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sábado, 29 de outubro de 2005
L´enfant térrible du violon
O histrionismo nem sempre é inconsistente! Às vezes, é virtuosíssimo...
7 comentários:
Anónimo
disse...
Discordo. Para mim este senhor não passa de um palhaço. Com dotes imensos como violinista mas totalmente desperdiçados em actuacoes ridículas. Desculpem mas, qualquer pessoas q tenha estudado musica classica a sério, sabe que a musica é isso mesmo: séria. Tentar desmistificar dando pulinhos e batendo com o pe nao chão e vestir roupas excentricas nao serve de nada. Ser um grande istrumentista e uma tarefa ciclopica desde a mais tenra infancia, é a tortura de vermos os nossos amigos a brincar e nos a estudar mais uma peça, mais exercicios etc etc. Nao me lixem...
Sem dúvida que existe virtuosismo. Agora, por exemplo, aquelas Quatro Estações acompanhadas de saltinhos, patadas no palco e outras coisas que tais para mim é um absurdo. É ainda por cima um absurdo que de alguma forma irrita e ensombra a prestação do violinista. A única razão ou explicação que encontro para uma tal atitude é precisamente a tentativa de desmistificar a música clássica e tentar mostrar que tb se pode ter uma atitude modernaça e dread para com esta música. Ora é isso precisamente que eu acho ridiculo. Quem estou música sabe perfeitamente os trabalhos, as frustrações imensas, a abdicação, trabalho e esforço que implica ser um grande instrumentista. Isto nada tem de alegria ou de brincadeira (daí eu me referir ao facto de ser algo sério). A alegria, o prazer, a fruição só surgem muitos anos mais tarde, após uma infãncia e juventude de sacrificios e amputações várias. Basta ler o tom pungente de algumas cartas de Mozart em que se queixa dos excessos do seu pai para percebermos do que estou a falar.
Ainda assim, prefiro outros vituosos que não dão patadas no chão nem saltinhos nem são tão histriónicos. E, na minha maneira de ver, não têm o mau gosto deste senhor. Para mim o Nigel Kennedy não é, nem de longe nem de perto, o maior violinista da actualidade. Até esta moçoila que agora está na berra, a Julia Fischer, é para mim melhor. Para não falar noutros como Anne Sophie Mutter, Gidon Kremer, Shlomo Mintz, etc, etc. Mas enfim, são gostos e eu respeito obviamente o seu.
Mudando de assunto, tenho aqui uma foto que julgo vc gostaria de ter pois foi tirada na gravação do nosso Don Giovanni de eleição (o do Giullini). Como lhe posso enviar ?
Vamos ver se nos entendemos: nunca achei Nigel Kennedy um intérprete de eleição! Longe disso! Mas, apenas, que é virtuoso, tecnicamente! Pronto! Daí a ser um violinista de referência, são outros 500!!!
Juntaria à sua lista de grandes intérpretes Gil Shaham, Mullova, H. Hahn, Oistrack, Menhuin, etc.
Pode enviar-me o que pretender para il.dissoluto.punito@gmail.com, que muito lhe agradeço!
7 comentários:
Discordo. Para mim este senhor não passa de um palhaço. Com dotes imensos como violinista mas totalmente desperdiçados em actuacoes ridículas. Desculpem mas, qualquer pessoas q tenha estudado musica classica a sério, sabe que a musica é isso mesmo: séria. Tentar desmistificar dando pulinhos e batendo com o pe nao chão e vestir roupas excentricas nao serve de nada. Ser um grande istrumentista e uma tarefa ciclopica desde a mais tenra infancia, é a tortura de vermos os nossos amigos a brincar e nos a estudar mais uma peça, mais exercicios etc etc. Nao me lixem...
Leporello
Caro Leporello,
Não é à toa que falo em virtuosismo... Não sei se o rapaz tem mais algum dote, além desse, que é indesmentível, convirá!
Um abraço
Sem dúvida que existe virtuosismo. Agora, por exemplo, aquelas Quatro Estações acompanhadas de saltinhos, patadas no palco e outras coisas que tais para mim é um absurdo. É ainda por cima um absurdo que de alguma forma irrita e ensombra a prestação do violinista. A única razão ou explicação que encontro para uma tal atitude é precisamente a tentativa de desmistificar a música clássica e tentar mostrar que tb se pode ter uma atitude modernaça e dread para com esta música. Ora é isso precisamente que eu acho ridiculo. Quem estou música sabe perfeitamente os trabalhos, as frustrações imensas, a abdicação, trabalho e esforço que implica ser um grande instrumentista. Isto nada tem de alegria ou de brincadeira (daí eu me referir ao facto de ser algo sério). A alegria, o prazer, a fruição só surgem muitos anos mais tarde, após uma infãncia e juventude de sacrificios e amputações várias. Basta ler o tom pungente de algumas cartas de Mozart em que se queixa dos excessos do seu pai para percebermos do que estou a falar.
Continuo na minha: puro histrionismo... Um desejo imenso de se fazer ver! Teatral até à medula... Et pourtant, virtuoso...
Ainda assim, prefiro outros vituosos que não dão patadas no chão nem saltinhos nem são tão histriónicos. E, na minha maneira de ver, não têm o mau gosto deste senhor. Para mim o Nigel Kennedy não é, nem de longe nem de perto, o maior violinista da actualidade. Até esta moçoila que agora está na berra, a Julia Fischer, é para mim melhor. Para não falar noutros como Anne Sophie Mutter, Gidon Kremer, Shlomo Mintz, etc, etc. Mas enfim, são gostos e eu respeito obviamente o seu.
Mudando de assunto, tenho aqui uma foto que julgo vc gostaria de ter pois foi tirada na gravação do nosso Don Giovanni de eleição (o do Giullini). Como lhe posso enviar ?
Um abraço
Leporello
Caríssimo,
Vamos ver se nos entendemos: nunca achei Nigel Kennedy um intérprete de eleição! Longe disso! Mas, apenas, que é virtuoso, tecnicamente! Pronto! Daí a ser um violinista de referência, são outros 500!!!
Juntaria à sua lista de grandes intérpretes Gil Shaham, Mullova, H. Hahn, Oistrack, Menhuin, etc.
Pode enviar-me o que pretender para il.dissoluto.punito@gmail.com, que muito lhe agradeço!
Um abraço,
João
Sem dúvida, todos esses. Se nao estou em erro, o Menhuin foi o professor do Nigel Kennedy.
Leporello
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