domingo, 9 de setembro de 2007

(REAL) Pavarotti and Friends



Este registo é uma gala... lírica... americana.

Dito isto, caro e (ora) advertido leitor, ainda que não aprecie o estilo light & lyric – pop (como eu!), recomendo vivamente o presente artigo, pelo brilho dos intérpretes, em inícios dos anos 1980.

À excepção de algumas fragilidades da Senhora Sutherland – em final de careira, by the time, ainda que gloriosa -, a qualidade dos intérpretes é indiscutível: Horne hercúlea, Pavarotti luminoso e Sutherland (ainda) majestosa.

Seguramente, no género, é do melhor que se produziu, antes da vaga assassina da década que se seguiu, que teimou em contrariar a essência da lírica, banalizando-a.

E surgiu Andrea Bocelli, Charlotte Church, Emma Shapplin e quejandos...

E mais não digo, pois o momento é de contenção.

4 comentários:

Moura Aveirense disse...

Obrigada pela indicação do site da Decca. Têm sido realmente uns dias muito tristes... encontrei uns vídeos deliciosos no youtube das suas masterclasses, uma maravilha!

Bom domingo, Moura Aveirense

Anónimo disse...

Este é o c.d. em que a Horne canta o papel do Silva (baixo) no trio do Ernani não é?

J. Ildefonso.

Il Dissoluto Punito disse...

Nem mais, João ;-)

Anónimo disse...

A propósito do c.d. do Florez, agora que já o ouvi atentamente durante uma semana, posso aconselha-lo sem reservas. A voz pareçe-me um pouco diferente, mais encorpada, mas continua a exibir a famosa facilidade nos agudos e a técnica apuradissima. Destaco a belissima aria alternativa da Donna del Lago, que teve a sua origem na Ermione, um dos mais belos cantabilli de Rossini; a aria do Guilherme Tell, explêndida vocal e interpretativamente, se bem que tenha as minhas reservas quanto à viabilidade duma execução da ópera ao vivo e por último as belissimas cenas e arias de Bellini, Il Pirata e Bianca e Fernando onde se reconheçem soluções que depois utilizará com muito mais mestria nos Montechios e Capuletos e na Sonambula. Boa orquestra, bom maestro e excelente coro. Em suma um excelente c.d., provavelmente o meu favorito do interprete em questão.

J. Ildefonso.