Ópera, ópera, ópera, ópera, cinema, música, delírios psicanalíticos, crítica, literatura, revistas de imprensa, Paris, New-York, Florença, sapatos, GIORGIO ARMANI, possidonices...
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
Senesino, il castrato
Hoje à tarde, Scholl, em Madrid, uma vez mais é Senesino!
11 comentários:
Anónimo
disse...
Por todos os deuses eu juro que não tenho nenhgum preconceito contra os contra-tenores e até comprei um disco deste célebre intérprete. Por mais que me esforce não consigo gostar deste tipo de voz. Raul
Se pensa assim...Eu não. O que não gosto nestas vozes é a sensação de que estou a ouvir uma máquina de música daquelas do final do século XIX, articialíssima e anti-natural (nada a ver com falta de pila). A cor emocional é para mim inexistente. Não, definitivamente não. Por curiosidade, tenho uma gravação de um dos últimos "castrati": gravou a Ave Maria de Bach-Gounod na Capela Sixtina em 1902. Esta gravação inclui a Avé Maria dita em latim pelo papa Leão XIII em 1901 ! Raul
Eu pessoalmente também não gosto muito de contra-tenors. Tenho alguns discos e destaco o David Daniels que me pareçe o mias interessante e pessoal vocalmente e artisticamente no entanto... no concerto de arias e duetos de handel com o Daniels e a Kozena na Gulbenkian sobressaiu especialmente a kozena:-))
Mas será injusto esquecer que toda a técnica bel-cantista nasceu no meio dos seus vocalizos e sem a técnica bel-cantista a ópera não percorreria o caminho que teve, na sua evolução e nas diferentes escola que nasceram. Era outra coisa. Raul
João, O João Ildefonso já rerspondeu à sua pergunta. Este disco é uma preciosidade. O disco contem também árias gravadas pela Patti, a cantora mais célebre do mundo na segunda metade do século XIX. Estas últimas gravações fizeram-me escrever um artigo sobre uma "impossilidade" n´"A cidade e as Serras". Raul
A gravação do Alessandro Moreschi é muito ambigua primeiro porque o cantor já tinha uma certa idade e talvez não nos permita conhecer o verdadeiro potencial duma voz de castrado e segundo porque se encontra afastado do reportório e da pratica executiva que normalmente associamos a essse tipo de voz nomeadamente Barroco e Classisismo. No fundo não passa duma miragem.... que seja como for nos esclareçe que a voz dum castrado não se assemelha em nada com a dum contratenor!
Sim, tudo o que diz é certo e até concluo que o contratenor tem mais voz, ou mesmo, tem voz, com um timbre um pouco lustroso. Quanto ao castrato, a voz parece toda ela puro falsete, mais próxima das máquinas de música que referi. Mas quem sou para tão primário julgamento, quando penso o quanto Rossini gostava destas vozes. Como seria o castrato ? Como muito bem diz, o Alessandro Moreschi já não será um exemplo muito credível. Raul
11 comentários:
Por todos os deuses eu juro que não tenho nenhgum preconceito contra os contra-tenores e até comprei um disco deste célebre intérprete. Por mais que me esforce não consigo gostar deste tipo de voz.
Raul
Raul,
Aqui para nós - que ninguém nos ouça... - a voz deste registo cheira a falta de pila, não é?
Se pensa assim...Eu não. O que não gosto nestas vozes é a sensação de que estou a ouvir uma máquina de música daquelas do final do século XIX, articialíssima e anti-natural (nada a ver com falta de pila). A cor emocional é para mim inexistente. Não, definitivamente não. Por curiosidade, tenho uma gravação de um dos últimos "castrati": gravou a Ave Maria de Bach-Gounod na Capela Sixtina em 1902. Esta gravação inclui a Avé Maria dita em latim pelo papa Leão XIII em 1901 !
Raul
Eu pessoalmente também não gosto muito de contra-tenors. Tenho alguns discos e destaco o David Daniels que me pareçe o mias interessante e pessoal vocalmente e artisticamente no entanto... no concerto de arias e duetos de handel com o Daniels e a Kozena na Gulbenkian sobressaiu especialmente a kozena:-))
J. Ildefonso.
Mas será injusto esquecer que toda a técnica bel-cantista nasceu no meio dos seus vocalizos e sem a técnica bel-cantista a ópera não percorreria o caminho que teve, na sua evolução e nas diferentes escola que nasceram. Era outra coisa.
Raul
Raul,
Que registo é esse de que fala? Quem é o intérprete?
É o Alessandro Moreschi o último castrado/músico conhecido e o único que fez gravações. Trabalhava na Capella Sistina.
J. Ildefonso.
João,
Concordo contigo: o Daniels é magnífico em disco... Mas ao lado da Kézena, na temporada passada...
João,
O João Ildefonso já rerspondeu à sua pergunta. Este disco é uma preciosidade. O disco contem também árias gravadas pela Patti, a cantora mais célebre do mundo na segunda metade do século XIX. Estas últimas gravações fizeram-me escrever um artigo sobre uma "impossilidade" n´"A cidade e as Serras".
Raul
A gravação do Alessandro Moreschi é muito ambigua primeiro porque o cantor já tinha uma certa idade e talvez não nos permita conhecer o verdadeiro potencial duma voz de castrado e segundo porque se encontra afastado do reportório e da pratica executiva que normalmente associamos a essse tipo de voz nomeadamente Barroco e Classisismo.
No fundo não passa duma miragem.... que seja como for nos esclareçe que a voz dum castrado não se assemelha em nada com a dum contratenor!
J. ildefonso.
Sim, tudo o que diz é certo e até concluo que o contratenor tem mais voz, ou mesmo, tem voz, com um timbre um pouco lustroso. Quanto ao castrato, a voz parece toda ela puro falsete, mais próxima das máquinas de música que referi. Mas quem sou para tão primário julgamento, quando penso o quanto Rossini gostava destas vozes. Como seria o castrato ? Como muito bem diz, o Alessandro Moreschi já não será um exemplo muito credível.
Raul
Enviar um comentário