segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

The Best Boy (on earth)


Seguramente, um dos mais estrondosos registos da década! Keep it for you, by now ;-)

8 comentários:

Raul disse...

Não está em causa o grande barítono Byrn Terfel e este CD, mas sobre O "Tre sbirri, una carozza" que o cd da Gramophone divulgou e que eu ouvi. Uma decepção. Tudo muito forçado, a forçar uma caracterização, num italiano que deixa muito a desejar, pleno de aspirações (Tosca...dimenticare), inexistentes no italiano. Gobbi, Taddei, Guelfi, todos italianos cantando na sua língua, e Milnes
infinitamente superiores.

J. Ildefonso. disse...

Já ouvi alguns discos do Bryn Terfel e a voz é impressionante tal como a personalidade. No entanto acho que, à falta de melhor definição, o artista tem qualquer coisa de primário e grosseiro o que segundo o meu gosto não convêm a todos os papéis.
Daí gostar bastante do seu Leporello, cujo timbre é maravilhosamente constrastado com o do Symon Keenlyside, mas não apreciar nada o seu D. Giovanni que não tem nada de aristocrático e elegante.... se bem que o D. Giovanni imaginado pelo Mozart talvez não fosse assim tão aristocrático como isso!

Luís Froes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luís Froes disse...

Caro J. Ildefonso,

Estou de acordo consigo quanto à caracterização, mas, diversamente, e como penso que a relação Don Giovanni - Leporello constitui um dos maiores mistérios da lírica, creio que a aposta num Don mais grosseiro, quase "rasca", vil e mesquinho, talvez por contraposição a um Leporello nobre e generoso (se ouvir o de Samuel Ramey, com Muti, perceberá o que digo), pode ser uma interpretação muitíssimo interessante, uma troca de identidades que, quem sabe, talvez seja, antes, uma representação da verdade última de toda a história.
Não digo que seja um valor absoluto, porque o Leporello que mais aprecio, que é o de Furlanetto (que representa verdadeiramente com a voz, servindo-se dela para dizer o que quer, quase como um camaleão se manifesta com as cores, se é que me percebe), genialmente teatral, não se define propriamente pela nobreza de carácter.

Cumprimentos

J. Ildefonso. disse...

Caro Luis

Não conheço o D. Giovanni do Muti mas fiquei interessado e irei investigar. Obrigado.

Il Comendatore disse...

Depois de amanhã é meio de mês e só dois postes. O blog está muito doente. Como é que eu me entretenho no outro mundo?

Luís Froes disse...

Meu Caro Comendatore,

Num trio de luxo, protagonizado por Samuel Ramey (porventura o melhor Don Giovanni da sua geração), Ferruccio Furlanetto (um Leporello superlativo!!!) e pelo grandioso Kurt Moll, encontro a vossa encarnação, com cores quase wagnerianas, fazendo-nos recordar a Justiça Divina.
Trata-se um momento sublime na história da lírica, incompreensivelmente esquecido pelas editoras, que pode ser revivido em:

http://www.youtube.com/watch?v=dK1_vm0FMAU

Cumprimentos

Il Comendatore disse...

Muito bem Signore Froes. Vamos lá ver a minha encarnação. Mas, se me permite, o meu amigo Gottlob Frick, que há já alguns anos deixou o mundo dos vivos e que outro dia, quero dizer altra notte, veio visitar-me, também era um pouco wagneriano. Tanto ele como o Kurt Moll são do melhor que há.