quarta-feira, 23 de maio de 2007

Lohengrin, na Bastilha

Em nada me surpreende este sucesso! O elenco, a direcção do maestro, a encenação...
Enfim, previsivelmente notável!

O que mais me fascinou neste artigo é a reflexão em torno das liberdades interpretativas, no tocante à mise-en-scène:

«A chaque fois, un même argument : réactualiser les oeuvres lyriques pour que le spectateur d'aujourd'hui y trouve un intérêt. Ce qui est absurde. Quand on se plonge dans Proust, Mann ou Dostoïevski, c'est pour entrer en résonance avec des lieux et des époques spécifiques. Quand on va voir des Monet ou des Delacroix, ce n'est pas pour être téléporté dans le monde de la Guerre des étoiles.»

A questão da liberdade, neste contexto, permanece na ordem do dia!
Será - creio - uma mera questão de limites!?

«En quelques jours, on a pu voir Elina Makropoulos, l'héroïne de Janácek, soulever sa jupe et s'asseoir sur la cuvette des toilettes, dans la production signée Warlikowski pour Bastille. Puis Carmen tailler une pipe sur la scène du Châtelet, tandis que Micaëla se faisait sodomiser puis dessouder, au milieu de saillies brutales méticuleusement mises en scène par l'Autrichien Martin Kusej (...)»

2 comentários:

DL disse...

Isto está bonito...
Para mim, são os encenadores que pretendem com isto ser falados, mal ou bem, mais do que restituir uma suposta fidelidade ao espírito da obra, ou o que seja...
Obras do séc 18 em que os cantores aparecem vestidos em casaco Armani, não.

Il Dissoluto Punito disse...

Caríssimo David,

Só espero que nada tenhas contra os casacos do Armani! O único problema dos ditos é arruinarem-me as finanças !