Na pré-história deste blog, a propósito d´A Mãe de Todas as Óperas (leia-se Don Giovanni), elaborei uma lista de interpretações discográficas da mesma, lista essa organizada por epítetos.
Desta feita, as considerações do Filipe - membro desta companhia de Ópera, recém-chegado - a respeito do Tristan (II, o melhor, infinitamente melhor, meu caro, é o I, o de 1952!!! Uiiiiii uiiiii!!!) de Herr Von Karajan, tentaram-me a repetir o exercício - necessariamente falível, subjectivo até ao âmago, está bem de ver -, outrora subordinado a Don Giovanni.
Dito isto, aqui vai...
O Mediano
O Live
O Monumental
O Laboratorial - Perfeito
O Show-Biz
O Laboratorial - Derradeiro
O Começo
O Orquestral
O Colosso
O Másculo
O Minimalista
O Crepúsculo - dos - Deuses
O Vanguardista
Desta feita, as considerações do Filipe - membro desta companhia de Ópera, recém-chegado - a respeito do Tristan (II, o melhor, infinitamente melhor, meu caro, é o I, o de 1952!!! Uiiiiii uiiiii!!!) de Herr Von Karajan, tentaram-me a repetir o exercício - necessariamente falível, subjectivo até ao âmago, está bem de ver -, outrora subordinado a Don Giovanni.
Dito isto, aqui vai...
O Mediano
O Live
O Monumental
O Laboratorial - Perfeito
O Show-Biz
O Laboratorial - Derradeiro
O Começo
O Orquestral
O Colosso
O Másculo
O Minimalista
O Crepúsculo - dos - Deuses
O Vanguardista
nota: desta lista apenas constam as interpretações que possuo - 13, à data deste exercício.
Caro Dissoluto:
ResponderEliminarDas gravações que nos apresentou já adquiri o LIVE; o COMEÇO, o MÁSCULO, o MINIMALISTA e o CREPÚSCULO DOS DEUSES. Na minha opinião todos eles têm os seus pontos fortes (fortíssimos em alguns deles). Quanto ao primeiro, ele constitui o meu favorito: o elenco justifica a minha escolha, o local onde foi gravado e a verdade com que isso foi feito. o segundo, tem a aristocrática (e com direito a sê-lo) Flagstad, cuja beleza de timbre e potência do mesmo (conjugação, a meu ver -inexperiente que sou - rara no canto wagneriano) conferem à sua interpretação a verosimilhança necessária à personagem; o terceiro já fiz referência no seu post anterior; quanto ao quarto...ainda o estou a digerir. Considero que os dois protagonistas, ainda que muito bons, não estão no mesmo patamar que os das outras gravações que referi, ainda que, confesso, o aspecto minimalista da encenação me agrade (mesmo que se possa achar que não é totalmente eficaz). Em relação ao crepúsculo...o que dizer do trio VICKERS, NILSSON E BÖHM? Mesmo que o som e imagem não sejam os melhores, vale a pena, valeria sempre a pena...por mais velhos que fossem...
Não gostaria de deixar escapar duas das gravações que aponta: a de Furtwangler e a de Karajan. Julgo serem gravações fundamentais para a minha maturidade musical mas que, no entanto, ainda não tive a oportunidade de comprar...mais hei-de lá chegar.
Um abraço
Filipe
Em CD tenho os dois da Flagstad e da Nilsson/Bohm e em laserdisc a Nilsson/Vickers, que foi a coisa mais cara que comprei em registos videos. Um dia comprarei a versão do Kleiber. Por coincidência ando numa fase de Tristão - quando já se ouviu tantas vezes as grandes peças musicais, espera-se por fases -, ouvindo-o todos os dias. Como se vê, ouço-os ou pela Flagstad ou pela Nilsson, as supremas Isoldas e wagnerianas, verdadeiras deusas não substituídas.
ResponderEliminarRaul
Já agora, uma questão: porquê "Show-Biz", quando fala da gravação de Traubel e Melchior?
ResponderEliminarUma vez quase a comprei, mas como não estava seguro da sua qualidade não a adquiri.
Filipe
Concordo consigo Raul quando fala em fases. Também sou assim. Por acaso estou numa fase mais Straussiana, pelo que ando doido pela Elektra, nas três interpretações que possuo: Borhk/Mitropoulos (CD); Nilsson/Solti (CD) e Nilsson/Levine (DVD).
ResponderEliminarEste último comentário foi meu...mais uma vez, esqueci-me de assinar.
ResponderEliminarFilipe
Obrigada João por nos dar - tão generosamente - informações preciosas, sobretudo para os não iniciados :)
ResponderEliminarFilipe,
ResponderEliminarA minha Elektra durante anos foi a da Decca com a Nilsson. Comprei também há uns largos anos o laser da Nillson no Met, mas é lógico que a voz já não é a mesma, embora as interpretações Nilsson/Rysanek sejam avassaladores.
Há uns cinco anos comprei o Mitropolous/Borkh e tive a visão da Grécia Antiga, aquela que estudei na universidade: a minha licenciatura de origem é Clássicas e estudei permenorisadamente as Electras de Sófocles e Eurípedes e As Coéforas de Ésquilo. O tema dos Atridas (família de Agamemnon) tenho-o na pele e, por isso mesmo, há uns 20 anos fui à Grécia e a Micenas para sentir mais a tragédia. Hoffmanstal inspira-se em Sófocles a mais perfeita das três tragédias. Ouvir a versão do maestro grego faz-me reviver o que aprendi sobre esta tragédia.
Recentemente e por causa da Gramophone soube que o Covent Garden anda a editar representações memoráveis, entre elas uma Elektra de 1958 com cantores que nunca tinha ouvido, mas de que já lera. A direcção é desse excepcional maestro, Rudolf Kempe, e as interpretações são fabulosas. Estas são as minhas Elektras, ópera que adoro.
Em 1977 vi uma Elektra com Regine Resnik na Clitmnestra. Era também a encenadora. A voz já acusava a idade, mas a presença de palco era impressionante.
Raul
Caro Raul:
ResponderEliminarTambém já ouvi falar dessas edições, embora ainda não as tenha encontrado à venda no nosso país. Quanto há referida Elektra, creio que seja este o link na Amazon.com que nos permite ouvir excertos da mesma:
http://www.amazon.com/Strauss-Elektra-Spoken-Word/dp/B000I8OIXO/ref=sr_1_2/102-0590103-1594545?ie=UTF8&s=music&qid=1177578362&sr=8-2
Entre outras gravações, julgo também existir a famosa Lucia di Lammermoor de 1959 com Joan Sutherland.
Filipe
Caro Filipe,
ResponderEliminarSim, já saíram cinco:
Elektra
Don Carlo (Cristoff, Gobbi, Vickers)
Otelo (Kubelik:Vinay
Tosca (Milanov,..)
Lucia (Sutherland,..)
De acordo com a crítica de John Steane na Gramophone o som da Lucia não foi aquele que ele se lembra de ter ouvido quando assistiu à récita em 59.
Raul
Filipe,
ResponderEliminarNão dispense a do Kleiber, que é a mais artificial, mas a mais cristalina!
Quanto à do Met, dirigida por Levine, além da mise-en-scène e de Heppner / Pape, não vale grande coisa... A Eglen é horrenda, nem mais, nem menos...
Filipe,
ResponderEliminarShow-biz não é depreciativo! A Traubel tinha um toque de Brodway... Adquira-a, poie merece a pena!
KB,
ResponderEliminarOra essa ;-))) Volte sempre e intervenha!
Eu só tenho uma, mas é "O Perfeito"! :)
ResponderEliminarCarlos,
ResponderEliminarÀ excepção do mediano e do minimalista - dispensáveis -, só lhe faltam os outros TODOS! Pelo menos, começe pelo Live, Crepúsculo, Monumental, Colosso, Começo e Vanguardista... Coisa pouca ;-)))
Vou seguir então o conselho de quem sabe!
ResponderEliminarGostaria só de deixar o registo da minha aquisição da gravação de Furtwangler, hoje, a qual me encontro a escutar neste preciso momento.
ResponderEliminarFilipe
Filipe,
ResponderEliminarSe assim é, está a fazer-se história! Foi a minha segunda ;-) A primeira interpretação a ser escutada?
Bohm'68...
A minha primeira interpretação foi a de 1966, Bayreuth: Nilsson/Windgassen/Bohm.
ResponderEliminarFilipe
Filipe,
ResponderEliminarÉ dessa que falava... Em vez de 68, queria dizer 66!
Realmente estranhei, mas como não conheço todas...=)))
ResponderEliminarJá estou na minha parte favorita: o dueto de amor...Brangäne está quase a ser testada (outra das minhas partes favoritas...ai ai ai).
Filipe
Filipe,
ResponderEliminarPARABÉNS.
Tem em mãos uma das maiores gravações do século XX com a melhor cantora do mundo. Comprei essa gravação em Paris em 1988 e, por incrível que pareça, a do Bohm só há uns meses. A razão é porque possuo o videolaser da Nilsson há uns 13 anos.
Nessa gravação conhece os empréstimos da Schwarzkpf?
Raul
Caro Raul:
ResponderEliminarJá ouvi umas quantas histórias acerca disso...mas aqui entre nós, a Flagstad está perdoada...não é só de notas agudas que é feita uma grande cantora...
Filipe
Meu caro amigo do cavalo,
ResponderEliminarNão seria por duas notas que o mundo ficaria sem a sua Isolda em estúdio. Obrigado Schwarzkopf. Mas a Flagstad não gostou quando se soube disso e projecto da Valquíria com o Furtwangler gorou-se e o papel foi dado a Marta Modl, que é uma grande Brunilde, mas não é a Flagstad.
Raul
Já me fez rir Raul. Vejo que também é um amante de etimologia.
ResponderEliminarConcordo consigo. Pena termos ficado sem a sua Brunilda. De qualquer forma, a gravação que refere tem andado a fugir de mim. Ainda não a consegui encontrar nos escaparates...=(
Raul e Filipe,
ResponderEliminarA Valquíria, de Furt., já não existe no catálogo da EMI. Ainda a consegui encontrar em Paris. Mas, se não me engano, a NAXOS reeditou-a! Caso contrário, a minha poderá fazer algumas viagens ;-)
Grazia mile, mas eu tenho a Valquíria do Furtwangler. O final do Primeiro Acto, depois de arrancada a espada, é incandescente, não encontrando, para mim, rival. E isso está nas cordas.
ResponderEliminarRaul
Você é um mãos-largas caro Dissoluto...muito obrigado.
ResponderEliminarFilipe
Preciso de um favor.
ResponderEliminarRaul
Raul,
ResponderEliminarQue favor?
João,
ResponderEliminarSó há uns meses comprei o Tristão do Bohm e foi numa cidade a que não volto tão cedo. Tenho-o ouvido e reparei que o CD1 está impossível de ouvir, cheio de ruídos. O João pode-me fazer para este CD o mesmo que me fez para a Traviata do S.Carlos e para o disco do Boris Cristoff?
Raul