quarta-feira, 8 de março de 2006

A Flauta de Abbado



Tenho por Claudio ABBADO uma desmesurada admiração, sobretudo quando interpreta o repertório do final do Romantismo em diante.

Acho-o absolutamente admirável em Mahler, Debussy, Ravel e Berg, por exemplo. Em Strauss, manifesto as minhas reservas. Quanto a Mozart... sempre me decepcionou!

No caso específico do último compositor, no meu modesto entender, o problema, invariavelmente, radica na escolha de intérpretes desadequados, face ao repertório lírico mozartiano. Sylvia McNair, Cheryl Studer, Lucio Gallo, C. Remegio, S. Keenlyside, entre outros, não são intérpretes mozartianos!

Ora, vem esta prosa inicial a propósito de uma estreia de Abbado, em matéria de lírica mozartiana: acaba de gravar, para a DG, A Flauta Mágica!!!

Numa rápida passagem pela distribuição, destacaria a presença de dois pesos pesados da lírica, particularmente felizes na interpretação de papeis deste compositor: René Pape e Dorothea Röschmann...

Sem grandes entusiasmos, aguardarei pacientemente.

Entretanto, aqui podem ouvir-se alguns excertos desta interpretação.

2 comentários:

Heitor Araujo disse...

Caro João,

É curioso, eu gostei muito do Papageno do Simon Keenlyside...

Saudações,

HVA

Il Dissoluto Punito disse...

Caríssimo HVA,

Não conheço o Papageno do dito cujo, mas o Don Giovanni dela, não sendo mau, está muito aquém dos melhores!