Rodvanovsky é um soprano americano de craveira. No território spinto verdiano, não tem rival, na actualidade. A sua Leonora (O Trovador) é um verdadeiro colosso, sendo a sua glória. Esteve prevista a sua presença em Lisboa, no tempo em que o TNSC era digno, justamente por ocasião de Il Trovatore, em 2001. Resta dizer que a intérprete anula as suas presenças amiúde... A mim, já me deu várias tampas, all over the world... Azares...
Bom, em todo o caso, já não estarei por terras do tio Sam por ocasião do lançamento deste registo obrigatório. Alguém me há-de valer, nem que seja o itunes!
7 comentários:
Como admirador incondicional desta grande intérprete, aguardo ansiosamente a comercialização do registo em questão.
Caro Hugo Santos,
Conheço-a mal, mas dos poucos exemplos que vi no Youtube trata-se, a meu ver, de uma grande cantora, opinião que vejo agora reforçada pelo seu comentário.
Depois do S. Wagner e na mesma linha tenho agora ouvido muito uma ópera que possuo há uns anos, mas que na altura da compra não me prendeu muito: Königs Kinder de Humperdinck.
Raul
Já a ouvi na rádio talvez num Ernani. Pareceu-me uma voz muito bonita, grande, bem projectada com uma tecnica considerável mas com uma coloratura um pouco imperfeita. A cantora não me pareceu muito individual mas como é bastante jovem talvez se venha a desenvolver numa artista interessante. Seja como for hoje em dia também não se cultiva muito a individualidade e com a falta de sopranos "verdianos" que existe não deve ter dificuldade em alcançar uma carreira de destaque.
Como estou por uns dias em Macau, pude ter acesso ao Youtube, e revi as prestações desta cantora no Trovador. Dou-te razão, João Ildefonso, quando dizes que a cantora não tem marca que a individualize. Também não tem a menor ressonância, o que empobrece a emissão, pelo menos para o drama. Mas, de facto, há muita voz e muito bem projectada. Quanto à técnica de coloratura, para mim, para o Trovador tem quanto baste.
As frases são por vezes um pouco monótonas, pelo menos na frase do Tacea la notte e sua repetição.
Percorrendo as árias do Trovador, deparo com Susan Neves e prefiro-a à Radvanovsky. Impressionante.
Raul
A Susan Neves, de ascendência portuguesa, que cantou em Portugal uma excelente Giorgetta, talvez tenha uma voz demasiado pesada para a Leonora. Também não é uma cantora muito individual! Aliás não há cantoras muito individuais em Verdi hoje em dia. Quase todas as cantoras que abordam Verdi hoje em dia fazem-no mais para preencher um vazio ou por ambição sem verdadeiro conhecimento dos requesitos do que propriamente por aptidão e convicção.
João Ildefonso,
Não estou de acordo contigo sobre a Susan Neves. Se a cantora individual é aquela que se reconhece imediatamente pelo timbre a tua "detestada" Angela Gheorghiu é a mais individual. Eu reconheço-a nas primeiras notas.
Acho também que generalizações sobre a ambição dos cantores é uma atitude muito precipitada e a meu ver, desculpa, sem base.
Raul
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