis com Domingo. O filme com Vickers reveste-se de uma excessiva artificialidade, enquanto, no registo da Arena de Verona, Vladimir Atlantov não se encontra ao mesmo nível, conquanto conte com colegas de excelência (Cappuccilli e Te Kanawa). Entre Solti/Covent Garden 1992, Levine/MET 1996 e Muti/Scala 2001, elegeria esta última. Apesar de assinalar a despedida de Placido Domingo deste papel em particular, o tenor retém ainda muito do arsenal vocal que lhe permitiu, no decorrer de um quarto de século, afrontar o Mouro de Veneza, encontrando-se ladeado por intérpretes (Nucci, Frittoli) extremamente idiomáticos e em boa forma. A leitura de Riccardo Muti é, igualmente, bastante reveladora e acutilante.

Finalmente, no respeitante a Così fan tutte de Mozart, agrada-me o intimismo proposto por Gardiner numa versão de 1992 que conta com Amanda Roocroft, Rose Mannion, Rodney Gilfry, Rainer Trost, Eirian James e Claudio Nicolai. Uma recomendação adicional seria: Wall, Garanca, Degout, Mathey, Bonney, Raimondi; Daniel Harding (2005).

Hugo Santos disse...

Peço desculpa pela duplicação.