Eis o veredicto do Le Monde sobre Les Noces aixoises:
«Est-ce d'avoir instauré Wagner et sa Tétralogie en terre mozartienne ? A Aix-en-Provence, décidément, Wolfgang Amadeus n'est plus à la noce, et le chef britannique Daniel Harding, grand fossoyeur mozartien, lui fait bon an mal an, de Cosi fan tutte en Noces de Figaro, de bien tristes funérailles. On ne va pas pleurer sur le temps révolu des Teresa Stich-Randall et Berganza, des Gabriel Bacquier, des Graziella Sciutti, mais a-t-on entendu depuis longtemps à Aix une voix mozartienne digne de ce nom ?»
Tratar-se-á de uma maldição!? Ousar Wagner em território mozartiano – porventura o maior, em terras de França – pagou-se caro!
Da récita – e restante produção – nada digo, pois não estava sur place.
Quanto à crítica… é de uma pedantice típica e previsível: mescla-se sobranceria, desdém, desprezo e altaneirice-de-trazer-por-casa!
Déjà vu, déjà vu...
Aqui entre nós, fiel leitor, arrisco: a signatária da critica deve ser do tempo-da-outra-senhora, certamente profere, amiúda, expressões do estilo “Já não se fazem coisas como antigamente” e, está bem de ver, cheira a naftalina!!
5 comentários:
Mas tu não sabes que "já não existem vozes como as do nosso tempo" e que "esta juventude está perdida", ó jovem?
Não devemos generalizar, ou seja, partir de o princípio que se viveu uma idade de ouro, mas também que pontualmente sintamos que mesmo que a qualidade actual seja inferior não possamos dizê-lo. Existem actualmente grandes cantores mozartianos, mas pode acontecer que não tenham estado em Aix.
Raul
Cop,
;-)))))))
Raul,
Convirá que o tom da crítica da dita senhora é insuportável, não?!
Sim, eu não estou de acordo com esta crítica, mas eu quero ter a liberdade de dizer noutro contexto que o lugar da Schwarzkopf ainda não foi preenchido.
BTW já ouvi a Nina Stemme. Não é só as quatro últimas, É TUDO. Trata-se de uma cantora excepcional.
Raul
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