Já que falamos de baixos, é preciso não esquecer três nomes: Nazareno de Angelis, Tancredo Pasero e o fabuloso Giulio Neri. João Galamba e João Ildefonso, já alguma vez ouviram estes três baixos? Raul
Não conheço a não ser de nome... na realidade não conheço muitos cantores anteriores aos anos 50/60. A não ser que tenham sido extraordinariamente famosos mas mesmo assim raramente ouvi gravações de cantores ditos históricos. Mas é curioso pensar em como o tempo passa pois ainda ouvi ao vivo a Vitoria de los Angeles, o Gedda,a Freni e a Scotto. E amigos mais jovens já os consideram cantores historicos:-)))
João Ildefonso, Os três baixos referidos não têm hoje ninguém no reportório italiano que lhes faça par. Eram pouco ecléticos, mas para os da sua língua eram fabulosos intérpretes em nada inferiores ao, Siepi, por exemplo. O de Angelis é o mais antigo e dele tenho árias gravadas nos anos vinte. O Tancredi Pasero era o baixo principal do Scala entre as duas guerras e deixou gravações famosas (Aida, o Requiem e a o Baile de máscaras de Verdi), Quanto ao Giulio Neri, que morreu com 49 anos em 1958, só posso dizer superlativos. Melhor em Verdi não existe. E é exemplo disso um dos momentos mais extraordinários da história das gravações: o dueto Filipe II- Grande Inquisidor, o momento alto do Don Carlo, cantado por Boris Cristoff e Giulio Neri respectivamente. Eu tenho esse Don Carlo, onde o Tito Gobbi pontua como o melhor Rodrigo de sempre. O resto do elenco é facilmente superado em outras gravações. Raul
João Ildefonso, Dos cantores referidos que viu, só tenho em comum a Scotto que vi na Madame Butterfly, quando era a mais famosa do mundo, na Traviatta e na Sonâmbula. E tudo em Portugal nos finais dos anos 60 e princípios dos 70. As interpretações da Scotto estão gravadas na minha memória como um sonho, "agravado" pela distância no tempo. Raul
E também quero prestar homenagem a outros dois grandes baixos: Gottlob Frick: o melhor baixo wagneriano do século, insuperável, no Hagen, Hunding e no Rokko do Fidélio. Italo Tajo: versatilíssimo, presente no Macbeth da Callas e que eu vi nos fins dos anos 60 no Don Pasquale com o Kraus. Raul
João, não era a minha "intenção". Mas, por curiosidade, para onde é que vão esses gastos levados por mão "mefistofélica" ? Uma correcção: Tancredi Pasero gravou Um Baile de Máscaras (Gigli, Caniglia, Becchi, Barbieri), o que é um luxo, pois o papel é mínimo sem solos; mas o que queria referir era a gravação da Força do Destino, hoje na Naxos, onde o seu Frade Guardião não é em nada é inferior à do Siepi na Decca. Raul
E Fedor Chaliapine ?
ResponderEliminarRaul
Já que falamos de baixos, é preciso não esquecer três nomes: Nazareno de Angelis, Tancredo Pasero e o fabuloso Giulio Neri.
ResponderEliminarJoão Galamba e João Ildefonso, já alguma vez ouviram estes três baixos?
Raul
Não conheço a não ser de nome... na realidade não conheço muitos cantores anteriores aos anos 50/60. A não ser que tenham sido extraordinariamente famosos mas mesmo assim raramente ouvi gravações de cantores ditos históricos. Mas é curioso pensar em como o tempo passa pois ainda ouvi ao vivo a Vitoria de los Angeles, o Gedda,a Freni e a Scotto. E amigos mais jovens já os consideram cantores historicos:-)))
ResponderEliminarJ. Ildefonso.
Raul diga-me se concorda comigo relativamente ao Alessandro Moreschi no comentario sao School.
ResponderEliminarJ. Ildefonso.
João Ildefonso,
ResponderEliminarOs três baixos referidos não têm hoje ninguém no reportório italiano que lhes faça par. Eram pouco ecléticos, mas para os da sua língua eram fabulosos intérpretes em nada inferiores ao, Siepi, por exemplo. O de Angelis é o mais antigo e dele tenho árias gravadas nos anos vinte. O Tancredi Pasero era o baixo principal do Scala entre as duas guerras e deixou gravações famosas (Aida, o Requiem e a o Baile de máscaras de Verdi), Quanto ao Giulio Neri, que morreu com 49 anos em 1958, só posso dizer superlativos. Melhor em Verdi não existe. E é exemplo disso um dos momentos mais extraordinários da história das gravações: o dueto Filipe II- Grande Inquisidor, o momento alto do Don Carlo, cantado por Boris Cristoff e Giulio Neri respectivamente. Eu tenho esse Don Carlo, onde o Tito Gobbi pontua como o melhor Rodrigo de sempre. O resto do elenco é facilmente superado em outras gravações.
Raul
João Ildefonso,
ResponderEliminarDos cantores referidos que viu, só tenho em comum a Scotto que vi na Madame Butterfly, quando era a mais famosa do mundo, na Traviatta e na Sonâmbula. E tudo em Portugal nos finais dos anos 60 e princípios dos 70. As interpretações da Scotto estão gravadas na minha memória como um sonho, "agravado" pela distância no tempo.
Raul
E também quero prestar homenagem a outros dois grandes baixos:
ResponderEliminarGottlob Frick: o melhor baixo wagneriano do século, insuperável, no Hagen, Hunding e no Rokko do Fidélio.
Italo Tajo: versatilíssimo, presente no Macbeth da Callas e que eu vi nos fins dos anos 60 no Don Pasquale com o Kraus.
Raul
O Raul desperta a minha curiosidade e faz me gastar muito dinheiro......
ResponderEliminarJ. Ildefonso.
João, não era a minha "intenção". Mas, por curiosidade, para onde é que vão esses gastos levados por mão "mefistofélica" ?
ResponderEliminarUma correcção: Tancredi Pasero gravou Um Baile de Máscaras (Gigli, Caniglia, Becchi, Barbieri), o que é um luxo, pois o papel é mínimo sem solos; mas o que queria referir era a gravação da Força do Destino, hoje na Naxos, onde o seu Frade Guardião não é em nada é inferior à do Siepi na Decca.
Raul
Raul,
ResponderEliminarJá ouvira falar de Neri, embora não conheça a voz... Quanto a Frick, estou totalmente de acordo: O baixo wagneriano!