segunda-feira, 13 de abril de 2009

Alcina (Handel)

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Da Alcina de Handel (dirigida por Curtis e interpretada pela magnífica Didonato, no papel titular) diz-se o seguinte:

«Joyce DiDonato takes the title role. Nothing about Alcina is quite what it seems, and here we have a mezzo singing a soprano's music with considerable finesse, but with occasional moments of telltale strain. This is also a performance of immense calculation, so that while we're aware of Alcina's allure, we're also continually questioning her emotional veracity. Maite Beaumont's Ruggiero is a bit lightweight, though she makes a perfect foil for Sonia Prina's aggressive Bradamante. Karina Gauvin is to die for as Morgana, and Kobie van Rensburg is the best of all Orontes.»

Logo de início, confesso a minha perplexidade: uma mezzo a interpretar um papel habitualmente confiado a um soprano??? Não é caso raro, como bem se sabe...

Posto isto, pergunto-me se esta Alcina fará sombra à soberba de há dez anos - a que assisti live, em Paris, no Palais Garnier -, interpretada por Fleming e Dessay e dirigida por Christie?! Renée Fleming e Natalie Dessay estão absolutamente irrepreensíveis! Ah! E como esquecer a prestação da irresistível Susan Graham?!

8 comentários:

Daniel. disse...

ainad no outro dia encontrei esta alcina no corte ingles, e fiquei a namora-la. em relaçao a uma outra coisa, completamente desligada deste post, João, existe actualmente uma série de televisão chamada "united states of tara" sobre uma mulher com multiplas personalidades. talvez lhe possa interessar, ou talvez não.

M.BOY disse...

Só um pequeno apontamento, eu disse num comentário anterior que a encenadora, Karoline Gruber,
da "salome" do são carlos só tinha encenado o "däs marchen" e a "salome", mas não!
A senhora encenou o "the telephone" nesta temporada e devo de confessar que gostei... mas uma coisa é uma ópera com duração de cerca de 30 minutos outra coisa é o colosso do "däs marchen" e a já de si controversa "salome".
Fica aqui o reparo. E boa sorte!

Il Dissoluto Punito disse...

Daniel,

Eu tb a namorei, no mesmo sítio ;-))) Como ainda tenho uma - com Sutherland e Berganza - que não escutei como deve ser, optei por não a comprar, por ora! Quanto à série, como se chama e onde passa? Sou avesso à tv, mas há excepções ;-)
Um abraço

Daniel disse...

joao,
a série chama-se "united states of tara". Tara é a personagem principal, interpretada pela brilhante Toni Colette. se quiser mais informação sobre a série pode ir a :
http://www.imdb.com/title/tt1001482/

relativamente a sitios onde pode ver ou retirar da net, existe o sitio americano (sem legendas, portanto):

http://www.seriesgringas.us/search/label/United%20State%20of%20Tara

tambem há um brasileiro, com um certo delay, mas legendado:

http://www.islifecorp.com.br/forum/portal.php

neste segundo link, precisa registar-se primeiro. em qualquer dos casos, precisa apenas de instalar o realplayer no computador e fazer o download do episódio do servidor que eles indicam. em média demora pouco mais de 10 a 15 minutos.

Divirta-se!

J. Ildefonso. disse...

O timbre é ambiguo. Será a Joyce di Donatto um meio-soprano? Ou será um soprano curto como a Kozena? E a Frederica von Stade?

Raul disse...

João Ildefonso,
Não estou de acordo contigo. A grande Di Donato não é curta de voz. Quanto à von Stade, tens razão, quando por exemplo ouves o Otelo de Rossini. A mim às vezes juraria que estava a ouvir um soprano.

Il Dissoluto Punito disse...

Daniel,

Thanks ;-)))

J. Ildefonso. disse...

Eu não acho que ela é curta de voz. Aliás acho que tem uma grande extensão vocal se bem que a Alcina não pareça proibitivamente agudo. Não sei porque não sei ler música. Daí poder cantar a Alcina, eu acho. Quando digo soprano curto refiro-me ao timbre que sinceramente não me pareçe de meio-soprano. Acho-o bastante claro.
Estou farto de meio-sopranos a cantar papeis de soprano e de os e de timbres claros a cantar papeis de meio-soprano! Estraga o balanço das obras. Infelizmente hoje em dia raramente apareçem discos com boas diferenciações timbricas nos papeis femininos.