segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Fidelio, em Valença

Para quem vaticinava a morte vocal da grande Waltraud Meier (entre os quais, assumidamente, me encontrei, em tempos), eis a prova do contrário: o trio Meier, Seiffert & Salminen - três veteranos da lírica - triunfa, em Valênça, numa obra cujo simbolismo radica na exaltação da liberdade!



By the way, pergunto-me: qual o lugar do recentemente inaugurado Palau de les Arts Reina Sofia no panorama lirico mundial?

E pensar que há quem considere a lírica de Beethoven menor...

2 comentários:

Anónimo disse...

Que grande récita teve ter acontecido em Valência com estas vozes tão adequadas. Os cantores, principalmente o soprano e o baixo são grandes nomes. Martti Salminem, voz que aprecio muito, é o perfeito Hagen, Gurnemanz e Hunding. Será certamente um grande Rocco.
Quanto a Waltraut Meier, embora lhe reconheça que estamos perante uma grande voz, acho ter um problema: quando a voz sobe demasiado, surge um vibrato extremamente desagradável. Foi durante um breve tempo, talvez a primeira cantora wagneriana, mas sempre longe de suceder na lista das grandes (cronologicamente para o século XX: Leider, Flagstad, Modl, Varnay, Nilsson e Jones). Neste momento ninguém tomou o lugar de Gwynyth Jones para Wagner, como que não há grandes Normas desde que a Caballé a deixou de cantar.
A propósito: o autor do artigo referido no post deve ser um diletante. Refere como cantor Don Pizarro !!!
Raul

Il Dissoluto Punito disse...

Raul,

A Isolda da Meier é óptima (dirigida pelo Baremboim)! Quanto ao que diz sobre o vibrato, nada tenhom a acrescentar: idem áspas...