Depois da divulgação desta interpretação da magistral ópera wagneriana Parsifal, tenho andado particularmente atento à crítica.
Após o rol de elogios da Gramophone, é agora a vez do Telegraph.
Aguardo com indesmentível ansiedade o veredicto da Diapason.
Se a regra se mantiver, destruirá em absoluto a dita interpretação: sempre que a crítica anglo-saxónica elogia, a francófona arrasa (e vice-versa)!
Enfim, coisa da não-objectividade.
(Parsifal: Bayreuth, 1951, produção de Wieland Wagner)
Entretanto, dei-me conta de que assistirei à estreia de O Ouro do Reno, amanhã!
Não gosto nada de estreias... Enfim!
Não escondo a minha grande admiração pelo grande G. Vick que, desta feita - ainda que num "trabalho a prestações" - acedeu a encenar a mais extraordinária parábola sobre o pessimismo, a decadência e a perversidade humanas.
Os mais letrados consideram que tais características correspondem à concepção romântica da humanidade...
Pela parte que me toca, interessa-me mais a dimensão projectiva das ditas personagens, i.e.: em que medida as ímpares figuras d´O Anel não representam dimensões do próprio compositor, que além de genialíssimo, era pessimista, omnipotente, algo perverso, megalómano, etc?
A meu ver, O Anel é um dos marcos na história da lírica... e uma notável expressão da psicologia wagneriana, onde se mesclam, justamente, narcisismo e perversidade...
Voltarei "à carga" sobre estas questões!
Adianto, desde já que mais vale um Anel-a-prestações (Washington e Zurique) do que um não-Anel (Paris - Châtelet)!
(Das Rheingold: Bayreuth, 1960, produção de Wolfgang Wagner)
Ver-se-á...
Após o rol de elogios da Gramophone, é agora a vez do Telegraph.
Aguardo com indesmentível ansiedade o veredicto da Diapason.
Se a regra se mantiver, destruirá em absoluto a dita interpretação: sempre que a crítica anglo-saxónica elogia, a francófona arrasa (e vice-versa)!
Enfim, coisa da não-objectividade.
(Parsifal: Bayreuth, 1951, produção de Wieland Wagner)
Entretanto, dei-me conta de que assistirei à estreia de O Ouro do Reno, amanhã!
Não gosto nada de estreias... Enfim!
Não escondo a minha grande admiração pelo grande G. Vick que, desta feita - ainda que num "trabalho a prestações" - acedeu a encenar a mais extraordinária parábola sobre o pessimismo, a decadência e a perversidade humanas.
Os mais letrados consideram que tais características correspondem à concepção romântica da humanidade...
Pela parte que me toca, interessa-me mais a dimensão projectiva das ditas personagens, i.e.: em que medida as ímpares figuras d´O Anel não representam dimensões do próprio compositor, que além de genialíssimo, era pessimista, omnipotente, algo perverso, megalómano, etc?
A meu ver, O Anel é um dos marcos na história da lírica... e uma notável expressão da psicologia wagneriana, onde se mesclam, justamente, narcisismo e perversidade...
Voltarei "à carga" sobre estas questões!
Adianto, desde já que mais vale um Anel-a-prestações (Washington e Zurique) do que um não-Anel (Paris - Châtelet)!
(Das Rheingold: Bayreuth, 1960, produção de Wolfgang Wagner)
Ver-se-á...
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