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sábado, 11 de junho de 2011
Disse-me um passarinho...
6 comentários:
Raul
disse...
No meio de alguns intérpetes divinos, quero aqui prestar homenagem a duas cantoras presentes nos Cds'e que muito aprecio: Pilar Lorengar, que em Fevereiro 1974 vi no Coliseu cantar a parte soprano da Missa Solene de Beethoven e a do Requiem de Verdi, era uma cantora que cultivava a perfeição tanto na música coral-sinfónica, como na ópera, sendo Mozart o seu principal alvo. Gré Brouwenstijn era também uma excelente cantora. Embora sem um grande volume, geria na mais perfeita escola a voz que tinha.
Já somos dois, caríssimo Raul. Lorengar era detentora de uma técnica extremamente apurada que a habilitou a uma frutuosa carreira. Uma instrumento lírico de finíssimo recorte. Permita-me somente uma eventual correcção: segundo Mário Moreau, a intérprete da parte de soprano nesse Requiem de Verdi levado a cabo pelo São Carlos era Raina Kabaivanska. Entre os demais contavam-se Fiorenza Cossotto, Luigi Ottolini e Ivo Vinco. A direcção orquestral encontrava-se a cargo de Fernando Previtali. Talvez Lorengar tenha substituído o soprano búlgaro na apresentação ocorrida no Coliseu.
No que concerne a Brouwenstijn, cantora algo olvidada, nunca é demais salientar o interessante timbre velado, fundado numa voz perfeitamente esculpida, emissão homogénea e no requinte da linha de canto.
Da récita do Coliseu tenho a certeza, pois foi a uns dois meses do 25 de Abril e eu vim a correr de Tancos, onde estava a tirar o "curso" de Minas e Armadilhas e voltei na mesma noite(!). Na missa Solene: Lorengar, Veasey,tenor (o nome começeva por "v") e baixo (era talvez o Álvaro Malta, mas não tenho a certeza) não me lembro. Para o Requiem, a Veasey adoece e, pasme-se , a Cossoto faz o favor aos amigos portugueses ( é a esta a verdade) de cantar a parte do meio-soprano. Os homens eram os mesmos da Missa e a notícia da substituição veio no jornal. Foi assim que soube em Tancos. Estes dois espectáculos, Beethoven e Verdi, nada têm que ver com as temporadas no São Carlos. Foram só e exclusivamente no Coliseu. Esse Requiem de que o Hugo foi mais cedo, se não estou em erro, e eu, apesar de ter o bilhete, apanhei febre e foi uma cena lá em casa, pois mesmo assim eu queria ir. Foi preciso chamarem uma amiga minha muito autoritária para me levar à razão. Tive sempre temor de algumas mulheres e não sei porquê:) Eu nunca vi cantar a Raina Kabaivanska, cantora que aprecio, mas com algumas reservas.
Peço-lhe, desde já, imensas desculpas, Raul. Consultando o livro de Mário Moreau, pude verificar que as apresentações do Requiem de Verdi a que aludi no meu comentário anterior tiveram lugar no São Carlos a 1 e 3 de Fevereiro de 1976, confirmando-se o quarteto de solistas por mim mencionado, bem como a direcção orquestral. Participava ainda o Coro Gulbenkian.
Por outro lado, embora não possa precisar, julgo que os intérpretes solistas da Missa Solene eram Pilar Lorengar, Josephine Veasey, Veriano Luchetti e Hans Sotin.
Exactamente, Hugo Santos: O Veriano Luchetti (Só me lembrava do nome do Vicenzo Sardinero, o tal "v", mas é barítono) e o excelente Hans Sotin (esquecimento imperdoável). Foram dois concertos do melhor com lotações completamente esgotadas. Eu, embora em Tancos, arrisquei e comprei muito antecipadamente o bilhete.
Este Fidelio, segundo referem muitos Reviewers internacionais, enferma de muitos problemas a nível orquestral porque parece que, naquele dia longínquo de 1960, os sopros do Met não andavam nada bons, e isto apesar de lá estar no podium Karl Boehm. Quanto a Nilsson e Vickers, repetem as suas capacidades histriónicas e interpretativas já do domínio da lenda. Um excelente Meistersinger, pelo menos vendo os nomes que cantavam nesse dia at the Met em Janeiro de 1972, todos eles também já de lenda. Refiro que a direcção de Schippers me desperta alguma curiosidade. Este novo label/etiqueta Newton parece que anda a recuperar o catálogo da antiga Philips Classics. Já não é a primeira vez que vejo publicações desta etiqueta consistindo em antigos discos da não menos saudosa e defunta antiga Philips. Quanto a esta Walkure. Bem… é de uma pessoa fazer crescer não água na boca, mas sim uma autêntica barragem do Alqueva ;-D :-D Que Walkure! Talvez, a ideal! Karajan que dirigia esta produção em Fevereiro de 68 ou estava indisposto… com Nilsson? Com Sir Rudolf Bing, manager do Met at the time, que não estava nada disposto para aturar as idiossincrasias do Herr kapellmeister austríaco? Estava mesmo, mesmo indisposto? É Klobucar que o substitui. Who cares, anyway??... já olharem bem para os nomes desta versão? ;-)
Bem… também não vou já já a correr a comprar estas versões. Vou esperar um tempo e ver se a major Sony que a editou lança uma Caixa de CDs com estas mesmas históricas transmissões do Met que tem vindo a publicar ultimamente e a preço mais acessível. É que comprar full price por um som “roufenho” dos Fourties até aos Sixties e Seventies é hoje necessário pensar bem duas vezes. Alem disso, agora é moda nas majors “encaixilhar” tudo ;-) Lol LG
6 comentários:
No meio de alguns intérpetes divinos, quero aqui prestar homenagem a duas cantoras presentes nos Cds'e que muito aprecio:
Pilar Lorengar, que em Fevereiro 1974 vi no Coliseu cantar a parte soprano da Missa Solene de Beethoven e a do Requiem de Verdi, era uma cantora que cultivava a perfeição tanto na música coral-sinfónica, como na ópera, sendo Mozart o seu principal alvo.
Gré Brouwenstijn era também uma excelente cantora. Embora sem um grande volume, geria na mais perfeita escola a voz que tinha.
Já somos dois, caríssimo Raul. Lorengar era detentora de uma técnica extremamente apurada que a habilitou a uma frutuosa carreira. Uma instrumento lírico de finíssimo recorte. Permita-me somente uma eventual correcção: segundo Mário Moreau, a intérprete da parte de soprano nesse Requiem de Verdi levado a cabo pelo São Carlos era Raina Kabaivanska. Entre os demais contavam-se Fiorenza Cossotto, Luigi Ottolini e Ivo Vinco. A direcção orquestral encontrava-se a cargo de Fernando Previtali. Talvez Lorengar tenha substituído o soprano búlgaro na apresentação ocorrida no Coliseu.
No que concerne a Brouwenstijn, cantora algo olvidada, nunca é demais salientar o interessante timbre velado, fundado numa voz perfeitamente esculpida, emissão homogénea e no requinte da linha de canto.
Da récita do Coliseu tenho a certeza, pois foi a uns dois meses do 25 de Abril e eu vim a correr de Tancos, onde estava a tirar o "curso" de Minas e Armadilhas e voltei na mesma noite(!). Na missa Solene: Lorengar, Veasey,tenor (o nome começeva por "v") e baixo (era talvez o Álvaro Malta, mas não tenho a certeza) não me lembro. Para o Requiem, a Veasey adoece e, pasme-se , a Cossoto faz o favor aos amigos portugueses ( é a esta a verdade) de cantar a parte do meio-soprano. Os homens eram os mesmos da Missa e a notícia da substituição veio no jornal. Foi assim que soube em Tancos. Estes dois espectáculos, Beethoven e Verdi, nada têm que ver com as temporadas no São Carlos. Foram só e exclusivamente no Coliseu.
Esse Requiem de que o Hugo foi mais cedo, se não estou em erro, e eu, apesar de ter o bilhete, apanhei febre e foi uma cena lá em casa, pois mesmo assim eu queria ir. Foi preciso chamarem uma amiga minha muito autoritária para me levar à razão. Tive sempre temor de algumas mulheres e não sei porquê:)
Eu nunca vi cantar a Raina Kabaivanska, cantora que aprecio, mas com algumas reservas.
Peço-lhe, desde já, imensas desculpas, Raul. Consultando o livro de Mário Moreau, pude verificar que as apresentações do Requiem de Verdi a que aludi no meu comentário anterior tiveram lugar no São Carlos a 1 e 3 de Fevereiro de 1976, confirmando-se o quarteto de solistas por mim mencionado, bem como a direcção orquestral. Participava ainda o Coro Gulbenkian.
Por outro lado, embora não possa precisar, julgo que os intérpretes solistas da Missa Solene eram Pilar Lorengar, Josephine Veasey, Veriano Luchetti e Hans Sotin.
Exactamente, Hugo Santos: O Veriano Luchetti (Só me lembrava do nome do Vicenzo Sardinero, o tal "v", mas é barítono) e o excelente Hans Sotin (esquecimento imperdoável). Foram dois concertos do melhor com lotações completamente esgotadas. Eu, embora em Tancos, arrisquei e comprei muito antecipadamente o bilhete.
Este Fidelio, segundo referem muitos Reviewers internacionais, enferma de muitos problemas a nível orquestral porque parece que, naquele dia longínquo de 1960, os sopros do Met não andavam nada bons, e isto apesar de lá estar no podium Karl Boehm. Quanto a Nilsson e Vickers, repetem as suas capacidades histriónicas e interpretativas já do domínio da lenda.
Um excelente Meistersinger, pelo menos vendo os nomes que cantavam nesse dia at the Met em Janeiro de 1972, todos eles também já de lenda. Refiro que a direcção de Schippers me desperta alguma curiosidade.
Este novo label/etiqueta Newton parece que anda a recuperar o catálogo da antiga Philips Classics. Já não é a primeira vez que vejo publicações desta etiqueta consistindo em antigos discos da não menos saudosa e defunta antiga Philips.
Quanto a esta Walkure. Bem… é de uma pessoa fazer crescer não água na boca, mas sim uma autêntica barragem do Alqueva ;-D :-D
Que Walkure! Talvez, a ideal!
Karajan que dirigia esta produção em Fevereiro de 68 ou estava indisposto… com Nilsson? Com Sir Rudolf Bing, manager do Met at the time, que não estava nada disposto para aturar as idiossincrasias do Herr kapellmeister austríaco? Estava mesmo, mesmo indisposto? É Klobucar que o substitui.
Who cares, anyway??... já olharem bem para os nomes desta versão? ;-)
Bem… também não vou já já a correr a comprar estas versões. Vou esperar um tempo e ver se a major Sony que a editou lança uma Caixa de CDs com estas mesmas históricas transmissões do Met que tem vindo a publicar ultimamente e a preço mais acessível. É que comprar full price por um som “roufenho” dos Fourties até aos Sixties e Seventies é hoje necessário pensar bem duas vezes. Alem disso, agora é moda nas majors “encaixilhar” tudo ;-)
Lol
LG
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