sexta-feira, 11 de maio de 2007

A Italiana em Argel

Eis, por ordem de aquisição, as minhas interpretações d'A Italiana em Argel, de Rossini.







O que posso assegurar ao leitor é que nenhuma delas me divertiu tanto quanto... a récita de ontem, no TNSC, desta mesma ópera !

Mais tarde, prometo uma crítica detalhada ;-)

12 comentários:

Anónimo disse...

Eu confesso que também saí bastante satisfeito do TNSC.... o que há muito não sucedia! Repito a declaração do meu entusiasmo pelo Lorenzo Regazzo.

J. Ildefonso.

Anónimo disse...

O facto de ter assistido a esta récita com o 2º enlenco, não me parece mesmo assim justificar tanto entusiasmo com o 1º, ou então vimos produções diferentes. É que não consigo desligar-me da maravilhosa e cómica produção de há 20 anos atrás! E na verdade nunca vi um S.Carlos tão pouco entusiamado e tão pouco caloroso, portanto não deve ter sido uma impressão pessoal. A reacção só não foi de apupo devido creio à juventude dos actores.
Fico a aguardar ansiosamente a crítica prometida.

Anónimo disse...

Peço desculpa pelo "enlenco", mas corrijo: elenco!

Anónimo disse...

Urge um comentário a esta enormidade:

http://dn.sapo.pt/2007/05/12/opiniao/o_direito_a_opera.html

Anónimo disse...

dn.sapo.pt/2007/05/12/opiniao/o_direito_a_opera.html

Anónimo disse...

O que eu acho injusto e estúpido é eu ter pago os meus impostos que contribuiram, com certeza, para (pelo menos) o ensino básico do autor desse artigo de opinião e ele não tenha aproveitado essa oportunidade de abertura de espírito ao ponto de, agora, vir escrever textos demonstrativos de tamanha ignorância e, esses sim, assaz desinteressantes.
E mais não digo.

Filipe

P.S.: Aconselho o autor do artigo no DN a entrar num teatro de ópera e assintir (aposto!), PELA PRIMEIRA VEZ, a uma récita.

Anónimo disse...

não resisti ler esse artigo sem responder ao autor...

segue a minha resposta:

Boa tarde,

Foi com algum espanto que li e reli o seu artigo relativamente ao direito, ou não à ópera. Antes de mais, quero frisar que cada um de nós tem direito à sua opinião, contudo, não posso deixar de apontar a falta de coerência do seu texto. Vejamos, culpa o estado por atribuir subsídios para a produção de óperas viste ser um espectáculo que agrada a uma, nas suas próprias palavras, pequena minoria. O erro começa já por aqui. Não sei qual é a sua frequência como espectador de ópera, mas garanto-lhe por experiência própria, como espectador e intérprete que, o público da ópera em Portugal se encontra em assinalável expansão do ponto de vista do número e da diversidade. Se o caro autor tomar a iniciativa de assistir a um espectáculo de ópera, verá a quantidade de jovens que, cada vez, assistem às récitas. Relativamente ao argumento utilizado de, o financiamento de ópera constituir um "atentado" a quem não usufriu desse espectáculo, quero apenas apontar-lhe o profundo subjectivismo da sua premissa: se formos por aí, mais atentado é que o governo, ou melhor, que os governos gastem dinheiro dos contribuintes para aquisição de equipamento de guerra, que, em última instância serve para matar pessoas... Quer-me parecer que uma faca de palco é bem mais barata e inofensiva que um F-15... Mas essa é só a minha opinião e que vale aquilo que vale.

Posto isto, queria apenas dizer-lhe que se não é apreciador de ópera, está no seu direito. Agora, daí a culpar o estado por financiar a cultura e por, com os seus subsídios tornar a ópera um espectáculo cada vez mais acessível às pessoas, parece-me ir uma longa e ilegítima distância. Ninguém o obriga a ir à ópera, e como tal, não vejo razão para proferir essas afirmações contra o espectáculo em causa, bem como contra o público que o aprecia, e sobretudo, contra as pessoas que fazem dele uma profissão, como é o meu caso. Provavelmente o caro autor inclui-se no grupo de pessoas que ainda acha que os músicos são uns parasitas da sociedade, mas caso não esteja por dentro do meio, tenho todo o gosto em informá-lo que existem efectivamente licenciaturas em Música, e Canto Lírico, para ser mais exacto, e que dão tanto trabalho e exigem tanto estudo e tanta dedicação como outra qualquer licenciatura. Tenho 22 anos e frequentei 3 anos duma Licenciatura em Biologia, e acredite que depois de ter mudado para a Licenciatura em Música, continuei a ter tanto ou mais trabalho como tinha dantes.

E digo-lhe mais, se o estado gastasse tanto dinheiro a financiar ópera como gasta com futebol, teríamos um povo bastante mais inteligente e bastante mais culto do que "Ai o meu Benfica, o meu Sporting e o meu Porto".

Cordialmente

--
Ricardo Panela

Anónimo disse...

A cara é precisamente aquela que eu imaginaria para o autor de tal texto.
Raul

Anónimo disse...

Caro Ricardo:

Quero dizer-lhe que concordo inteiramente consigo. E já agora colocar-lhe uma questão, sem me permite.
Que tipo de licenciatura em Música frequenta?
Estou a terminar a minha em Enfermagem e gostava de ponderar uma segunda carreira.

Um abraço.

Filipe

Anónimo disse...

Caro Filipe, neste momento encontro-me no 2º ano da Licenciatura em Música (área vocacional de Canto) da Universidade de Aveiro, sob orientação de António Salgado, provavelmente o melhor professor de Canto do país.

Caso esteja a considerar estudar canto, faça-o com ele. Não é por ser meu professor, mas pelas provas que tem dado com pedagogo, tendo vários alunos a seguir carreiras internacionais, tendo um deles já gravado com William Christie.

Anónimo disse...

Já agora, Filipe, creio n ter respondido à sua pergunta... :)

O meu curso tem a vertente performativa ou a vertente de ensino. Muito provavelmente e por uma questão de sensatez vou optar pela especialização em ensino, só para poder ter alguma segurança profissional. Porém, como quero mesmo seguir carreira como solista, vou concorrer para estudar fora daqui a 1 ou 2 anos. Aí sim, seguirei com a pós graduação em Performance.

Anónimo disse...

Muito obrigado pelas suas informações. Desejo-lhe muito sucesso.

Filipe