(Renée Fleming)
Na gala comemorativa dos 125 anos do Met, Renée Fleming interpretou um dos seus cavalos de batalha, Glück, das mir verblieb, da ópera Die Tote Stadt (Korngold).
Com cinquenta primaveras, Fleming mantém uma frescura e elegância vocais absolutamente invulgares.
Desde o crepúsculo de Cheryl Studer – mid 1990 – que não escuto uma voz tão pueril, graciosa e elegante como a de Renée Fleming. A mais bela voz do mundo lírico contemporâneo. Sem hesitação alguma.
No final da ária – clicar aqui -, o primeiro a não se comover que se acuse!
E quem não chora não é bom pai de família. De antologia.
A vida pode muito bem iniciar-se aos cinquenta!
Depois deste momento tão eloquente e grandioso, quem se atreve a dizer o contrário?
5 comentários:
Pena que não se tenha sempre pautado por cantar assim desta forma, muito bem.
De facto, não se compreende como alguém com um instrumento a todos os níveis notabilíssimo, de vez em quando, decida enveredar por maneirismos e histrionismos. Felizmente, pelo que tenho ouvido nos últimos tempos, parece ter moderado esta faceta menos condizente com o seu estatuto estelar.
Até agora de tudo o que ouvi, a única coisa de que não gostei foi o Tacea la notte do Trovador. No resto faz-me pensar também que melhor soprano que ela não existe no momento.
Acrescentando...
A coisa mais bonita que eu ouvi/vi cantado por ela foi o "Depuis le jour " na Gala do Levine. Sem adjectivos.
É muito bonito!
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