Este artigo (The New York Times) descreve e explica, parcialmente, a crise que o Met atravessa.
Apresentar-se no Met, para qualquer cantor lírico, constitui um momento-chave. Doravante, tudo pode mudar: du jour au lendemain, a carreira pode sofrer uma verdadeira revolução ! Um artista semi-desconhecido pode ser catapultado para o estrelato, depois de uma récita feliz na célebre sala de Nova-Iorque.
Pelo menos, era assim que a coisa funcionava, até há bem pouco tempo...
O que será que explica a tremenda quebra das audiências - com tudo o que se lhe associa - que a mais mítica das salas de ópera do mundo atravessa ?
Segundo M. GUREWITSCH - autor do artigo em questão -, a crise explica-se por uma constelação de acontecimentos: 11/09, depreciação do USD face ao euro - que se reflecte nos cachets pagos aos artistas, muitos furos abaixo dos auferidos nos teatros líricos do velho continente -, etc.
Curiosamente, não se aponta o dedo a aspectos como a falta de apostas determinadas em novos talentos, a manutenção de um estilo canastrão das produções, um conservadorismo decadente, etc. !
Uma vez, numa fase outonal da sua singular e gloriosa carreira, Kraus disse: «Não faltam talentos, faltam é mestres !». Teria ele razão ?
Apetece-me lançar um desafio: se quisermos estrear uma nova produção do Ring, no Met, no Châtelet ou ailleurs, teremos à nossa disposição um naipe de cantores à altura do acontecimento, como se verificava até aos anos 70 ?
J´en doute fort !
Bom... esta é outra questão, para debater num outro post...
No meio de toda esta polémica, não deixa de ser verdade que adquirir bilhetes para as grandes salas líricas europeias constitui um desafio à criatividade...
Ainda assim, no Met, contrariamente ao que o autor do artigo diz, já assisti a várias récitas esgotadíssimas, algumas delas, na mesma temporada...
Sou um optimista e acho que as crises são geradoras de mudanças, muitas das vezes benéficas !
Pode ser que a nova administração do Met (da era pós-Volpe) passe a encomendar mais produções a gente ousada - Bondy, Serban, Vick, Freyer e Sellars, entre outros -, pode ainda ser que cantores como Véronique Gens, Sophie Koch, Patricia Ciofi, Lorenzo Regazzo, A. Hagley, etc., menos conhecidos, mas tão ou mais talentosos do que outros que regularmente aí se apresentam, passem a encabeçar os elencos !
Espera-se uma viragem !
Apresentar-se no Met, para qualquer cantor lírico, constitui um momento-chave. Doravante, tudo pode mudar: du jour au lendemain, a carreira pode sofrer uma verdadeira revolução ! Um artista semi-desconhecido pode ser catapultado para o estrelato, depois de uma récita feliz na célebre sala de Nova-Iorque.
Pelo menos, era assim que a coisa funcionava, até há bem pouco tempo...
O que será que explica a tremenda quebra das audiências - com tudo o que se lhe associa - que a mais mítica das salas de ópera do mundo atravessa ?
Segundo M. GUREWITSCH - autor do artigo em questão -, a crise explica-se por uma constelação de acontecimentos: 11/09, depreciação do USD face ao euro - que se reflecte nos cachets pagos aos artistas, muitos furos abaixo dos auferidos nos teatros líricos do velho continente -, etc.
Curiosamente, não se aponta o dedo a aspectos como a falta de apostas determinadas em novos talentos, a manutenção de um estilo canastrão das produções, um conservadorismo decadente, etc. !
Uma vez, numa fase outonal da sua singular e gloriosa carreira, Kraus disse: «Não faltam talentos, faltam é mestres !». Teria ele razão ?
Apetece-me lançar um desafio: se quisermos estrear uma nova produção do Ring, no Met, no Châtelet ou ailleurs, teremos à nossa disposição um naipe de cantores à altura do acontecimento, como se verificava até aos anos 70 ?
J´en doute fort !
Bom... esta é outra questão, para debater num outro post...
No meio de toda esta polémica, não deixa de ser verdade que adquirir bilhetes para as grandes salas líricas europeias constitui um desafio à criatividade...
Ainda assim, no Met, contrariamente ao que o autor do artigo diz, já assisti a várias récitas esgotadíssimas, algumas delas, na mesma temporada...
Sou um optimista e acho que as crises são geradoras de mudanças, muitas das vezes benéficas !
Pode ser que a nova administração do Met (da era pós-Volpe) passe a encomendar mais produções a gente ousada - Bondy, Serban, Vick, Freyer e Sellars, entre outros -, pode ainda ser que cantores como Véronique Gens, Sophie Koch, Patricia Ciofi, Lorenzo Regazzo, A. Hagley, etc., menos conhecidos, mas tão ou mais talentosos do que outros que regularmente aí se apresentam, passem a encabeçar os elencos !
Espera-se uma viragem !
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