sábado, 30 de junho de 2007

La Gioconda, segundo Callas (1/2)

Eis as verdadeiras caras da primeira interpretação de A Callas, de La Gioconda (1952), 18º fascículo da louvável colecção OS CLÁSSICOS DA ÓPERA - 400 ANOS.

Entre outros atractivos, esta leitura conta com a igualmente grandiosa (e imperfeita...) Fedora Barbieri, Giulio Neri e Gianni Poggi.

Anos mais tarde, vocalmente menos seguro (mas insuperável, dramaticamente), Maria Callas reinterpretou esta mesma criação lírica de Ponchielli, via EMI.


4 comentários:

Anónimo disse...

Sem dúvida nenhuma que a segunda Gioconda da Callas,uma das suas mais brilhantes interpretações em estúdio é superior à primeira Gioconda que já por si é uma fabulosa interpretação. E o mais notável é o facto de já estarmos em 1959, quando a voz já apresentava um grande desgaste na zona aguda. Momentos como « O Mia madre» ou o «Suicídio» são peças do melhor entre o melhor na Callas e na Ópera Italiana. NO entanto, a gravação no conjunto é inferior à primeira, pois a superioridade das interpretações na primeira versão é muito superior, inclusive a da Laura de Fedora Barbieri que é uma Laura muito mais envolvida do que a da grande Cossoto que nesta gravação de princípio da sua carreira a mantem muito indiferente. Isto tudo para não falar da oportunidade de podermos ouvir Giulio Neri. Quero também referir que, para além destas interpretações da Callas outre a se impõe que é da Cerquetti, que foi a sua única gravação de óperacompleta em estúdio. A gravação da Cerquetti, notável pela sua Gioconda, tem também a mais-valia do resto do elenco ser constituído pela nata do canto italiano, no seu conjunto muito superior aos companheiros da Callas. Eles são o Del Monaco, Bastianini,Simionato e Siepi. Melhor é impossível.
Raul

Anónimo disse...

Acrescentando sobre esta primeira gravação da Callas:
Gianni Poggi foi um cantor muito presente nas gravações dos anos cinquenta: La Bohème com a Scotto, Tosca com a Stella, Favorita com a Simionato,... Quando a Tebaldi cantou a Margarida no S. Carlos em 1949 (a sua primeira saída para o estrangeiro)ele foi o Fausto.
Paolo Silveri também muito presente em gravações dos anos cinquenta: Don Carlo, Simon, Tosca,...começou baixo, passou a barítono e chegou a cantar o Otelo, fixando-se definitivamente na voz média.
Raul
Raul

Il Dissoluto Punito disse...

Raul,

Eu sabia que iria eneltecer este artigo - particularmente o Neri, que venera, não é?
;-)

Depois ligo-lhe!

Anónimo disse...

Mas o Siepi é muito bom na verszáo da Cerquetti.
Raul