terça-feira, 4 de abril de 2006

Still Shinning...

Eis-me de regresso às vinhetas clínicas.

Esta entrevista do maior dos tenores tem a particularidade de ilustrar de forma extraordinária o quadro hipomaníaco: omnipotência, infatigabilidade, optimismo...

No caso de Domingo, (quase) tudo se perdoa, em virtude da sua indiscutível natureza e talento sobre-humanos.

ps visiono um Otello - com Domingo, Fleming e Morris - onde o tenor, plenamente sexagenário, compõe um herói quase inverosímil, dado o investimento dramático e vocal da criatura! Dele falarei mais tarde, noutra ocasião, assim que o meu rebento o permitir :-)

6 comentários:

Anónimo disse...

Sim, acabei de ler na Opera que o Domingo prolongou os seus contractos enquanto Director Geral das Operas de los Angeles e Washington, ambos expiravam este ano, até a temporada de 2010-2011.
Li também que colaborou pela primeira vez com o Bob Wilson no Parsifal agora em exibiçãom em los Angeles e que se saiu muito bem vocalmente e cénicamente.... Não sei o que dizer.

J. Ildefonso.

Anónimo disse...

O Siegmund de Domingo em Covent Garden (com Meier e Terfel), em Julho passado, foi soberbo, com uma voz de bronze, baritonal, volumosa, ideal para o papel, e uma presença em palco fortíssima. Que primeiro acto!! Ninguém diria que tem pelo menos 64 anos (segundo consta). Um crítico (penso que do "Guardian", mas não tenho a certeza) afirmou que Domingo punha discretamente um comprimido na boca de vez em quando. Eu não dei por nada.

Anónimo disse...

Kundry

E não é espantoso que se habitue ao universo do Bod Wilson tão afastado das produções em que participou? Pareçe-me uma atitude muito profissional e demonstra uma grande curiosidade artistica e intelectual.

J. lldefonso.

Il Dissoluto Punito disse...

João,

Não vale a pena dizer-se nada! É um caso único de longevidade! Quando vi o Kraus, aos 70, não imaginei que alguém pudesse repetir a proeza...

Il Dissoluto Punito disse...

Kundry,

Esses comprimidos deveriam ser dados a grande parte dos cantores líricos ;-)

Anónimo disse...

Muito bem visto.

J. Ildefonso.