Este registo é uma gala... lírica... americana.
Dito isto, caro e (ora) advertido leitor, ainda que não aprecie o estilo light & lyric – pop (como eu!), recomendo vivamente o presente artigo, pelo brilho dos intérpretes, em inícios dos anos 1980.
À excepção de algumas fragilidades da Senhora Sutherland – em final de careira, by the time, ainda que gloriosa -, a qualidade dos intérpretes é indiscutível: Horne hercúlea, Pavarotti luminoso e Sutherland (ainda) majestosa.
Seguramente, no género, é do melhor que se produziu, antes da vaga assassina da década que se seguiu, que teimou em contrariar a essência da lírica, banalizando-a.
E surgiu Andrea Bocelli, Charlotte Church, Emma Shapplin e quejandos...
E mais não digo, pois o momento é de contenção.
4 comentários:
Obrigada pela indicação do site da Decca. Têm sido realmente uns dias muito tristes... encontrei uns vídeos deliciosos no youtube das suas masterclasses, uma maravilha!
Bom domingo, Moura Aveirense
Este é o c.d. em que a Horne canta o papel do Silva (baixo) no trio do Ernani não é?
J. Ildefonso.
Nem mais, João ;-)
A propósito do c.d. do Florez, agora que já o ouvi atentamente durante uma semana, posso aconselha-lo sem reservas. A voz pareçe-me um pouco diferente, mais encorpada, mas continua a exibir a famosa facilidade nos agudos e a técnica apuradissima. Destaco a belissima aria alternativa da Donna del Lago, que teve a sua origem na Ermione, um dos mais belos cantabilli de Rossini; a aria do Guilherme Tell, explêndida vocal e interpretativamente, se bem que tenha as minhas reservas quanto à viabilidade duma execução da ópera ao vivo e por último as belissimas cenas e arias de Bellini, Il Pirata e Bianca e Fernando onde se reconheçem soluções que depois utilizará com muito mais mestria nos Montechios e Capuletos e na Sonambula. Boa orquestra, bom maestro e excelente coro. Em suma um excelente c.d., provavelmente o meu favorito do interprete em questão.
J. Ildefonso.
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