quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Mozart / 22

O ambicioso projecto - de que aqui falei - já se encontra comercializado.
Os interessados encontrarão informações detalhadas neste endereço.

L'hommage des personnalités et des Parisiens à Philippe Noiret

Mon cher Philippe (Noiret),

Je viens d´apprendre la mauvaise nouvelle : tu viens de déceder.
Que je suis triste. . .

Ta carrière d´acteur m´était un peu étrange. Pourtant, dans mon coeur, je garderais un souvenir inoubliable de l´un de tes rôles - fétiche, Alfredo, co - protagoniste du Cinema Paradiso. . .

Ciao Alfredo. . .



domingo, 26 de novembro de 2006

2 Anos, Ritinha!!!

Muitos, muitos parabéns, querida sobrinha, pelo teu segundo ano de vida!
(o que tu cresceste desde há um ano...)



Que contes muitos e muitos :-)))
Beijinhos do primo e tios,

Tiago, Margarida & João

sábado, 25 de novembro de 2006

Confidências...

,

Boris Christoff - o maior baixo de que há memória - e o meu analista/mestre são iguais!!!

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Disse-me um passarinho: Anna & Rolando

Nos anos 1950, o casal lírico era sinónimo de Callas & Di Stefano; nos anos 1960, Tebaldi & Del Mónaco, a par de Nilsson & Corelli. . .

Na última década do século passado, Gheorghiou & Alagna formavam o casal do momento - no palco e na intimidade.



Nos nossos dias, Netrebko (liiiiiiiinda) & Villazon (feeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeio) tornaram-se no lyrical couple.

Em Março de 2007 é editado o primeiro registo de ambos, que soa a kitsch...

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

As good as corn ;-)

Netrebko triunfa, em Viena, num papel belcantista.

Pela parte que me toca, mantenho as minhas reservas: a primeira incursão de Anna Netrebko no domínio da lírica belcantista - La Traviata -, tecnicamente, revelou demasiadas fragilidades...

Em Fevereiro, vê-la-ei, na pele de Elvira (I Puritani), outro papel paradigmático da tremendamente difícil tradição belcantista.

Depois vos direi!


(Netrebko, na pela de Amina - La Sonnambula, de Bellini -, em Viena)

O Rei de Espadas, em Covent Garden

O imenso talento do tenor russo Galouzine obriga a uma resignificação de A Dama de Espadas, de Tchaikovsky.

ps há alguns anos, a Lisa, interpretada pela genial Mattila na Bastilha, fez-me pensar na A Rainha de Espadas!!!

A lírica de George Benjamin

Em Paris, na Bastilha, G. Benjamin estreia a sua primeira ópera, «Into the Little Hill».

Christian Thielemann em Paris

Christian Thielemann é sempre genial - particularmente em Wagner -, nem que seja a dirigir Bruckner!

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Disse-me um passarinho... Windgassen & Christoff

Rendo-me!

A DG (re)abre o seu imenso baú...

O que de lá sai, desta feita?

Dois monstros da lírica - Windgassen e Christoff - em territórios onde jamais tiveram concorrentes, respectivamente Wagner e Melodia Russa!

Note o leitor que bem medi as minhas elogiosas palavras: NUNCA Wolfgang WINDGASSEN e / ou Boris CHRISTOFF, nos mencionados repertórios, tiveram rivais; sublinho e resublinho.




segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Disse-me um passarinho...

Para breve, L´Americana in Algeri... obviamente, com La Horne!!!

domingo, 19 de novembro de 2006

Ben Heppner em Paris

Depois de ler estas elogiosas palavras, o leitor compreenderá facilmente a razão do fascínio que nutro pelo maior tenor wagneriano do momento!


(Ben Heppner)

No Le Figaro de hoje, diz-se, entre outras coisas, "S'il maintient tout au long d'une représentation la qualité dont il a fait preuve mardi soir, on tient quelque chose d'exceptionnel. La recette paraît simple : pour lui, Wagner se chante et ne se hurle pas ! Comme un lied.".

ps se procura uma amostra desta genialidade, remeto-o para este indispensável artigo wagneriano.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Do maneirismo...

Numa época tão prolixa em maneirismo vocais e / ou dramáticos, eis um dos mais caricaturais exemplos:

(DECCA 467 049-2 )


Na lírica, o maneirismo nada mais é do que um plus, absolutamente gratuito, que o intérprete decide acrescentar - seja no tocante à decoração melódica (a não confundir com ornamentação ou coloratura), seja no que se refere à postura cénica. Trata-se, assim, de personalizar o que se interpreta, desvirtuando o texto e / a melodia, com o propósito puro e simples de brilhar.

A meu ver, trata-se de um exercício narcísico, inscrito num jogo de afirmação-de-si. Se quisermos, o maneirismo é um jogo de poder entre o intérprete e a obra, jogo esse em que o primeiro procura ofuscar e subvalorizar a dita obra, desvirtuando-a.

Ora, neste registo, Fleming surpreende, pela pior das razões.

Sucintamente, Renée Fleming mantém a sanidade vocal.
A voz - de uma beleza etérea -, cintila: o vibrato revela um controlo estupendo, de onde resulta uma pureza cristalina na emissão.

A leitura dramática, invariavelmente, é pobre, tanto mais que a grande maioria das árias aqui presentes provém de papéis que a artista nunca interpretou cenicamente. Para quem, já de si, revela dificuldade em enriquecer dramaticamente as personagens interpretadas. . .

A excepção a esta fragilidade é a Manon, que Fleming interpretou sobejamente em diferentes cenas líricas mundiais - Met e Bastille, além de outras. No caso desta personagem, Fleming é exímia, construíndo uma Manon arrebatada, frágil e dorida, com uma apreciável espessura dramática.

Bom, até aqui, nada de novo.

O pior deste registo reside, justamente, nos intermináveis maneirismos da artista, que a seu bel- prazer prolonga notas (altera outras!!!), acrescenta cadenzas, floreia e ornamente, sem revelar respeito algum pelas partituras - já para não mencionar os textos.

domingo, 12 de novembro de 2006

Anechka...

Qual obsessivo, ruminei em torno da aquisição deste registo.


(DG 00289 477 6384)

De um lado, movido por uma assumida snobeira, acho que um cd clássico que figura entre os top 10 - da Alemanha, no caso - deve ter feito inúmeras concessões!

Recordo que, à excepção dos registos de La Bartoli - cujo elevado valor artístico ninguém ousa discutir -, os demais cd´s constantes das listas de top 10 - Os Três Tenores, inclusive - são imposições do marketing, cedendo obviamente ao gosto fácil e duvidoso.
Quanto à qualidade artística, o melhor é não falarmos...

Pois bem, sem surpresas, Netrebko é um produto do marketing, mau grado as suas inquestionáveis qualidades - sendo que a beleza é uma delas...

A gananciosa DG encontrou na fogosa e bela jovem russa um filão. A rapariga, deslumbrada, vai a todas. Está-se mesmo a ver que, dentro de cinco anos - mais coisa, menos coisa -, vai perder o piu, qual Gheorghiu, qual Theodossiou.

Bom, nas minhas hesitações em torno do presente registo de Anna Netrebko deparei ainda com a altaneira DIAPASON - que a menospreza, claro está -, e com a GRAMMOPHONE - que a enaltece, sem surpresa.

Fui-me a ele - o mesmo é dizer, comprei a álbum Russian Arias -, pois que a critica me esclarecera, como é bom de ver!

A minha apreciação é curta.

Tecnicamente, creio que Netrebko está mais disciplinada. A voz é inquestionavelmente bela, o timbre é quente e cativante.

Trata-se de um belo exemplo de soprano lírico: voz elegante e graciosa, assaz límpida - mas não em demasia (Schwarzkopf, Fleming, Te Kenawa, por exemplo) -, com cor, emoção e - acima de tudo - libido. Acresce a tudo isto uma evidente tendência coloratura...

Já no domínio artístico, a coisa não brilha tanto.

Negar que Anna Netrebko tem talento dramático é do domínio da pura negação - vide La Traviata, onde a intérprete si impõe pela interpretação, em detrimento de uma vocalização insegura e mal apoiada.

Ainda assim, no que a este artigo concerne, com pesar, deparamos com uma neutralidade emocional a dramática desconcertantes: a melancolia, a tristeza e a perda soam ao mesmo, sem modulações de espécie alguma!
Sublinho não se tratar de falta de talento artístico, mas sim de neutralidade absoluta, que roça o autismo puro!

Diria, em síntese, que a bela Netrebko nos brinda, neste cd, com uma belíssima voz - segura e firme -, enquanto nos desilude despudoradamente com uma (des)encarnação dramática flagrante.

Para quem há muito ansiava por consagrar um registo integralmente à ópera russa...

sábado, 11 de novembro de 2006

Hipomania!!!

Em plena fase de hipomania, Dissoluto Punito divulga aos fieis e pacientes leitores a cópia da sua última aquisição: bilhetes para três récitas... no MET... em Fevereiro de 2007!!!

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Performance Ticket Eugene Onegin Friday, February 9, 20078:00 PM
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Performance Ticket Jenufa Tuesday, February 6, 20078:00 PM
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sexta-feira, 10 de novembro de 2006

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Tristan und Isolde - as razões da poesia

Eis a razão de ser deste post:
Em matéria de ópera wagneriana, raras são as produções disponíveis em vídeo de Tristan und Isolde.

Recordo a incontornável récita de Orange, dirigida por Bohm, em 1973, com Nilsson e Vickers nos papeis titulares. Com tudo o que comporta de grandioso - a dramatização dos intérpretes, a direcção metafísica de Bohm - este registo padece de uma vergonhosa realização, capaz de enjoar o pobre espectador.

Recentemente, o Met divulgou um Tristan alternativo, ousado na estética - apesar de insonso -, embora medíocre nas interpretações, apesar de Heppner, apesar de Pape, apesar de Levine...

O Tristan und Isolde que aqui me traz merece uma imensa referência, sobretudo pela surpresa e perplexidade que em mim desencadeou.



Trata-se de um registo proveniente de um teatro respeitável - Grand Théâtre de Genève -, ainda que muito distante das habituais grandes cenas lírica mundiais. Acresce a isto a juventude do encenador - Olivier Py -, que não creio possuir um curriculum particularmente extenso, bem como a qualidade do elenco, que apenas conta com uma habituée dos grandes palcos - Fujimura -, por sinal assaz pouco interessante...

Começaria por destacar o labor de Olivier PY, porventura a maior glória deste artigo!

A encenação de PY investe na exploração dos antagonismos wagnerianos, que nesta ópera mais não são do que desdobramentos da ansiedade depressiva - como já aqui tive ocasião de explicitar.

Refiro-me às habituais incompatibilidades da wagneriana: amor e vida, felicidade e existência.

De facto, em Wagner impera a clivagem, não havendo espaço para a matização. É como se o universo fosse bicolor, a preto e branco. Na wagneriana, o compromisso não existe.

Isolda, vítima de um luto sem elaboração possível, no acto I, num ápice, torna-se escrava absoluta do volúpia, do amor carnal, desejando Tristão com um ardor animalesco. Prosaicamente, diria que se passa de 8 a 80!

Pois bem, a genial encenação de PY, do meu ponto de vista, assenta na expressão desta realidade clivada, envolta em antagonismos e incompatibilidades, onde o espaço para o esbatimento, a estompagem ou a matização é, em rigor, nulo.

Assim, Olivier PY constrói uma lógica cénica decalcada da wagneriana: os décors, as estruturas, os cenários, o guarda-roupa são, ou a negro, ou a branco, sem concessão de espécie alguma, o mesmo é dizer sem cinza!

É impressionante a abrupta mudança de cores! Por vezes, atinge-se a ruptura: sem transições, sem cambiantes - Isolda-em-luto-negro vs Isolda-amante-branca.

O ovo-de-colombo da encenação: simbólica rica, prolixa, eficácia teatral inquestionável, envolvendo recursos simples. Extraordinário!

Mas, caro leitor, este registo oferece outras surpresas!

Para além da genial encenação, deparamos com uma orquestra absolutamente surpreendente, dirigida por uma batuta tão discreta como soberana.

Armin Jordan, a meses de entregar a alma ao criador, propõe uma leitura maravilhosa da partitura. A orquestra, certeira, sólida e rigorosíssima, balanceia entre o lirismo mais profundo e a poesia absoluta. Pura e efervescente recriação, em permanência...

No capítulo do elenco, a surpresa manteve-se inabalável.

Comecemos por Isolda, ladys first.

Na história da lírica wagneriana do pós-guerra, creio que se impuseram dois paradigmas na interpretação desta ultra-complexa personagem: Flagstad representa a aristocracia vocal, predominantemente lírica, enquanto Nilsson materializa a pathos; a primeira cantava com a razão e pregaminhos, ao passo que a segunda interpretava com as vísceras.

Ambas fizeram escola: Flagstad perpetuou-se em M. Price, por exemplo. Já Nilsson eternizou-se em Ligendza e Meier.

Na actualidade, duas intérpretes soberanas impõe-se no contexto destas escolas: Stemme, cerebral e nobre, segue o trilho de Kirsten Flagstad e Jeanne-Michèle Charbonnet - a Isolda do presente registo - representa a interpretação visceral e ultra-dramática de La Nilsson.

Pois bem, Charbonnet - intérprete americana que eu desconhecia em absoluto, confesso! - propõe-nos uma magistral Isolda, que brilha pela espessura dramática.

Soprano dramático de meios imponentes - apesar do timbre comum... -, Jeanne-Michèlle delineia uma protagonista tremendamente convicta e multifacetada. Maugrado a fragilidade dos agudos - que se vão tornando progressivamente mais comprometidos e feios à medida que a récita cresce... -, a sua convicção teatral e interpretativa arrebata!

Desde a Narrativa de Isolda - início do acto I - Charbonnet revela-se: altaneira e arrogante no porte, corroída pela dor do luto, exibe a sua ferocidade. Com a progressão da trama, a fêmea revela-se e a insanidade triunfa! Dilacerante, pela complexidade.

Clifton Forbis - tenor ou barítono, afinal??? - propõe-nos um estupendo Tristão.
Baritonal à la Vinay e Domingo, opta pela poesia, em detrimento do drama: o timbre é belo e nobre, apesar da falta de coloração teatral.

Falta-lhe a animalidade... parece-me demasiado contido, no acto III, onde é suposto dilacerar-se...

A Brangane de Fujimura - alguém me explica a razão do seu grande sucesso?! -, correcta na voz, revela-se demasiado servil; criada em excesso, diria eu!

Ludwig - nos idos anos 1960 e 1970 -, A Brangane absoluta, mostrou-nos que a sua personagem pode ser grandiosa e respeitável, pese embora a sua condição servil. Fassbaender, ao seu jeito, sublinhou a nobreza da serva de Isolda.

Do elenco, destacaria ainda o convincente Alfred Reiter - Rei Marke -, algo convencional na melancolia, ainda assim. Sugeria um retoque na sua imagem, um pouco caricatural, mais porteiro de discoteca gay do que soberano...

Uma palavra final para a surpreendente realização de Andy Sommer, que rompe com o ortodoxo e convencional estilo Brian Large (que parece ter um monopólio no sector da ópera filmada!).

No caso deste registo, a câmara palpita, num movimento solto e intencionalmente descontrolado, quase anárquico, avesso a regras. Selvática, a câmara segue a libido...

Posto isto, paciente leitor, a meu ver, se pretende um Tristan und Isolda em dvd, coerente, inteligente e - acima de tudo - surpreendente, ei-lo!
A prova da infinitude da wagneriana - e são tantos e tontos os que vaticinam o seu fim...


ps adquiri este registo em Paris, em final de Setembro, por 30 euros. Para minha grande surpresa, encontrei-o à venda, ontem, no El Corte Ingles, a 50 euros!!! Nem mais, nem menos! Quem é que se anda a encher no meio disto???

Toujours la Dessay

Nesta entrevista, Natalie Dessay, uma vez mais, disserta sobre a seu abandono do repertório ligeiro, em favor do lírico.

A seguir..

domingo, 5 de novembro de 2006

Poesia wagneriana interminável



Depois deste monumental Tristan und Isolde, pergunto-me se haverá mais algo a dizer a respeito de uma das mais impressionantes criações do ocidente.

Visceral e infinitamente poética, Olivier PY e Armin JORDAN fazem desta ópera um colosso!


ps os detalhes virão depois

sábado, 4 de novembro de 2006

Vinhetas clínicas - a patologia Narcísica

Angela Gheorghiu, nesta entevista ao Le Monde, revela a sua estrondosa falha narcísica.

Entre uma desmesurada arrogância, um caricatural desprezo e uma patética hipertrofia do eu - "Eu.. Eu acho que.. Eu penso que..(é ver o número de Je´s!)" -, envoltos num discurso de tom altaneiro, sobranceiro e quase delirante, vai-nos brindando com alguns mimos!

Para mim, o que se segue é o mais majestoso:

"A propos de Tosca, que vous avez notamment incarnée dans le film de Benoît Jacquot, en 2001, vous auriez dit que la Callas n'a rien compris au rôle ?
Non, j'ai simplement dit qu'elle avait mal interprété certaines choses
"


Notável ! Bem vistas as coisas, a senhora prepara-se para ensinar à Senhora Grega a essência dramática de Tosca!

No final, ao jeito da ópera romântica, Gheorghiu finaliza, com eloquência:

"Je n'ai ni coach ni professeur de chant. La technique vocale était un problème réglé pour moi à 18 ans. A cette époque, je n'avais pas les moyens d'écouter des disques, mais aujourd'hui j'ai tout entendu, tout écouté, et je sais exactement où je suis. C'est la moindre des choses quand on a déjà des contrats jusqu'en 2012."

Aqui, a cantora passa da clínica - manifestação, sintoma - à dinâmica: revela a sua omnipotência, tudo dizendo saber, tudo demonstrando dominar, sempre numa linha de autarcia, de quem se basta.

Gheorghiu é, acima de tudo, uma cantora mediana, com meios vocais frágeis e limitados - timbre vulgar, falta de extensão, entre os mais evidentes -, que compensa com uma inquestionável habilidade cénica - vide Tosca e La Traviata.

Dadas estas características, ficar-se por Puccini teria sido sinal de suprema inteligência e mestria!

O problema de Angela é, justamente, a megalomania narcísica, que a leva a uma louca perda de limites: acha-se capaz de tudo interpretar, ignorando as suas evidentes limitações.

Infelizmente, não querendo, passa por revelar uma natureza parola, pacóvia e deveras provinciana



O meu divã está disponível, cara senhora!!!

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Don Giovanni (de Salzburgo´06) ou disse-me um passarinho...

Harnoncourt venera Hampson e Dissoluto Punito adora Hampson.
Sem Harnoncourt, Dissoluto Punito já viu Hampson, na pele de Don Giovanni, aqui. Um regalo!



Agora, no âmbito do famoso e ousado Mozart 22, eis que surge Don Giovanni, o mais aguardado por DP!

Senesino, il castrato



Hoje à tarde, Scholl, em Madrid, uma vez mais é Senesino!

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Natalie Dessay X

Eis mais uma entrevista de Natalie Dessay, presença regular neste blog.

Nela, a grande intérprete revela alguns segredos verdianos e donizettianos...

"Par contre j'enregistre en studio avec Evelino Pidò et le Concerto Köln un disque couplant des airs de Donizetti, versant comique et tragique, et du jeune Verdi, dont le premier air de la Traviata. "