Perguntará o leitor - não sem razão - o que une figures tão radicalmente distintas (?) como Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro e Avelino Ferreira Torres, por exemplo?
Do meu ponto de vista, a resposta é pronta e curta: o Triunfo.
A psicopatologia psicanalítica cedo identificou as noções de Triunfo e Omnipotência, sendo que a primeira dimensão mais não é do que uma manifestação da segunda.
No caso das personalidades enunciadas, o Triunfo denuncia uma impressionante Omnipotência, expressando-se ambas, por exemplo, na impunidade !
Em 1920, Freud publica um texto capital - Para Além do Princípio do Prazer -, onde postula a existência de um outro princípio - o da Realidade -, contrário ao do Prazer.
Ora, justamente por força do Princípio da Realidade - que é introduzido pelo paterno -, instaura-se o primado da lei, na sua acepção mais ampla, vasta e simbólica, portanto.
Por força da instauração do Princípio da Realidade, entre outras consequências, aprendemos - não sem uma elevada dose de frustração, há que dizê-lo! - a submeter-nos à autoridade, abandonando as nossas precoces aspirações hegemónicas. Compreendemos que, independentemente do nosso desejo, o mundo é como é. Queiramos ou não, vivemos entre pares, sendo a coabitação regida pelo princípio universal da submissão à lei!
Criaturas há, contudo, que por razões de vária ordem não integram este fundamental princípio. O mor das vezes, assumem uma conduta triunfal, arrogante, em que, ilusoriamente, a realidade se submete ao desejo individual - e não o inverso. Espantosamente - ou não ! -, com bastante frequência, há uma efectiva submissão da lei ao desejo individual... Nestes casos, assistimos ao triunfo da autarcia.
Até à data, Fátima Felgueiras triunfou sobre a lei, Valentim Loureiro segue-lhe o rasto, já para não mencionar o incontornável Avelino Ferreira Torres, exemplo sumo do despotismo ultra – patológico.
3 comentários:
Os top 3 pessoas que eu mais detesto no nosso país:
Alberto João Jardim
Valentim Loureiro
Paulo Portas
Pinto da Costa, Santana Lopes, Ferreira Torres, agora andam na mó de baixo, pois pouco ou nada se fala deles. A Dona Fátima dá-me vontade de rir.
Raul
E que diferença existe entre os que procuram o triunfo pela aclamação, tão frequente no meio político, e os que o procuram noutras formas de afirmação (sucesso empresarial, artístico, etc)? Devem ser formas muito diferentes de afirmação, pois só poucas pessoas pisam ambos os terrenos. Não é assim?
Meu Caro DL,
Doutas palavras, as tuas! Não sou ninguém para te contrariar!!!
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