domingo, 22 de novembro de 2009

Disse-me um passarinho...

... que, em breve, contaremos com as seguintes pérolas:





38 comentários:

Ricardo disse...

O DVD da Cenerentola será muito bom, há clipes no youtube. O DVD da Borgia será constrangedor... também há clipes no youtube e a ária final não é uma coisa bonita de se ouvir.
A Gruberova foi uma grande cantora no seu tempo, mas já é tempo de ceder o lugar.

Ricardo disse...

E além disso o tenor que canta com ela também não é uma voz para este repertório. Talvez seja um bom Tamino, mas falha redondamente no Genardo. Clips com o Franco Vassalo nessa produção não vi, mas tenho-o no Puritani do Met e numa Lucia com a Devia e o Alvarez e gosto muito dele.

Hugo Santos disse...

Tenho o Holandês em questão e é, no mínimo, soberbo.

Anónimo disse...

Eu não tenho nenhuma das gravações em questão. Concordo, partindo dos mesmos testemunhos, inteiramente com o Ricardo em relação à Cenerentola. Tenho pena que a Gruberova vá mal, pois se se comportar como a recente Norma, não sendo perfeita, está muito bem. Eu tenho o Dvd de 1980 do Covent Garden com a Sutherland e o Kraus, que é recomendável, pelo conjunto, embora a La Superba tenha passado o seu "prime" e o mezzo seja fraco. Eu tenho uma grande Lucrezia Borgia em cd com a Caballe acompanhada pelo Kraus, a Horne e o excelente baixo Ezio Flagello, falecido há um ano.
Relativamente aos Contos de Hoffmann, penso esta gravação dispensável, dadas as opções no mercado a nível de cds e de dvds.
Raul

Moura Aveirense disse...

O CD da Vivica Genaux já cá chegou?

J. Ildefonso. disse...

Caro Raul

Creio que é a Verret e não a Horne que canta a Lucrezia Borgia que refere. Também a tenho e posso atestar a qualidade de todos os envolvidos. É só pena que seja negada ao Kraus a aria final que Donizetti escreveu depois da estreia para o tenor russo Ivanoff que é muito bela e dramaticamente eficiente e que faz terminar a ópera de forma mais original.

Alberto Velez Grilo disse...

Pois eu estive presente na primeira récita que a Gruberova deu da Lucrezia (Barcelona) e achei-a bastante bem. Não sende perfeita evidentemente.

A Genaux é genial neste trabalho de Vivaldi. Melhor que a Bartoli

Hugo Santos disse...

Tal como o Ricardo referiu, a Gruberova deixa muito a desejar no "Era desso il figlio mio" de Munique. Na minha óptica, muito por culpa de uma quantidade de trejeitos vocais que prejudicam imenso a emissão vocal. A este nível, a Lucrezia de Barcelona é preferível.

Anónimo disse...

Tens toda a razão, é a Verrett e não a Horne.
Raul

portasabertascadeirasaosoco disse...

Que pena,estava a pensar ouvir um recital da Gruberova em paris dia 17 dezembro,uma data especial para mim,fico renitente com a vossa opinião....

Alberto Velez Grilo disse...

Não deixe de ir ao recital. Vai ver que não se arrepende.

Eu ia ao de Madrid, mas esgotou antes de haver venda de bilhetes na Internet.

Anónimo disse...

Portasab...
Nem pensar nisso. Ter a oportunidade de ver a Gruberova e perdê-la!!! Nem imagina a inveja saudável que tenho se si.
Raul

Ricardo disse...

Gruberova em 2008 (62 anos)
http://www.youtube.com/watch?v=DeJzZ0lUnIo

Mariella Devia em 2009 ( 61 anos)
http://www.youtube.com/watch?v=CrLiM11f7rA

O repertório não é o mesmo (Borgia vs. Bolena) mas a cena final da Bolena coloca ao soprano muitos mais obstáculos técnicos que o final da Borgia. Em todo o caso é inegável que a voz de Devia se encontra em muito melhores condições. Pode argumentar-se que a Gruberova teve uma carreira muito maior que a Devia e isso não contesto. A Gruberova de facto teve uma carreira mais internacional enquanto a Devia se concentrou em Itália. Também a Devia soube gerir muito melhor os seus recursos vocais o que se reflecte na sua longevidade. Em todo o caso, os vídeos falam por si.
Eu pagaria e bem para ouvir a Devia ao vivo. A Gruberova nem por isso.
O problema pode ser dos meus ouvidos, mas eu não acho mesmo que a Gruberova ainda esteja a cantar para o género de agenda que mantem. Recitais, talvez... Óperas completas e ainda por cima Donizetti pesado, não.

Ricardo disse...

Ah, e eu não gosto de julgar performances por notas que não estão escritas, mas já que ambas interpolaram um Mi bemol no final, acho que é óbvio quem leva a melhor.

Alberto Velez Grilo disse...

Ricardo

Assino por baixo. La Devia é um dos melhores sopranos que já ouvi neste repertório (Bel Canto).

Continuo a achar é que vale a pena assistir a um recital da Gruberova.

Já agora, há uma Lucrezia com a Devia em Ancona no próximo mês de Fevereiro. Estou a tentar assistir.

http://outrasescritas.blogspot.com/2009/11/mariella-devia-e-as-vicissitudes-de.html

Cumprimentos

Ricardo disse...

e (já agora) não resisto a mais um vídeo da Devia em 2009.

http://www.youtube.com/watch?v=1sONfBktX2M

Logicamente não soa a uma pessoa nova, mas a estabilidade, qualidade sonora e homogeneidade de cada um dos diferentes registos é espantosa para uma pessoa de 61 anos.

Ricardo disse...

Alberto, essa Lucrezia sim, causa-me inveja! ;)

Vai ser um serão em grande, de certeza! E pensar que a Gulbenkian continua a ignorá-la...

Anónimo disse...

Já que estávamos a falar da Gruberova e passámos para a Devia sem relação de causa-efeito, vou meter a minha colherada. A Devia é e foi uma grande cantora. É vê-la na gala italiana do centenário de Verdi com alguma da nata do canto verdiano: o seu final do primeiro acto da Traviata é a joia da noite. Acredito muito bem que a voz dela esteja em melhor estado que a da Gruberova e adorava vê-la a desafiar a Norma depois dos sessenta como tão bem o fez a Gruberova, porque tem potencial para isso. Mas passando uma revista pela carreira das duas, a Gruberova é superior pela versatilidade (bel canto, Mozart, Strauss) e pelo nível que atingiu no seu zénite.
Continuo a defender a ida do cobloger Portasab.. ao recital da Gruberova, pois, mesmo já ultrapassados os melhores anos, é ela que lá está, uma dos grandes nomes da ópera. Eu vi Tito Gobbi com 56 anos, Franco Corelli à volta dos 50, mas vi-os.
Raul

Anónimo disse...

besoin de verifier:)

Il Dissoluto Punito disse...

Meus Caros leitores,

Apreci muito os vossos contributos, mas... DEIXEMO-NOS DE ESQUISITICES! Cantar belcanto a partir dos 50' é uma proeza! Dos sessenta em diante, é para seres superiores. Gruberova e Devia são criaturas próximas dos deuses!
Recordo-vos, por exemplo, que a odiosa Battle perdeu o oiu no início dos 40's... A Suma Callas nem aos 40 chegou e outras que tais...

portasabertascadeirasaosoco disse...

Depois mando o meu feed-back,convenceram-me.Já cá cantam os tickets.Não prometo as vossas análises técnicas especializadas,mas concerteza deixarei o rasto que me for possível.Com todo o gosto.Obrigado pelas dicas e pelo incentivo.

J. Ildefonso. disse...

A carreira da Devia centrou-se basicamente em Mozart (D. Ana, Condessa, Rainha da noite e Pamina), Verdi (Traviata e Rigolleto) e Belcanto com raras incurções na ópera francesa e Barroco. Foi uma carreira muito intensa com menos destaque do que a Gruberova principalmente devido a não ter o apoio duma editora por trás mas no auge estariam ambas ao mesmo nivel se bem que em belcanto eu prefira a Devia. A Devia é muitas vezes acusada de ser excessivamente plácida dramaticamente mas pelo menos ao vivo resulta numa presença muito digna e contida mas que responde extraordinariamente bem aos apelos dramaticos dos papeis. Eu vi-a na D. Ana em Roma e estava muito bem.
A Gruberova a partir de meados dos anos 80 com o abrandar da sua carreira internacional teve uma atitude muito curiosa. Comprou uma pequena editora e gravou os papeis belcantistas que haviam dominado a fase final da sua carreira,. Principalmente os teatros alemães responderam ao estimulo montando novas produções das~óperas em questão e assim "nasceu" uma nova carreira para a cantora. Hoje canta basicamente em Zurique, Viena. Munique e agora Barcelona.

J. Ildefonso. disse...

Pessoalmente acho que a Devia está em melhor forma. A Gruberova a partir do momento em que passou a dominar a sua carreira de forma mais direta escolhendo maestros e cantores para a acompanhar nas suas gravações e deixou de ter a supervisão dos grandes maestros do inicio da carreira passou a exibir uma série de "tiques" interpretativos que se tornam bastante irritantes. Também a voz timbricamente endureceu e perdeu muito do brilho o que é natural, tendo em conta a duração e intensidade da carreira. O que me desagrada é a questão interpretativa. Prefiro as gravações da juventude.
Não me esqueço dos Puritanos e dum recital em Lisboa no inicio dos anos 90. Aí sim gostei da Gruberova e aplaudi-a muito agora nem tanto.

Ricardo disse...

J. Ildefonso, concordo consigo.

A Gruberova para mim tem neste momento, um problema sério de falta de gosto naquilo que faz... Escolha de cadências pouco acertadas, "tiques" muito intrusivos (notas sem vibrato), soluços, um pouco do pior dos Fleming'ismos mas numa pessoa 10 anos mais velha.

Timbricamente, acho que a voz ainda revela um timbre agradável. Está um bocadinho seca, mas estamos a falar duma pessoa de 62 anos e para essa idade o timbre ainda está bonito.

Comparativamente à Devia (e Raul, acho que faz sentido compará-las já que são as duas sexagenárias belcantistas ainda no activo), é verdade que o seu repertório é mais limitado mas, não será aí que reside o segredo da sua longevidade? A Gruberova pode ter abarcado mais repertório mas quanto desse repertório foi adequado para a sua voz? A Traviata foi, na minha opinião um dos seus passos em falsos. Eu conheço a Traviata dela e acho que é um papel demasiado pesado para a Guberova que, basicamente é um soprano lírico de coloratura sem capacidade para "outbursts" dramáticos que este repertório exige. Também as suas incursões em Donizetti mais pesado (3 Raínhas, Lucrezia Borgia) talvez tenham sido escolhas menos felizes uma vez que este repertório não requer necessariamente um soprano dramático de coloratura, mas exige pelo menos um lírico de coloratura amplo como é o caso da Devia ou como foi o caso da Beverly Sills, ambas sopranos líricos de coloratura mas com uma voz mais larga e maior que a da Gruberova. A Sills, por falar nisso, dizia sempre que o Roberto Devereux lhe roubou 6 anos de voz, por isso dá para ter uma ideia das dificuldades do papel.

Quanto à Norma da Gruberova, não a conheço na totalidade, mas conheço a Casta Diva, o trio final do primeiro acto e o finale. Não me pareceu mal vocalmente, no entanto apresentava já alguns dos maneirismos que tanto me desagradam e não gostei da maneira como a voz dela assentou no papel. Já que falamos de Normas veteranas, prefiro a da Beverly Sills.
Não me parece que a Devia vá cantar a Norma nesta encarnação. A fazê-lo, talvez já o devesse ter feito, mas acho que neste momento a voz já não tem um ataque flexível e incisivo o suficiente para fazer uma Norma respeitável. Sinceramente, prefiro pensar como teria sido a sua Norma se a tivesse cantado do que ela cantá-la e ficar a pensar "era melhor não tê-lo feito".

Caro Dissoluto, eu entendo quando diz que nos deixemos de esquisitices. Realmente é obra fazer belcanto depois dos 60, mas é maior obra ainda fazer BOM belcanto depois dessa idade, e o belcanto da Gruberova já não me deixa muito satisfeito. O da Devia, por outro lado, enche-me a alma :)

J. Ildefonso. disse...

Está disponivel no youtube a "casta diva" da Devia com acompanhamento orquestral e também voz/piano, que bem entendido é só um bocadinho do papel, e o resultado é muito belo.
A Norma da Gruberova não é a minha Norma de eleição e não acho que seja o tipo de voz que o papel requer mas o resultado final é bastante bom. Foi um papel muito estudado. Já quando veio a Lisboa já se falava duma Norma da Gruberova. Devem ter sido anos de estudo e analise.

Hugo Santos disse...

Acrescento um outro papel da Devia: a Konstanze do Rapto do Serralho.

J. Ildefonso. disse...

Devia canta Casta Diva com acompanhamento de piano

http://www.youtube.com/watch?v=A2dYA7xDv8A

Não resisto a partilhar também os videos duma cantora desconhecida que admiro bastante. Eglise Gutierrez que creio que venha a fazer carreira no mesmo reportório.

http://www.youtube.com/watch?v=07UQz_Hn4DE


http://www.youtube.com/watch?v=3XZGXYXPfIM

J. Ildefonso. disse...

Tem razão Hugo não me lembrei da Konstanze.

Anónimo disse...

Ricardo, eu quando disse que não havia uma relação de causa-efeito em vir chamar a Devia a propósito da Gruberova tem o seu contexto. Eu apenas achava, e continuo a achar, que se houvesse um recital da Gruberova, mesmo que ela já passasse o seu zénite, seria sempre motivo para ir. Não vejo que isso seja razão para chamar outra grande cantora que, como dizem, e muito provavelmente será, se encontra, apesar de orçarem pela mesma idade, em estado vocal superior. Uma coisa não inibe a outra. Se houver um recital da Devia, serei o primeiro a estimular a ideia. Ricardo, era isso que eu queria passar, quando vi que estava a desencorajar o Portasab... de ir ao recital. Só isso.
Quanto aos argumentos do amigo João Ildefonso sobre a Devia só tenho que concordar.
Mas por que será que a carreira da Gruberova foi muito mais gloriosa do a Devia ? Porque há o marketing, o público é estúpido, porque uma era bonita e a outra muito feia, ... Não, em ópera isso pouco funciona. Vamos ver, por exemplo, Mozart. A Devia cantou-o e bem, mas não era uma cantora famosa nesse campo. A Gruberova era requesitada por teatros cujo público sabe mais do que o nosso para cantar diversos papeis como a Konstanza, considerada na altura a melhor do mundo, escolha de Karl Bohem e Solti, a Rainha da Noite, a Dona Ana e todas as árias de Concerto. Depois havia o "glamour" vocálico, um sentimento indefinível por palavras que fazia entrar a Gruberova, abrir a voz e sermos levados pela sua tessitura, tão fácil na zona aguda. Com a idade adquiriu certos "maneirismo" que poderia evitar, mas nem tudo é perfeito. Claro que quando canta as rainhas de Donizetti não é a Cabballe, mas não me venham com a Sills.
Raul

portasabertascadeirasaosoco disse...

Agora não há volta a dar,lá estarei.Obrigado pelo empurrão.

Alberto Velez Grilo disse...

A discussão que se criou em torno da Gruberova, só prova que é uma excelente cantora. Já assisti a um Roberto Devereux, uma Lucia e uma Lucrezia e, mesmo com idade avançada, mesmo com aquilo a que chamam maneirismos, a cantora conseguiu levar-me aos pícaros... a mim e ai resto das pessoas nos teatros (Barcelona e Munique).

A Devia nunca tive possibilidade de a ouvir (talvez em 2010).

Deixo, no entanto, uma pergunta aos mais críticos da Gruberova: Seria o mundo da ópera mais rico, se a cantora já se tivesse retirado?

A minha resposta é clara: Não! Que cante e por muito tempo...

blogger disse...

Raul, concordo consigo. Caballe para as rainhas, digam lá o que disserem da Sills como Ana Bolegna.

Só agora tive tempo de ler esta discussão em torno da Gruberova e da Devia e a meu ver creio que são as duas grandes monstros da actualidade e que será sempre uma experiência positiva e a não perder. E Eu não desgostei da Norma (uma Norma é sempre uma Norma, e enquanto estiver afinada e estudada, já me parece incrivelmente para os dias que correm).

Dos restantes cds e dvds, fiquei com a pulga atrás da orelha com o Pelleas et melisande :)

J. Ildefonso. disse...

O disco da Vivica Genaux parece interessante. Tenho um cd da mezzo dedicado ao Farinelli dirigido pelo Jacobs que é altamente recomendável. Também este parece prometedor. Já alguém ouviu?

Alberto Velez Grilo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alberto Velez Grilo disse...

J. Ildefonso, o disco da Genaux não é interessante, é extraordinário. Não deixe de comprar.

http://outrasescritas.blogspot.com/2009/11/vivica-genaux-pyrotechnics-vivaldi.html

Ricardo disse...

Já estou a ver que o Raul não gosta da Sills ;)

Anónimo disse...

Não,caro Ricardo, não gosto, embora exista uma ária de concerto de Mozart, no Youtube,“Vorrei spiegarvi, oh Dio !”, que eu adoro, que tiro o chapéu à Sills.
Acho que a Sills tem a voz pequena, com poucos matizes, sem "glamour" nenhum. Muito afinada, ou melhor afinadíssima, certinha, mas não ... eu em toda a minha cedoteca tenho apenas uma ária por ela num cd onde várias grandes cantam árias belcantistas.
Raul

Ricardo disse...

Pronto, então é mesmo uma questão de gosto pessoal e não adianta discutirmos sobre isso :)

É que comigo é ao contrário. Eu adoro a Sills e só tenho na discoteca um CD com a Gruberova (I Capuletti e I Montecchi com Agnes Baltsa) que só sai da prateleira quando quero ouvir a Baltsa ;)

Não sei porquê, mas Gruberova sempre foi uma cantora que nunca me disse nada apesar de entender o porquê de outros gostarem tanto dela. É um pouco como a Sutherland que também me diz muito pouco. Sempre tive tendência a gostar de vozes muito mais imperfeitas mas capazes de injectar adrenalina nos meus ouvidos... O Giuseppe di Stefano, o Carreras jovem, a Callas e a Caballé (num dia bom) são o supra sumo dessa qualidade!

A Sills apesar de algumas falhas vocais sempre teve para mim uma abordagem tão humana ao canto e às personagens que me deixa completamente rendido.

Com a Sutherland e a Gruberova é o contrário. Acho tudo é previsível, tão calculável e tão certinho que para mim acaba por tornar-se aborrecido. Não estou a dizer que seja mau, porque ter-se uma boa técnica é um prodígio, mas acho que as qualidades e características dos próprios instrumentos destas duas cantoras me aborrecem um bocadinho.
A Devia é um caso à parte. Não é uma cantatriz do calibre da Callas, mas há qualquer coisa na voz dela que tem um efeito absolutamente magnético em mim, talvez o facto de ser escura e larga no registo médio e depois ter uma região sobreaguda tipo clarim.

Enfim, como diz o João, "Esquisitices"... ;)