Rendo-me!
A DG (re)abre o seu imenso baú...
O que de lá sai, desta feita?
Dois monstros da lírica - Windgassen e Christoff - em territórios onde jamais tiveram concorrentes, respectivamente Wagner e Melodia Russa!
Note o leitor que bem medi as minhas elogiosas palavras: NUNCA Wolfgang WINDGASSEN e / ou Boris CHRISTOFF, nos mencionados repertórios, tiveram rivais; sublinho e resublinho.
A DG (re)abre o seu imenso baú...
O que de lá sai, desta feita?
Dois monstros da lírica - Windgassen e Christoff - em territórios onde jamais tiveram concorrentes, respectivamente Wagner e Melodia Russa!
Note o leitor que bem medi as minhas elogiosas palavras: NUNCA Wolfgang WINDGASSEN e / ou Boris CHRISTOFF, nos mencionados repertórios, tiveram rivais; sublinho e resublinho.
Sim, não há palavras para descrever quão grandes eram estes cantores, que nunca encontraram nas gerações posteriores quem os igualasse, embora no caso do heldentenor houvesse grandes cantores (King, Vickers e, modernamente, Heppner). Boris Cristoff teve dois excepcionais comtemporâneos: Siepi e Ghiaurov. Eram os três tão grandes que a escolher um é injusto para os outros; no entanto, debaixo de fogo eu levo o Cristoff que eu tive a felicidade de ver em recital no Coliseu em 1971. Cantou as árias de Banquo (Macbeth), a da Calúnia, de Fiesco (Simão B.) e o "Ella giammai m´amo" e a Morte de Boris. Ofereceu um bis (Macbeth), agradeceu torrenciais aplausos e à saída deu autógrafos, entre eles a mim.
ResponderEliminarRaul
Confesso sentir um grande fascinio pelo Ghiaurov que infelizmente só ouvi uma vez ao vivo no Eugene Oneguin. Acho que o seu D. Carlos se aproxima duma interpretação perfeita. Do Christoff tenho umas canções do Mussorgky que é um dos meus discos favoritos.
ResponderEliminarJ. Ildefonso.
J. Ildefonso,
ResponderEliminarO Ghiaurov era, como disse excepcional e, embora eslavo, a sua voz era italiana. A voz do Cristoff, pelo contrário era tipicamente eslava. No reportório russo não tinha rival. O mesmo penso para o Mefistófles do Faust de Gounod. O seu timbre era, sem esforço, diabólico.
Quanto ao reportório italiano teríamos de ver compositor por compositor. Penso que a voz do Ghiarauv era preferível,pelas razões referidas, no entanto, nos papéis de Filipe II e Fiesco a complexidade das personagens ficava mais bem servida pela voz do Cristoff, embora as interpretações do Ghiaurov nestes papéis sejam fabulosas.
Raul
Raul,
ResponderEliminarQue tal a seguinte distribuição:
- Ghiaurov como Don Giovanni (voz lírica);
- Siepi como baixo verdiano;
- Christoff como baixo de repertório eslavo.
Que lhe parece? Cada um em seu lugar!
João,
ResponderEliminarExperimenta um cd recente da ORFEO, com excertos live from Viena! É Ghiaurov multifacetado!
João,
ResponderEliminarAcho que o Ghiaurov e o Siepi podem permutar. Quanto ao Cristoff, cuja voz era um dom da Natureza, como era a da Flagstad ou a do Corelli, estamos perante o baixo russo (sem ser russo) no seu superlativo como era o Chaliapin, para muitos o melhor baixo de que há registos e, segundo dizem, a maior presença que pisou um palco de ópera.
Raul