...estão para Der Ring, nos anos 1980, como Chéreau & Boulez estavam, nos idos anos 1970: sem rivais.
Depois de editado em cd, este ciclo vê agora a luz do dia em formato dvd.
«Unlike Chéreau's rigorous translation of the tetralogy into a parable of 19th-century industrialisation, Kupfer's approach was more eclectic. It's a postmodern mixing of stylistic references that retains the helmets, swords and spears of traditional Wagner mythologising, yet juxtaposes them with symbols of a modern technological society. Lasers strafing the stage represent the Rhine during the prelude to Das Rheingold, there's a neon-lit Valhalla, and industrial debris littering the set for both Siegfried and Götterdämmerung suggests perhaps that Kupfer's vision is that of a world remaking itself after a nuclear holocaust.
Through the four operas, Kupfer is at pains to vary the dramatic tone, playing Rheingold as a satire on power and responsibility, Die Walküre as a grander, more detached drama, and Siegfried and Götterdämmerung as allegorical. What gives his production real power, though, is the subtle psychological delineation of characters and relationships, creating a complex network of emotions to bind everything together. Some of the directorial additions also make telling dramatic points; having the Wanderer reappear during Siegfried's funeral march to join Brünnhilde in bidding farewell to his last best hope for a future is powerfully poignant.
To Wagnerites in this country, this Ring has extra appeal because British singers figure prominently in the cast. Anne Evans, at the height of her powers, is Brünnhilde - radiant and lyrical, profoundly touching and vulnerable; John Tomlinson is a suaver, less ruggedly dominant Wotan here than in his London Ring cycles, but still totally compelling; while Graham Clark's Mime and Linda Finnie's Fricka respond wonderfully to the fine detail of Kupfer's direction. Siegfried Jerusalem was arguably the finest Siegfried of the last 30 years and is in wonderful voice throughout, and Günter von Kannen's Alberich is a near-definitive performance, too. It was in this cycle that Daniel Barenboim established himself as one of the great Wagner conductors of our age; his performances, expressively pliable and intensely theatrical, remain as good as anything he has done on disc. Those who have already heard this cycle in CD form will be well aware of the musical strengths of the performance, but seeing what was happening on stage as well only enhances the experience.»
Dado que não conheço a interpretação, sublinho as minhas reservas...
Depois de editado em cd, este ciclo vê agora a luz do dia em formato dvd.
«Unlike Chéreau's rigorous translation of the tetralogy into a parable of 19th-century industrialisation, Kupfer's approach was more eclectic. It's a postmodern mixing of stylistic references that retains the helmets, swords and spears of traditional Wagner mythologising, yet juxtaposes them with symbols of a modern technological society. Lasers strafing the stage represent the Rhine during the prelude to Das Rheingold, there's a neon-lit Valhalla, and industrial debris littering the set for both Siegfried and Götterdämmerung suggests perhaps that Kupfer's vision is that of a world remaking itself after a nuclear holocaust.
Through the four operas, Kupfer is at pains to vary the dramatic tone, playing Rheingold as a satire on power and responsibility, Die Walküre as a grander, more detached drama, and Siegfried and Götterdämmerung as allegorical. What gives his production real power, though, is the subtle psychological delineation of characters and relationships, creating a complex network of emotions to bind everything together. Some of the directorial additions also make telling dramatic points; having the Wanderer reappear during Siegfried's funeral march to join Brünnhilde in bidding farewell to his last best hope for a future is powerfully poignant.
To Wagnerites in this country, this Ring has extra appeal because British singers figure prominently in the cast. Anne Evans, at the height of her powers, is Brünnhilde - radiant and lyrical, profoundly touching and vulnerable; John Tomlinson is a suaver, less ruggedly dominant Wotan here than in his London Ring cycles, but still totally compelling; while Graham Clark's Mime and Linda Finnie's Fricka respond wonderfully to the fine detail of Kupfer's direction. Siegfried Jerusalem was arguably the finest Siegfried of the last 30 years and is in wonderful voice throughout, and Günter von Kannen's Alberich is a near-definitive performance, too. It was in this cycle that Daniel Barenboim established himself as one of the great Wagner conductors of our age; his performances, expressively pliable and intensely theatrical, remain as good as anything he has done on disc. Those who have already heard this cycle in CD form will be well aware of the musical strengths of the performance, but seeing what was happening on stage as well only enhances the experience.»
Dado que não conheço a interpretação, sublinho as minhas reservas...
11 comentários:
Olá João.
A Anne Evans cantou Isolda em Lisboa, no CCB, no ano da capital europeia da cultura. Era uma cantora de uma grande sensibilidade (já se retirou) e penso que neste "Ring" estava bem, vocal e cenicamente. O Tomlinson também era muito bom. O meu problema aí é com o Jerusalem. O Elming cantou o Parsifal em Lisboa e a Nadine Secunde cantou a Leonora do Fidelio. Outros tempos, claro está.
A encenação é muito interessante: ficção científica (que faz sentido) com inteligência.
Não conheço a edição em DVD mas a RTP2 passou o ciclo integral há muuuuitos anos.
Um abraço.
Ah, esqueci-me de dizer que prefiro a versão Chéreau/Boulez.
É sempre um grande gosto visitar esta sua saleta :-))
Motivo de aprendizagem, de um sorriso ou de uma gargalhada.
Que a estrela amiga o acompanhe e que a generosidade que o caracteriza não se torne baça por causa de uma qualquer circunstância menos boa e, assim, eu possa, também, contar com as suas palavras.
Bom Natal!
Não sou anónima!
Desculpe a falta de jeito!
Maria Helena
Caríssimo Dissoluto,
Aproveito a oportunidade para lhe desejar um Bom Natal para si e Família.
A propósito deste dvd eu tenho a Valquíria e há algumas reservas como refere. O Baremboim vale por si a representação, a encenação, muito nua, e um pouco apocalíptica, eu não gosto mesmo nada. Os cantores? Os melhores sem dúvida o Elming (cénica e visualmente um "herói" sofrido e belo de ver) e a Secunde, que eu vi na Leonore em Lisboa. O Wotam do Thomlinson, que eu também vi em Lisboa no Mose de Rossini (!), é perfeitamente aceitável. Uma Fricka na mesma linha, nada que impressione. Quanto à Anne Evans devia pensar que já não tem os meios vocais para a Brunilde. Se o João quiser, eu em Fins de Janeiro quando for a Portugal levo o DVD e empresto-lhe.
Um abraço
Raul
ola joao descobri a poucos dias o seu blog,tenho estado a ler as suas opinioes que ficaram para tras,que com mt pena minha nao acompanhei.depois de tudo lido,fico a saber que
tambem é um grande admirador de wagner,eu tambem o sou,tenho tudo o que existe em termos de gravaçoes de wagner.
esta em questao tambem é uma das minhas preferidas.
eu trab na fnac do algarve shopping e posso garantir que no inicio do ano que vem existem ja muitas novidades bombasticas de wagner.
se quiser saber de mais novidades aqui fica o meu mail daniel.cabrita@hotmail.com
comprimentos
daniel
novidades para wagnerianos
ja no proximo ano
parsifal com naef,ventris,volle,salminen a dirigir haitink a opernhaus de zurich
lohengrin com frey,studer,schnaut,schenk dirige schneider em bayreuther
das rheingold
com altmeyer,fassbaender,kellmen, schreier,stewart.dirige karajan
a berliner philharmoniker
e ainda temos um tristao e isolda com nina stemme
mais informaçoes http://www.amazon.co.uk/Wagner-Tristan-Isolde-Nikolaus-Lehnhoff/dp/B00118DQXI/ref=sr_1_17?ie=UTF8&s=dvd&qid=1198323316&sr=1-17
Paulo,
Chéreau é O Encenador Wagneriano ;-)
Sem dúvida.
Se tivesse de optar por outro, Kupfer não estaria mal. Em alguns aspectos, concordo com o Raul, mas gostaria de rever tudo. O lado apocalíptico da encenação pareceu-me fazer muito sentido neste caso. Mas já lá vão uns anos. No Parsifal de Berlim, Kupfer também utilizou cenários "high-tech" com propriedade, na minha opinião. E eu não sou grande apologista dos "updatings". É necessário que as obras sejam intemporais (mesmo que exista uma indicação específica que defina a época) para que possa resultar. E nem todos os encenadores têm capacidade para o fazer.
Helena,
Obrigado!
By the way... A que se deve a sua ausência? Tem-me inquietado... Espero que nada de grave tenha acontecido!
Um beijo para si e bom ano ;-)))
Raul,
Fora de tempo, retribuo os votos de bom natal e um óptimo ano novo, luso-chinês ;-)
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