quinta-feira, 9 de junho de 2005

Eterno retorno...

Retorno as origens: o Don Giovanni, na leitura de Carlo Maria Giulini (1961 - EMI), é o definitivo !



Pecando pela falta de originalidade, é esta a minha singela conclusão, após a audição cuidada das 38 diferentes interpretações que compõem a minha (prolixa) colecção mozartiana.

Pela coesão, pelo equilíbrio, pelo elevadíssimo nível vocal e instrumental, pela feliz reunião buffo/sério (tão escassa, na maioria das demais interpretações, ora predominantemente mais sérias, ora mais buffas, sem que se atinja um real equilíbrio, tal como Mozart pretendia), pela prise de son, pela direcção brilhante, dinâmica e quase miraculosa de Giulini...

Sugestões ?!
... substituir Wächter, cujo italiano acusa um indisfarçável alemão vienense caché, por Siepi - que é, em meu entender, o mais feliz Don da história da discografia desta ópera e - hélas - trazer a Callas de volta ao mundo dos mortais, convencendo-a a aceitar interpretar Donna Anna, como pretendia Giulini... Assim não quis a Diva, que foi substiuída por la Stupenda...
O que seria de Donna Anna na voz da Callas...

ps DL, meu caríssimo amigo, ainda não ouvi o teu contributo vienense... Assim que o tiver feito, je te tiendrai au courrant !

7 comentários:

DL disse...

Caro Dissoluto, take your time!
Já agora, quando tiveres tempo gostava que escrevesses sobre as aberturas wagnerianas. Não precisam de ser 38...

Anónimo disse...

Carlo Maria Giulini faleceu hoje, dia 15 de Junho, aos 91 anos de idade.


Resciat in pace!

Il Dissoluto Punito disse...

Triste nova, caro Leporello :(

Il Dissoluto Punito disse...

Caríssimo DL,

A seu tempo, dedicarei um looooooooongo post às aberturas do Mestre de Bayreuth !
1 abração !

Il Dissoluto Punito disse...

Pois é, César...
Experimente ouvir o Siepi, como protagonista... Esqueçe-se logo do Wachter !

Anónimo disse...

As coisas não são assim: há lugar para um e lugar para o outro.
Raul

Il Dissoluto Punito disse...

Raul,

Não há maior Don do que o Siepi, il vero dissoluto!