segunda-feira, 20 de março de 2006

São Carlos vanguardista???

Diz-nos VELA DEL CAMPO (El PAIS), a propósito de Il Dissoluto Assolto, Santa Susanna e Erwartung, em estreia no nosso Teatro Nacional de S. Carlos:

«Hay teatros de ópera donde continuamente "pasan cosas". El de São Carlos de Lisboa es uno de ellos. Con un presupuesto modestísimo se ha situado en lo que va de siglo, gracias a la imaginación y audacia de su director Paolo Pinamonti.» (clicar aqui, para aceder ao resto da notícia)

Não é todos os dias que o TNSC colhe elogios desta espécie, figirando (quase) entre os teatros de ópera mais vanguardistas! :-)

Que tal uma saltada ao São Carlos?

8 comentários:

Anónimo disse...

Já fui caro João e detestei!
A Sancta Susana tem qualidade mas a encenação é dum pudor jesuitico. O Ewartung definitivamente não pode ser encenado assim. O D. Giovanni é duma modéstia embaraçosa. Boa encenação mas a música nem isso mereçe. Salva-se uma citação da aria do catálogo mas de Mozart eu já sabia que gostava:-))) Não há paciência para música contemporânea em que o único momento marcante é "parazitário". O texto do Saramago, lamento dizê-lo, não tem graça nenhuma.
Sei também que o Director do Teatro Nacional S. Carlos, apesar das queixas, tem mais dinheiro à disposição do que qualqer outro teve e que grande parte das despesas consiste em pagar viagens à crítica internacional e em manobras de marketing. Não me admira o artigo espanhol:-)))

J. Ildefonso.

Anónimo disse...

De música contemporânea só daquela que se faz nos States. Não quero dizer toda, porque não pretendo conhecê-la, mas Glass gosto muito.
Quanto a Boulez, Nono e & passo bem sem ela. O mais provável é ser um problema meu, mas assumo-o.
Mas o Ewartung eu gosto, não exageradamente, mas ouço, pelo menos a minha versão com a Jessie Norman.
Raul

Anónimo disse...

Caro Raúl

Relativamente ao Erwartung o problema aqui, se bem que não tivessemos tido nada comparável com a gloriosa Norman, teve essencialmente a ver com a encenação que praticamente não existia. Nem Realista nem Expressionista....

J. Ildefonso.

Anónimo disse...

Eu pessoalmente gosto muito do Henze.

J. Ildefonso.

Anónimo disse...

Caro J. Ildefonso
Há cerca de uns dois anos comprei o Moisés e Aarão de Schonberg. Achei que devia conhecer. Detestei-o.
Indique-me por favor qualquer coisa de Henze para uns ouvidos preconceituosos.
Raul

Il Dissoluto Punito disse...

João,

Se assim o dizes, acredita que não irei... Confio na tua sáia apreciação!

Anónimo disse...

Caro Raul

De Henze tivemos "The English Cat" no S. carlos à uns anos atrás e gostei muito.
Tenho uma velha gravação de estractos do "Rei Cervo" com o Sandor Konia de meados dos anos 60.
Há também em d.v.d. uma nova opera/fábula estreada em Madrid, de que não me lembro o nome, salco erro com o Mathias Goerne. Não conheço mas pareçe-me muito tentador. Tenho também 1 disco de música de câmara muito bom

J. Ildefonso.

Anónimo disse...

Muito obrigado.
Raul