(Mikko Franck e Soile Isokoski)
Eis uma colectânea de árias tipicamente românticas – Puccini à côté – ajustadas à fina voz de soprano lírico.
Isokoski, infinita e graciosamente lírica, de uma elegância aristocrática, revisita as heroínas que tem vindo a incarnar nos últimos anos da sua singular carreira operática. O timbre é pura seda, a técnica de veludo. Tudo se funde numa voz redonda, sem mácula, nem arestas.
O acompanhamento orquestral é um sonho: Mikko Franck – sim, sim, caro leitor, há vida para além de Gustavo Dudamel! – dirige um Filarmónica de Helsínquia majestosa, rica em subtilezas, sombreados e cor.
Duas lacunas – hélas! – apresenta este registo: a inexplicável ausência de papeis secundários, curtos e seguramente em conta, mas teatralmente indispensáveis (Eugene Onegin, La Bohème e Otello), e a débil habilidade histriónica (a ler como teatral) de Soile Isokoski, que se traduz em interpretações demasiado ligeiras e psicologicamente irrelevantes.
nota: a nossa condição periférica coloca-nos à margem da distribuição de editoras comercialmente menores. Tal é o caso da notável ONDINE. Encontrar este registo no mercado nacional será, praticamente, um feito...
Felizmente há lojas on-line (iTunes, nomeadamente), onde o leitor encontrará este importante registo.
(Scene d' Amore, ONDINE ODE 1126-2)
Eis uma colectânea de árias tipicamente românticas – Puccini à côté – ajustadas à fina voz de soprano lírico.
Isokoski, infinita e graciosamente lírica, de uma elegância aristocrática, revisita as heroínas que tem vindo a incarnar nos últimos anos da sua singular carreira operática. O timbre é pura seda, a técnica de veludo. Tudo se funde numa voz redonda, sem mácula, nem arestas.
O acompanhamento orquestral é um sonho: Mikko Franck – sim, sim, caro leitor, há vida para além de Gustavo Dudamel! – dirige um Filarmónica de Helsínquia majestosa, rica em subtilezas, sombreados e cor.
Duas lacunas – hélas! – apresenta este registo: a inexplicável ausência de papeis secundários, curtos e seguramente em conta, mas teatralmente indispensáveis (Eugene Onegin, La Bohème e Otello), e a débil habilidade histriónica (a ler como teatral) de Soile Isokoski, que se traduz em interpretações demasiado ligeiras e psicologicamente irrelevantes.
nota: a nossa condição periférica coloca-nos à margem da distribuição de editoras comercialmente menores. Tal é o caso da notável ONDINE. Encontrar este registo no mercado nacional será, praticamente, um feito...
Felizmente há lojas on-line (iTunes, nomeadamente), onde o leitor encontrará este importante registo.
(Scene d' Amore, ONDINE ODE 1126-2)
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(4/5)
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