domingo, 8 de abril de 2007

L'Affaire Swenson

A nova administração do Met, como todas as antecessoras, tem as suas preferências artísticas (?).
Visivelmente, Ruth Ann Swenson não figura entre as dilectas de Peter Gelb. É pena.

Swenson é uma grande e talentosa cantora lírica, que inúmeras vezes referi neste blog. A sua coloratura é absolutamente fascinante. Talvez peque por alguma superficialidade nas interpretações. Contudo, é de uma grande honestidade e singeleza: assume-se como soprano ligeiro, sem outras pretensões, apesar de algumas incursões belcantistas de maior exigência dramática – Lucia, nomeadamente.

Tive a felicidade de assistir à sua Lucia, justamente, na que foi, até a data, uma das suas casas de referência, o Met. Em Lisboa, na mesma temporada, pude assistir com um indisfarçável gozo primário à sua Amina (A Sonâmbula). Inigualável!

Recentemente, vi-a na Gilda, na Bastilha, por duas vezes. Simplesmente pirotécnica!

Pois bem, esta notícia dá conta do fim da sua colaboração com o Met.
Ao que parece, Gelb prefere Danielle de Niese a Swenson…

Enfim, lamentável é o que se me oferece dizer a Peter Gelb, diante desta opção artística, que ironicamente - para a desafortunada Swenson - mais parece apoiada em "critério de mamas".


Cara Ruth Ann, faço votos para que recuperes prontamente!
Não te incomodes com Gelb! São Francisco, Paris e Hamburgo adoram-te!

Pode ser que regresses ao São Carlos, onde adoraria rever-te!

See ya soon!!!

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