terça-feira, 28 de julho de 2009

Em degustação, ossia Férias - II

9 comentários:

mr. LG disse...

Olhe que é uma das minhas grandes curiosidades a nível discográfico. Um dia ouvir… ou ter?... este OTELLO del Monaco/Tebaldi/Protti/Wiener Philar./Karajan.
Depois diga qualquer coisa, tá?
Do seu,
LG

Raul disse...

Esta gravação é, para mim, a alternativa á do Toscanini.
Desde o começo que o som Karajan serve às mil maravilhas as sonoridades da orquestra.
Mario del Monaco, o Otelo do seu tempo, é muito intérprete, e nesta gravação exibe o seu timbre belísimo. Um regalo para os ouvidos.
A Tebaldi, também a Desdemona do seu tempo, como o foram as divinas Elisabeth Rethberg e Claudia Muzio anteriormente e a Mirella Freni na geração a seguir, exibe um timbre já um bocado escuro para a minha idealização da personagem, sendo, penso eu, uma opinião insuspeita dado eu ser um tebaldiano convicto.
Quanto ao Protti, barítono tipo Nucci, gosta-se mas não entusiasma, não era a primeira escolha. Esta recaía sobre o Bastianini, mas o altivo Karajan, quando soube que ele ignorava o episódio do lenço, resolveu dispensá-lo por, talvez, falta de cultura básica para um artista.

Hugo Santos disse...

Para mim, as referências da ópera são estas (embora valha a pena procurar a gravação Decca de 1955 com os mesmos protagonistas mas dirigida por Alberto Erede) e a versão dirigida por Serafin com Vickers, Rysanek e Gobbi. Tenho ainda uma certa afeição pelo registo da EMI com McCracken, Jones e Fischer-Dieskau. A versão com Domingo, Milnes e Scotto numa soberba Desdémona é outra com imensos méritos.

Luís Froes disse...

Faço referência a um Otello (ao vivo) de 1976, que conta com um trio esplêndido - Freni/Domingo/Cappuccilli - dirigido pelo Grande Carlos Kleiber!

blogger disse...

eu por acaso comprei ha coisa do que? 3 semanas praí o meu primeiro ottelo, com o domingo, o milnes e a Scotto. desconhecia completamente o libretto e a peça de teatro, mas do que li, pareceu-me muito interessante. o Jago é deliciosamente asqueroso! só ainda ouvi uma coisita ou outra, mas quando puder dedico-lhe (a mais que merecida) devida atenção.

Il Dissoluto Punito disse...

Luís,

Esse Otello, dirigido pelo C. Kleiber, é um assombro! Eu até a versão vídeo tenho ;-)

Il Dissoluto Punito disse...

blogger,

Trata-se do primeiro Otello em estudio de Domingo. É o segundo melhor, para mim: o último (DG) é do melhorio! Curiosamente, foi o primeiro Otello que adquiri, há mais de 10 anos.

Raul disse...

Caro Blogger,
Comprou um bom Otelo. Pode ter a certeza. Ouça-o bem e saboreie a obra mais genial de Verdi. No Otelo, Verdi ensinou as novas linhas da ópera italiana, mas não o ouviram e caíram no Verismo.

blogger disse...

ó raul, mas sem o verismo não teríamos a Tosca! Consegue imaginar-se sem essa ópera?