quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Reticências...

... reticências e mais reticências...



Qualquer destes três registos - escutados, é certo, à vole d'oiseau - suscitou neste escriba sérias reservas quanto à qualidade dos mesmos... Talvez esteja a ser injusto com Didonato, quanto às demais senhoras...

Dir-me-á o leitor mais prudente que não se fazem avaliações com base em impressões, não sem razão. A verdade é que os breves trechos que escutei evitaram que adquirisse os citados artigos, quiçá erradamente!

Ver-se-á...

13 comentários:

Anónimo disse...

Quando cantores de grande categoria emprestam o seu nome para títulos como Amoureuses, Souvenirs e Furore, para além de eu achar uma pirosada, eu desconfio porque está-me a parecer que se pretende um outro tipo de público, mais o dos Julios Iglesias, dos Bocellis, das Celines Dion, das Sarahs...,

Anónimo disse...

Mais uma coisa: só espero que a nossa Elisabete Matos nunca lhe passe pela cabeça gravar um cd com o título "Saudade" ou "Perdão".

Anónimo disse...

E depois é um perigo atingir esses públicos...Não queremos cá o pastel de bacalhau a meter o bedelho naquilo que é erudito . Fillet mignon e caviar não são para andarem na ementa dos Macdonalds pois então!
Apeteceu-me brincar, mas o facto é que tal nomenclatura afugenta qualquer "snob".
Saudações a tão ilustres comentadores.

Anónimo disse...

Raul, com essa do Saudade fez-me dar uma valente gargalhada! de facto é um pouco aborrecido quando estes cantores caem na piroseira de fazer discos deste genero, no entanto compreendo que estes sejam uma boa forma de dar a conhecer um pouco de opera a quem ainda está no inicio. podem ser os primeiros passos. Eu recordo-me que em miudo so conhecia uma opera (i lombardi, alias, so conhecia as " highlights") e que as ouvia e cantarolava e ate fazia de maestro vezes sem conta, mas foi mais tarde, quando comecei a ouvir a Sarah e o amigo Boccelli que comecei a dar mais um passo na escalada. e depois desses senhores, quando ja tinha quinze anos os concertos de natal em viena e depois, os tres tenores e entao o salto e a descoberta de que havia muito mais do que o I Lombardi.
Tudo isto para dizer que, realmente é piroso, mas é uma boa forma de se atrair novas gentes, porque para mim a opera nao é um espectaculo de snobes.

Anónimo disse...

O c.d. da Anna Netrebko pareçe-me absolutamente dispensável. Uma coleção de arias e cançoes famosas das quais já existem centenas de versões luxuosamente embaladas juntamente com um novo portefolio da cantora impecavelmente maquilhada e vestida por costureiros famosos. Em suma o tipico produto da época natalicia.

J. Ildefonso.

Anónimo disse...

Caro anónimo (é uma pena não se identificar},
Como não lhe passa pela cabeça de onde estou a escrever, não imagina as quantas vezes eu vou ao Macdonalds. É que até gosto de lá ir de vez em quando.
Um snob é-o calculadamente e quem me conhece, como por exemplo o dono deste blogue assim como o João ildefonso, sabe que eu não sou snob. Eu identifico-me nas palavras do grande poeta romano Horácio quando dizia "Odi profano vulgo" e que o nosso António Fereira parafraseou com "Detesto tudo o que é vulgar", que queria dizer "popular".

Anónimo disse...

Atesto de boa vontade que o Raúl é um rapaz muito fixe e que nunca lhe detectei atitudes snobes. Aliás mesmo que detecta-se estaria no seu direito e no meu caso, pelo menos, não seria impeditivo de ser considerado um rapaz muito fixe.

Anónimo disse...

João Ildefonso,
Obrigado, amigo :)

Ricardo disse...

Musicalmente, o Souvenirs não é nada de especial. Está bem cantado e tem momentos vocalmente assinaláveis, mas musicalmente não funciona. É, como alguém muito acertadamente disse, um bom presente de Natal para quem queira iniciar alguém nas lides da ópera (melhor que a Sarah Brightman e que o Bocceli, vá... ;) ).

Ricardo disse...

Bem, dps d uma audição mais cuidada, retiro o que disse acerca do CD da Netrebko. Tirando os Clássicos ligeiros, tem uma série de repertório menos bem conhecido (canções de Leste) extremamente bonitas e bem cantadas. Tirando a tentativa de apelo mais massificado com Opereta e um número absolutamente dispensável do Lloyd-Weber, tem coisas interessantes. Merece uma audição cuidada!

Anónimo disse...

Ricardo está irreconhecivel!
Sim também eu já ouvi com atenção o c.d. da Netrebko e musicalmente é absolutamente irrepreensivel mas continua a ser basicamente uma manobra comercial tal como a inclusão da cena da carta no c.d. de arias russas, unicamente porque é a peça russa mais conhecida do grande publico, quando musicalmente é o número menos conseguido da compilação.
Aguardo com entusiasmo a gravação de Bellini que me pareçe muito prometedora.

J. Ildefonso.

Ricardo disse...

Como assim, irreconhecível?

Anónimo disse...

A foto. A imagem do Ricardo está irreconhecível. Abandonou a fotografia antiga.

J. Ildefonso.