Kurt Cobain (1967-1994), líder dos Nirvana, animou parte significativa da minha geração. Para o bem e para o mal, sem pudor algum, confesso que, nem a criatura, nem a sua criação me impressionaram. De notar que, à época, a lírica, para mim, era ainda um território infimamente conhecido...
Assisti a este filme, há muito pouco tempo, movido pelo interesse que a figura de Cobain suscitara junto da maioria dos meus amigos.
Além de Kurt Cobain ser um borderline – impulsivo, instável e autodestrutivo – pouco mais sei da desafortunada história do músico. Da sua música, ainda menos...
A obra de Gus Van Sant Last Days, inspirada nos derradeiros dias de Cobain, é pouco interessante e dispensável, apenas tendo um mérito reconhecido: coloca a tónica da problemática do líder Cobain na dissociação psicótica, e não na equação depressão – suicídio.
A figura do músico, magistralmente desenhada e interpretada (Michael Pitt), surge envolta num universo autista, bizarro e discordante, em quase total ruptura com a realidade circundante. A casa onde a acção tem lugar – um óbvio prolongamento / espelho da realidade psíquica do protagonista – exibe uma degradação e despojamento plenamente conseguidos. Quanto ao resto...
(Kurt Cobain)
Para os fans de Cobain & Nirvana (!?), apenas.
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