segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Derradeiros concertos...


Patricia Petibon, a 3 de Dezembro, na Gulbenkian.



Max Raabe, a 4 de Dezembro, na Gulbenkian.

As minhas leituras de ambos os concertos virão depois!

2 comentários:

J. Ildefonso. disse...

Grande concerto o do Max Raabe.
Extraordinario profissionalismo e grande musicalidade do cantor e de todos os elementos da banda. Raramente vi o público tão entusiasmado.

Anónimo disse...

Não tive a oportunidade de assistir ao recital da Petibon, mas estive ontem no concerto de Max Raabe.
E que festa no fim da tarde de Domingo!
A música, dos anos 20 e 30 do século passado, evocou o ambiente de cabaret berlinense e os standards do musical norte-americano da época, servida por um conjunto instrumental de grande qualidade e altamente profissional.
Entre o muito que se ouviu, nas duas horas de espectáculo (com um intervalo pelo meio), abundaram as canções de cabaret alemãs, mas não faltou Irving Berlin, Jerome Kern (com o “Smoke Gets In Your Eyes”, do musical Roberta), a evocação da Marlene Dietrich do Anjo Azul, “Amapola” e até uma versão muito pessoal de “Dein ist mein ganzes Herz”, de Franz Lehar.
Tudo com um sentido teatral apuradíssimo, pois Max Raabe compõe uma verdadeira personagem, impecável na sua casaca, numa pose milimetricamente encenada e bem secundado pelos instrumentistas (muito versáteis, pois também entram na “representação” e alguns até cantam e mudam de instrumentos com espantosa facilidade). Na apresentação de cada número, o seu modo enfático de dizer, as pausas estudadas e a pose sempre imperturbável, tiveram uma graça irresistível, criando um efeito de distanciamento irónico em relação à própria personagem que encarna.
Nos extras, não faltou uma incursão (sempre sem perder o estilo e a pose, o que acentuava o lado irónico!) no mundo pop, com “Oops!... I Did it Again,” de Britney Spears e também “Sex Bomb” de Tom Jones, que a todos deixou de bom humor, antes da violinista trocar o violino pelo piano e acompanhar o cantor e os instrumentistas num “auf wiedersehen”.
Como se pode inferir das minhas palavras, vim da Gulbenkian com uma óptima disposição!


Jorge