quarta-feira, 22 de novembro de 2006

O Rei de Espadas, em Covent Garden

O imenso talento do tenor russo Galouzine obriga a uma resignificação de A Dama de Espadas, de Tchaikovsky.

ps há alguns anos, a Lisa, interpretada pela genial Mattila na Bastilha, fez-me pensar na A Rainha de Espadas!!!

9 comentários:

Anónimo disse...

Desculpe a "provocação".
Chamar à Matilla "genial" é para mim um exagero. Uma grande cantora, sim, de facto. Uma das melhores do momento, sem dúvida. Mas eu "genial" aplico à Callas, ao Gobbi, ao Domingo, ao Hotter and so one.
Raul

Anónimo disse...

Nao sei no Simao do Abbado e seguramente genial...... Ate para mim um admirador incondicional da Freni....

J. Ildefonso.

Il Dissoluto Punito disse...

Raul,

Reitero a genialidade da Mattila! Se a vir ao vivo, compreender-me-á ;-)

Anónimo disse...

Eu tenho esse Simão Boccanegra, João Ildefonso, e, sem dúvida que a
Matilla está óptima,como está o Carlo Guelfi, mas, por amor de Deus, o papel do soprano nesta ópera não faz nenhuma cantora genial.
O J. I. acha a Freni genial ?!
Raul

Anónimo disse...

No papel referido sem dúvida que acho porque nos dá uma dimensão muito pessoal do personagem... aparentemente uma "tonta" submissa na verdade uma tremenda manipuladora de afectos:-)))
Foi uma surpresa depois de tantas Amélias doces e passivas.

J. Ildefonso.

Anónimo disse...

E só por isso é genial ?!
Raul

Anónimo disse...

Sim! Porque canta com uma técnica e um estilo imaculado para além dum timbre belissimo e além do mais consegue dar uma interpretação original e "fresca" que explora aspectos do personagem até então ocultos por uma tradição interpretativa standartizada. A mim basta-me. Acho que preenche todo o potencial executivo e dramático do personagem agora que existem papeis mais gratificantes... lá isso é verdade!
Curiosamente a Matilla com uma voz muito diversa procura as mesmas soluções dramáticas. salienta o afecto da Amélia mas simultaneamente também a sua natureza dominadora e manipuladora.

J. Ildefonso.

Anónimo disse...

J. Ildefonso,
Certo que a interpretação da Matilla no Simão é muito grande. Também eu, quando vi este dvd, fiquei impressionado com a exploração que a Matilla fazia de um papel que no contexto verdiano acho desinteressante e que musicalmente só o dueto com o barítono é que faz jus à voz de soprano. O mesmo se passa com o tenor que tem uma ariazinha. Os grandes papéis da ópera são o do barítono e depois o do baixo com melodias fabulosas, explorando os sons das respectivas vozes, servindo genialmente as emoções da personagem numa antevisão do estilo do Otelo. Também nessa gravação gostei bastante da interpretação do Carlos Guelfi, na linha do "genial" Tito Gobbi.
Para concluir, concordarei que o trabalho da Matilla é genial no sentido que o João Ildefonso dá. Mas isso não faz com que considere a Matilla uma cantora "genial". Se assim for, temos referentes diferentes para os conceitos de "genial".
Raul

Anónimo disse...

O meu conceito de genial neste contexto é o de explorar ao máximo as possibilidades oferecidas pelo personagem se possivel de forma inovadora e original. O que no caso em questão penso que se concretiza.

J. Ildefonso.