Ainda não pude dedicar-lhe a merecida e devida atenção, mas a cosmética d'A Coisa merece uma reflexão... nada lírica: D'Arcangelo surge com um corte de cabelo, indumentária e poses absolutamente deploráveis, que me escuso de apelidar, por pudor.
Grande Dissoluto,então que lhe desagrada no homem cowboy cantor? estará ele avançado para a época?ou é uma operação de cosmética e um truque de markting? eu acho que o homem está bem,com pose de trinitá e até lhe ficava bem um cavalo cansado ao lado dele e já agora,um revolver a fumegar :))
Acabo de visionar As Bodas de Fígaro do festival de Salzburgo (2006) e tiro o chapéu à interpretação de Ildebrando D'Arcangelo no Fígaro. Perfeito em todos os aspectos: voz totalmente adequada, bem doseada e bonita, representação modelar do criado senhorial. Em vídeo não conheço melhor, superando o já muito bom Byrn Terfel. Dos restantes intérpretes há a destacar alguém que nos habituou à perfeição: Christine Schafer, aqui no Cherubino. Eu pergunto mesmo se haverá actualmente cantora mais perfeita e mais completa que Christine Schafer. Nos extras há entrevistas, entre elas à cantora mais pirosa do mundo, Anna Netrebko. É só olhar para ela. Mil desculpas aos seus admiradores. Nada disto tem a ver com a sua linda voz e a sua representação, naturalmente adequada, no papel ingrato de Susana com tanto para cantar e Mozart a dar-lhe pouco protagonismo. O conteúdo da entrevista como não podia deixar de ser é um conjunto de banalidades acerca da "mulher". É o que faz porem as pessoas a falar inglês quando o seu vocabulário é limitado. Isto acontece com os maiores cantores. Há uma entrevista com Victoria de Los Angeles no Youtube em inglês que é um bom exenplo do que acabo de dizer. Por que é que não poem os artistas a falar na sua língua, usando legendas? De certeza que a interessante entrevista que Antonietta Stella dá no video de Un Ballo in Maschere seria diferente se a cantora não usasse a sua língua-mãe.
Eu comprei o álbum no itunes que vem com "booklet" e realmente a imagem da criatura está uma verdadeira lastima. Fique sem perceber, se estaria a pensar se juntar aos Gipsy Kings, se vai virar bailarino de Flamengo ou então se dedicar a ser gigolô profissional?! Pergunto-me que raio de consultores de imagem tem a DG?!?!
Quando a parte musical, sem duvida que D'Arcangelo é um mozartiano por excelência, já o ouvi diversas vezes ao vivo e não sendo uma voz gigantesca interpreta sempre os papeis com uma elegância invejável. No entanto, noto neste registo, demasiadas montagens de estúdio. Principalmente nas arias de concerto em que a tessitura é muito grande, percebe-se a milhas de distancia o Copy Paste e que o microfone ao pé da boca faz milagres. Infelizmente este não é caso único e cada vez mais os registos 100% de estúdio, tendem a ser demasiado artificiais.
4 comentários:
Grande Dissoluto,então que lhe desagrada no homem cowboy cantor? estará ele avançado para a época?ou é uma operação de cosmética e um truque de markting? eu acho que o homem está bem,com pose de trinitá e até lhe ficava bem um cavalo cansado ao lado dele e já agora,um revolver a fumegar :))
Também falei disso aqui: http://mouraaveirense.blogspot.com/2011/04/um-disco-na-lista-das-futuras.html... As fotos estão do piorio...
Mas o CD já chegou cá?
Acabo de visionar As Bodas de Fígaro do festival de Salzburgo (2006) e tiro o chapéu à interpretação de Ildebrando D'Arcangelo no Fígaro. Perfeito em todos os aspectos: voz totalmente adequada, bem doseada e bonita, representação modelar do criado senhorial. Em vídeo não conheço melhor, superando o já muito bom Byrn Terfel. Dos restantes intérpretes há a destacar alguém que nos habituou à perfeição: Christine Schafer, aqui no Cherubino. Eu pergunto mesmo se haverá actualmente cantora mais perfeita e mais completa que Christine Schafer.
Nos extras há entrevistas, entre elas à cantora mais pirosa do mundo, Anna Netrebko. É só olhar para ela. Mil desculpas aos seus admiradores. Nada disto tem a ver com a sua linda voz e a sua representação, naturalmente adequada, no papel ingrato de Susana com tanto para cantar e Mozart a dar-lhe pouco protagonismo. O conteúdo da entrevista como não podia deixar de ser é um conjunto de banalidades acerca da "mulher". É o que faz porem as pessoas a falar inglês quando o seu vocabulário é limitado. Isto acontece com os maiores cantores. Há uma entrevista com Victoria de Los Angeles no Youtube em inglês que é um bom exenplo do que acabo de dizer. Por que é que não poem os artistas a falar na sua língua, usando legendas? De certeza que a interessante entrevista que Antonietta Stella dá no video de Un Ballo in Maschere seria diferente se a cantora não usasse a sua língua-mãe.
Eu comprei o álbum no itunes que vem com "booklet" e realmente a imagem da criatura está uma verdadeira lastima. Fique sem perceber, se estaria a pensar se juntar aos Gipsy Kings, se vai virar bailarino de Flamengo ou então se dedicar a ser gigolô profissional?!
Pergunto-me que raio de consultores de imagem tem a DG?!?!
Quando a parte musical, sem duvida que D'Arcangelo é um mozartiano por excelência, já o ouvi diversas vezes ao vivo e não sendo uma voz gigantesca interpreta sempre os papeis com uma elegância invejável.
No entanto, noto neste registo, demasiadas montagens de estúdio. Principalmente nas arias de concerto em que a tessitura é muito grande, percebe-se a milhas de distancia o Copy Paste e que o microfone ao pé da boca faz milagres.
Infelizmente este não é caso único e cada vez mais os registos 100% de estúdio, tendem a ser demasiado artificiais.
Enfim...é a vida!
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