A propósito da nova produção de La Traviata, em cena no Palais Garnier, nesta peça jornalística, propõe-se duas concepções de mise-en-scène, que me permito citar:
«La première est la "méthode entonnoir" ou, pour les cas extrêmes, la "méthode hachoir" : elle consiste, pour un metteur en scène, à faire passer coûte que coûte le sens d'un ouvrage par le tuyau plus ou moins broyeur de sa vision personnelle.
(...)
La seconde méthode, hélas peu pratiquée ! consiste à regarder ce que l'oeuvre dit et à mettre son propre univers en résonance naturelle avec le propos et la musique.»
Prosaicamente, diria que a primeira assenta na subjugação da obra, enquanto a segunda serve a mesma obra. Se quisermos, a coisa quase se resume a um exercício de poder autocrático - no primeiro caso - e a um compromisso - no segundo.
Os psis da linha dinâmica, a este respeito, tenderão a aludir à Posição Narcísica versus Posição Objectal.
Porém, quando se trata de meter a mão na massa, as fronteiras tendem a esbater-se...
Enfim, coisas de teóricos !
«La première est la "méthode entonnoir" ou, pour les cas extrêmes, la "méthode hachoir" : elle consiste, pour un metteur en scène, à faire passer coûte que coûte le sens d'un ouvrage par le tuyau plus ou moins broyeur de sa vision personnelle.
(...)
La seconde méthode, hélas peu pratiquée ! consiste à regarder ce que l'oeuvre dit et à mettre son propre univers en résonance naturelle avec le propos et la musique.»
Prosaicamente, diria que a primeira assenta na subjugação da obra, enquanto a segunda serve a mesma obra. Se quisermos, a coisa quase se resume a um exercício de poder autocrático - no primeiro caso - e a um compromisso - no segundo.
Os psis da linha dinâmica, a este respeito, tenderão a aludir à Posição Narcísica versus Posição Objectal.
Porém, quando se trata de meter a mão na massa, as fronteiras tendem a esbater-se...
Enfim, coisas de teóricos !
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