Ópera, ópera, ópera, ópera, cinema, música, delírios psicanalíticos, crítica, literatura, revistas de imprensa, Paris, New-York, Florença, sapatos, GIORGIO ARMANI, possidonices...
segunda-feira, 26 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
Met 1/4: Tosca
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Sondra Radvanovsky
Rodvanovsky é um soprano americano de craveira. No território spinto verdiano, não tem rival, na actualidade. A sua Leonora (O Trovador) é um verdadeiro colosso, sendo a sua glória. Esteve prevista a sua presença em Lisboa, no tempo em que o TNSC era digno, justamente por ocasião de Il Trovatore, em 2001. Resta dizer que a intérprete anula as suas presenças amiúde... A mim, já me deu várias tampas, all over the world... Azares...
Bom, em todo o caso, já não estarei por terras do tio Sam por ocasião do lançamento deste registo obrigatório. Alguém me há-de valer, nem que seja o itunes!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
A Semana que se aproxima...
sábado, 10 de abril de 2010
3 Homens... e um Melão :(
Serei o mais francófono dos blogger nacionais, sem grandes dúvidas. Contudo, como facilmente se verifica, sublinho as minhas eternas reservas diante da critica francesa à lírica. Pedante, narcísica e altaneira, a critica do Hexágono raramente me conquista.
Ainda assim – pasme-se -, pour une fois, eu e la critique estamos de acordo: Bad Boys (de Terfel) e Die Schöne Müllerin (de Kaufmann) são dois dos mais destacados produtos líricos do presente ano. O leitor mais avisado já terá, por certo, observado que ambos os artigos constam da coluna - da direita – Best of OperaeDemaisInteresses 2010.
«Deux monstres sacrés du lyrique à l'honneur dans l'actualité discographique. Nouvelle star des ténors romantiques, Jonas Kaufmann, le ténébreux Werther de la Bastille, le Lohengrin de Bayreuth, se mesure à la discipline intimiste du lied en enregistrant La Belle Meunière de Schubert (Decca). Petite appréhension en mettant le CD sur la platine:sa grande voix d'opéra ne sera-t-elle pas surdimensionnée ? Au contraire ! Non seulement diction, couleur et musicalité sont la perfection même, mais il confère à ces miniatures une puissance dramatique inédite, passant par tous les registres du tragique, de l'ironie, de la révolte, du désespoir : un théâtre de l'âme, habité. Au même moment, Bryn Terfel propose chez DG un exercice jamais facile : le récital thématique. Bad Boys aligne diables, brigands et traîtres d'opéra, empruntés à Verdi, Puccini, Mozart, mais aussi à Kurt Weill et à la comédie musicale. C'est un défilé de trognes campées en quelques minutes où l'on admire l'aisance du baryton gallois à passer d'un style à l'autre.»
Nunca será de mais assinalar que eu, Bryn e Jonas temos encontro marcado, dentro de escassos dias, na Big Apple. Uma bela donna convocou a nossa presença... Histericamente, a bela e fogosa loira – Tosca de sua graça -, souffrante (?!), anulou a sua prestação. Ia caindo o Carmo & a Trindade... Racette será a Tosca da minha récita, a 20 de Abril.
Mattila, qual allumeuse, incendiou-me, clamou por mim em NYC e NIKLES! Há sempre uma primeira vez... Nunca a minha loira falhara...
Na ausência de Karita, Dissoluto, Bryn e Jonas enfrascar-se-ão! As mágoas serão devidamente afogadas ;-)
By the way, Levine também já cancelou a sua presença...
Como, por natureza, sou um optimista, aguardo uma grande, grande surpresa!
domingo, 4 de abril de 2010
In the still of night...
Rimsky-Korsakov e Tchaikovsky – dois dos mais ilustres representantes do Romance (equivalente russo do lied alemão) – são, neste artigo, homenageados por Netrebko e Barenboim.
Enquanto Rimsky-Korsakov nos propõe um conjunto de melodias de cunho claramente oriental, Tchaikovsky, por vias das canções aqui abordadas, evidencia a sua veia ocidental.
Netrebko, de timbre escuro, erótico e quente, impregna-se neste universo russo, pouco conhecido do ocidente dito erudito. As suas interpretações envolventes são de uma generosidade e calor irresistíveis. O seu sentido dramático e fervor com que defende este território arrebatam os mais cépticos. Há uma sensualidade inusitada na articulação e uma graciosidade magnética nas abordagens da intérprete.
Hélas… a técnica, aqui e ali, evidencia alguns deslizes. A linha melódica, nem sempre suficientemente apoiada, revela-se instável e algo comprometida, sem grande liberdade. O registo agudo – porventura o mais comprometido – pouco dado a atrevimentos, expande-se de modo contido.
Barenboim, esplêndido – particularmente inspirado nos arrebatamentos magnânimos de Tchaikovsky –, mostra-se um parceiro notável, com uma classe impressionante.
Pela sensualidade e encanto de uma das mais irresistíveis intérpretes…
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(4/5)
sábado, 3 de abril de 2010
O Sublime Moleiro
Uma A Bela Moleira dramaticamente rica, em expressividade, cor e anima!
Kaufmann e Deutsch propõem uma interpretação fina, plena de subtilezas e pujante.
Jonas Kaufmann, de voz baritonal, ampla e grandiosa, aborda este ciclo de Schubert imbuído de teatralidade dramática: fiel aos estados de alma veiculados pelos poemas de Wilhelm Müller, com a sua imensa capacidade histriónica, revisita o esplendor da euforia, a raiva dilacerante e o desespero melancólico.
A sanidade vocal – voz aberta, plena e ampla, com um vigor heróico singularíssimo – alia-se a uma interpretação amadurecida, menos camarística porventura…
Neste magnífico registo, há teatro e drama a rodos, apoiados numa das mais belas vozes de que há memória, viril, segura e grandiosa, paradoxalmente pueril e bucólica.
Para a eternidade!
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(5/5)