Estéreis, falaciosas, artificiais e inverosímeis são as dualidades corpo / alma, fora / dentro, tributárias do debate que sustenta a divisão psyché-alma / soma-invólucro, problemática que tão cara é aos (académicos) psis.
É bem verdade que a expressão psicótica (leia-se loucura, prosaicamente), evidencia a ausência de uma membrana entre Eu e não-Eu (vide Winnicott, nomeadamente), membrana susceptível de ser alargada à citada dualidade dentro / fora.

(alma e corpo, reunidos numa só imagem: Maria Callas e Joan Sutherland)
Extemporânea, ou ultrapassada, ouso retomar a dita dualidade, aplicando-a à lírica: Sutherland=forma vs Callas=conteúdo, pois que a primeira era senhora de uma técnica inultrapassável, enquanto a segunda detinha uma alma divina, voilà!

Falo, obviamente, de exemplos extremados, quase caricaturais. Ainda assim, ambas fizeram escola, nas respectivas especialidades: Sutherland actualizou-se em Andersosn (June) e Callas em Theodossiou (Dimitra), por exemplo.

(DECCA 475 6237)
Eis um fantástico exemplo de rigor formal, assente numa técnica vocal absolutamente pirotécnica: agudo transcendente, luminoso e bem sustentado; emissão firme, segura, fácil e suave.
Sublime! De uma segurança e homogeneidade espantosas.
Quanto ao resto, nada digo... é irrelevante, para o caso...
É bem verdade que a expressão psicótica (leia-se loucura, prosaicamente), evidencia a ausência de uma membrana entre Eu e não-Eu (vide Winnicott, nomeadamente), membrana susceptível de ser alargada à citada dualidade dentro / fora.

(alma e corpo, reunidos numa só imagem: Maria Callas e Joan Sutherland)
Extemporânea, ou ultrapassada, ouso retomar a dita dualidade, aplicando-a à lírica: Sutherland=forma vs Callas=conteúdo, pois que a primeira era senhora de uma técnica inultrapassável, enquanto a segunda detinha uma alma divina, voilà!


Falo, obviamente, de exemplos extremados, quase caricaturais. Ainda assim, ambas fizeram escola, nas respectivas especialidades: Sutherland actualizou-se em Andersosn (June) e Callas em Theodossiou (Dimitra), por exemplo.

(DECCA 475 6237)
Eis um fantástico exemplo de rigor formal, assente numa técnica vocal absolutamente pirotécnica: agudo transcendente, luminoso e bem sustentado; emissão firme, segura, fácil e suave.
Sublime! De uma segurança e homogeneidade espantosas.
Quanto ao resto, nada digo... é irrelevante, para o caso...
Sem comentários:
Enviar um comentário